𝐻𝑒𝑎𝑟 𝑎𝑙𝑙 𝑜𝑓 𝑚𝑦 𝑠𝑘𝑒𝑙𝑒𝑡𝑜𝑛𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑙𝑖𝑛𝑔 𝑚𝑦 𝑛𝑎𝑚𝑒
Levantei de súbito puxando o ar desesperadamente, mais uma vez estava tendo um pesadelo. Sempre se consistia em minha mãe, gritos, muitos gritos e feixes de luz; o sentimento de agonia me doía o peito, como se a emoção fosse real, como a dor de um machucado recente.
Começaram a pouco tempo, mas vinham se fazendo piores a cada noite, eu tinha a leve sensação de que eram lembranças, as emoções me pareciam muito reais.
Eu literalmente estava suando frio, mas não um frio normal, e sim congelante.
Olhei em volta, o local ja estava escuro, dando entender que eu perdi toda a tarde cochilando. Puxei a coberta para o lado e rumei ao banheiro com a ideia de lavar meu rosto, mas petrifiquei assim que olhei meu reflexo.
Meu peito subia e descia de forma contínua, eu não estava acreditando no que via. Estava a beira de um colapso. Meus olhos faíscavam em cores púrpuras e meus cabelos jaziam em três cores diferentes; roxo em sua maioria, rosa e turquesa. Meu pescoço e meus antebraços estavam marcados com escrituras antigas azuladas, que eu não fazia a mínima idéia do significado.
Eu estava embasbacado com minha própria beleza, eu com certeza me denominaria um ser angelical.
— Que porra é essa? — Sussurrei espantado.
Olhei os símbolos da minha pele brilharem lentamente, não fazia ideia do que estava acontecendo.
— Acho que estou ficando louco!
Comentei dando um sobressalto em seguida ao escutar batidas avassaladoras em minha porta.
— Finn! Finn? Você está bem? — Pearl ofegava como se tivesse corrido uma maratona.
— A porta ta aberta.
Gritei do banheiro para que Pearl pudesse ouvir.
— Finn o que está acontecendo? Te ouvi gritar.
A garota vem em minha direção mas eu continuo sentado no chão sem fazer qualquer tipo de movimento.
— NOSSA O QUE VOCÊ TA FAZENDO?
— Eu não sei.
Eu estava surpreso no mesmo nível que Pe. mas a diferença é que eu não conseguia expressar qualquer reação, ou se quer conseguia voltar ao normal, se é que existe um normal.
— Finn, está tudo bem, pensei te ouvir gritar.
Alexander deixa escapar na voz que estava preocupado, pude observar sua silhueta nascer na luz do corredor, quase pensei que poderíamos dar certo se ele não tivesse mudado de feição tão rápido, igual ele sempre faz.
Já estava com a espada fora da bainha, se ele iria usar ela pra me defender do mal, por que então estaria bem no meio dos meus olhos? de novo.
— Quem é você?
Alec entrou no quarto fechando a porta atrás de sí focando sua atenção em mim, as marcas em meus braços e em meus peitos brilhavam tão forte que era possível ver o reflexo da coloração azul pelo quarto todo.
— Impossível, por um momento você quase me enganou com essa conversa de menino perdido.
— Nós estamos ferrados! — Pearl soltou do nada ainda paralisada.
— Tem noção do quão sério isso é Pearl? — Alec gritou furioso — Estamos abrigando um fugitivo! Eu sempre suspeitei que ele era diferente, isso é culpa sua!
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𝒯ℎ𝑒 𝒢𝑎𝑟𝑑𝑒𝑛 𝑜𝑓 𝒞𝑟𝑦𝑠𝑡𝑎𝑙 𝒯𝑒𝑎𝑟𝑠
FantasyA verdade nascida em um solo amaldiçoado está propícia a desmoronar da mesma maneira que um castelo de cartas está quando construído em uma tarde de outono, onde a brisa é pesada o suficiente pra fazer as folhas secas se desprenderem de seus galhos...