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Você conhecia Tommy desde antes da guerra. Vocês eram amigos da família, cresceram juntos. Você tinha visto Tommy ir de um garotinho para um jovem, para um soldado, para um homem temido.
Você não temia Tommy como a maioria de Birmingham e da Inglaterra. Você conhecia um Tommy diferente deles. Do que sua própria família.
Você e Tommy sempre tiveram um relacionamento especial. Vocês nunca estiveram juntos, mas ainda assim, eram próximos. Na maioria das noites, Tommy procurava você para aquecer sua cama, fazer-lhe companhia e ajudá-lo a dormir. Para impedir que seu coração se partisse. Para impedir que sua mente se perca.
As opiniões sobre seu relacionamento com Tommy eram fortes e divididas. A maioria via você como sua mulher. Outros viam você como sua prostituta.
Tarde da noite, quando você estava nos braços de Tommy e ele podia esquecer; esqueça a França, os Peaky Blinders, Birmingham, ele viu você como sua mulher. O título não estava lá, e vocês dois eram pessoas livres, mas, ainda assim, Tommy a via como sua mulher. Nunca sua prostituta.
Você estava sentado com Polly na cozinha dela, fazendo uma pausa no seu turno na casa de apostas. Ela preparou um chá e um sanduíche para você, observando-o com atenção para garantir que você comesse toda a comida.
"Você está tornando isso óbvio." Você a informou suavemente, olhando por cima do ombro, olhos paranóicos examinando a movimentada casa de apostas atrás de você.
"Confie em mim, nem metade desses homens são inteligentes o suficiente para saber." Polly assegurou enquanto tomava seu chá, seu olhar penetrante nunca deixando você. "Embora, haja um homem que deveria saber."
"Eu não disse a ele ainda." Você murmurou baixinho, colocando o sanduíche na mesa enquanto um nó inquieto se formava na boca do estômago. Você limpou a boca com a manga do vestido azul escuro, evitando o olhar de Polly agora.
"Por que não?" Ela perguntou enquanto arqueava uma sobrancelha. Quando você ficou em silêncio, respondendo-lhe apenas com um encolher de ombros, as sobrancelhas franzidas. "Você vai ficar com o bebê, S/n?"
Suas sobrancelhas se franziram assim que você encontrou o olhar dela. "Eu acho que sim." Você murmurou, sua voz trêmula mostrando como você estava inseguro em seguir em frente com este novo capítulo inesperado em sua vida.
"Eu conheço uma mulher... uma boa mulher-" Polly começou a falar cautelosamente, consciente de como seus sentimentos e pensamentos estavam misturados neste momento delicado.
"Eu não quero ver uma mulher, Polly." Você negou enquanto balançava a cabeça, uma de suas mãos vagando por baixo da mesa e em sua barriga, onde ninguém podia ver.
"Você está mantendo-o então." Ela concluiu. Embora ela pudesse ver o conflito em seus olhos, ela também podia ver a maneira como seu braço estava arqueado debaixo da mesa, sua mão inegavelmente em seu estômago. "Você deveria dizer a Tommy então."
