𝒜 𝑠𝑖𝑛𝑔𝑙𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑒 𝑏𝑜𝑦
Finn acorda, ou tenta, assim que ouve incessantes batidas na porta do quarto, ainda anestesiado pelo sono, o garoto demora alguns segundos pra assimilar o que deve fazer, os fechos de sol que entravam pela cortina eram como agulhas perfurando os olhos de Finn, e mesmo com dificuldade, ele os abrem. As batidas na porta não param, então lentamente o garoto se levanta, e para começar a andar Finn tem o corpo tomado por um desejo feroz de se espreguiçar, então assim o faz, bocejando como um leão, ele joga os braços para cima esticando as costas a fazendo estralar; deixando os cobertores para trás, Finn vai rastejando os pés ate a porta de madeira e a abre e coçando os olhos ele a abre.
— Posso ajudar? — Finn se quer abriu os olhos para ver quem tinha o despertado do sono.
— Você ainda estava dormindo — a garota sorri, estava de shorts jeans e camiseta branca, totalmente despojada, diferente da noite anterior.
— Então tudo isso não foi só um sonho? — Finn arrasta a própria voz como uma pessoa arrasta um saco de cimento por uma corda.
— Finn, acho que Alec deixou algo pra você vestir — ela olha atentamente o garoto que ainda mantem o pijama — se troca e vamos dar uma andada?
Pearl pela primeira vez estava agindo de uma maneira mais seria, o que deixou Finn um pouco ansioso, então ele sorri afirmando para a garota e com o corpo ainda mole, o garoto fecha a porta, e ao observar o ambiente, Finn captura a falta que Alexander faz quando não esta no quarto, a verdade é que ele já não estava ali faz horas, mas Finn estava tão abatido enquanto dormia que mal percebeu a falta do moreno antes de acordar.
Ontem, depois que Alec entrou para o quarto, Finn continuou por um longo tempo deitado sobre o parapeito da sacada pensando no que havia feito e no que poderia acontecer se não voltasse pra casa, seja lá onde for sua casa; Então, quando Finn decidiu se deitar, Alec ja estava dormindo no sofá abraçado a uma das almofadas, tão confortável que parecia algo frequente para o moreno passar noites no estofado da parede, abrindo mão do conforto de sua cama para que Finn pudesse dormir confortável também, Finn se surpreendeu com a atitude do rapaz, e não esperaria isso vindo dele, mas aconteceu. O garoto ainda acordado fecha a janela e puxa as cortinas barrando o frio e a luz de entrar para dentro do recinto, e no meio escuro, Finn caminha ate a cama, agarrando um cobertor e jogando por cima de Alec, que não fazia o uso de um.
Agora o sofá está totalmente sozinho e Finn sabe que a educação usada na noite anterior não vai fazer diferença entre ele e Alec, então ele roda pelo quarto ate chegar nas roupas que o moreno separou, finge que as analisa e logo de cara já não gostou da decisão do mesmo; Camiseta branca de botão, de mangas ate os pulsos e uma calça preta.
— Senhor, que roupas são essas? — Finn bagunça as peças mas não as tira do lugar, apenas ignora a existência delas e vai em direção ao closet, sabia que não deveria mexer nas coisas do Alec porque ficaria sem os dedos, e la foi ele.
— Alexander — Finn exclama ao abrir a porta do closet, e vendo a imensidão de panos em uma sala do tamanho do seu próprio quarto — Seu gosto pra roupa pode ate ser bom, mas você não usa.
O garoto estaca apaixonado em cada peça que via, camisetas, calças, botas e jaquetas, em sua maioria na cor preta, mesa de acessórios e ate uma capa com ombreiras de ouro, Finn pincela peça por peça, sem pressa alguma, escolhe um par de coturnos preto que servem perfeitamente em seus pés, uma regata branca que com certeza não serve mais em Alec, uma calça preta que marcavam suas coxas, olhou os acessórios mas não sentiu vontade de usar nenhum por acha-los pessoais de mais, então Finn os ignora; Ao se olhar no espelho sente que falta algo, só não sabia o que era, então, ficou por uns segundos se admirando, ate ver pelo reflexo a cereja do bolo: uma jaqueta jeans preta, a mais linda que tinha visto, ficou chocado não ter percebido ela antes, o garoto e pega do cabide a balança, chocalhando o pó, a jogando por cima dos ombros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝒯ℎ𝑒 𝒢𝑎𝑟𝑑𝑒𝑛 𝑜𝑓 𝒞𝑟𝑦𝑠𝑡𝑎𝑙 𝒯𝑒𝑎𝑟𝑠
FantasyA verdade nascida em um solo amaldiçoado está propícia a desmoronar da mesma maneira que um castelo de cartas está quando construído em uma tarde de outono, onde a brisa é pesada o suficiente pra fazer as folhas secas se desprenderem de seus galhos...