Cap XIII

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𝐹𝑎𝑟 𝐹𝑟𝑜𝑚 𝐻𝑜𝑚𝑒 — 𝒜𝑙𝑒𝑐

— Finn, me escuta por favor — Alec chama pelo garoto que acabou de perseguir através de becos e ruas dê paralelepípedos recém molhados pela chuva que beirou o anoitecer ate esbarrarem com uma grande parede, e o garoto sabia que o moreno o perseguiria, por isso se camuflou na sombra esperando o chegar, Alec não tinha visto Finn na caverna, mas achou suspeito os cartazes desaparecem assim que colocados, buscou entre as mesas e pelos quartos tentando encontrar Finn, mas o garoto ja tinha partido — eu sei o que você está fazendo, e eu quero entender isso.

— Não, Alexander, você não quer! — Finn se revela saindo das sombras, não se sentia comovido com a preocupação de Alec, a verdade é que ele nem ligava, so queria poder voltar de volta para Tissandra, e para Finn, todas as palavras que sairem da boca de Alec serão brotos de rosas prestes a florirem, e quando você olhar de perto, mesmo se estiver escuro, você vera que a roseira esta seca só com os espinhos chatos e irritantes — você não pode entender, mesmo querendo você não vai conseguir, sabe por que?

Finn tira o capuz do manto deixando agora o rosto completamente visível.

— Por que foi você, Alexander, Foi você quem colocou essa lâmina maldita no meu pescoço — o garoto aponta para a espada que Alec carregava na mão como se estivesse perseguindo alguma fera perigosa que pudesse dizimar a população daquele pequeno vilarejo .

— Você me queria morto por uma coisa que além de eu não ter culpa eu nem sabia que existia, eu tive que correr desesperadamente por uma floresta mortal ate mesmo para os próprios monstros que vivem nela, meus pés? sem rumo e vulneráveis, o meu corpo? carne fresca, alheio de roupas, e a única certeza que eu tinha era correr até não aguentar mais;

— Finn... — Alec deixa escapar o nome do garoto enquanto tentava se aproximar.

— E quando eu não aguentei mais nem o peso do meu próprio corpo — ele continuou com a voz tremula tentando segurar a raiva — eu me recolhi nas raizes de uma árvore qualquer, que naquele momento, ia ser perfeita pra deixar o musgo crescer involuntariament pelo meu corpo morto que ficaria jogado ali por anos enquanto era devorado pela terra.

— E mesmo sabendo que ia morrer, eu supliquei por ajuda, pedi por misericórdia ate não conseguir mais abrir a boca. Eu vaguei por dias para aquele ter que ser meu fim, uma morte totalmente injusta, você acha que eu merecia isso? Por que eu não achei!

— A coisa mais humilhante que eu ja fiz na vida? acho que foi ter que me rastejar ate uma poça de lama, ter que sentir meu peito raspar no meio dos galhos e da terra —Finn deixa uma lagrima escorrer de seu olho que estaca quase pra transbordar — e sabe, de longe ela parecia tão suculenta, capaz de matar a sede de qualquer um que a provasse, e adivinha? Aquelas goladas de agua lamacenta foram as melhores que eu ja tomei na vida, eu ja estava fardado a morrer, o que eu tinha pra perder bebendo de uma poça d'água suja?

— Eu sinto muito.

As palavras que Alexander proferiam não saiam com facilidade, mas ele não sabia o que dizer pra acalmar ou consolar o garoto a sua frente.

Finn afastou a manga do manto ate seu cotovelo mostrando a marca para Alec, que se espanta.

— Isso Alexander, é a marca das presas de uma vampira, que tentou e conseguiu drenar, deixa eu pensar— Finn posa ironicamente em uma posição pensante antes de responder a própria duvida— se eu fosse sortudo, uns setenta por cento do meu sangue? Então você não pode dizer quer me entender se o culpado de tudo é você, apenas você!

— Então vai, deixa eu adivinhar — Alec indaga, Aquela comoção que ele sentia não duraria por muito tempo, ainda mais com Finn o metralhando — alguém caiu do céu e salvou sua vida?
E agora essa pessoa esta te ajudando voltar pra casa?

𝒯ℎ𝑒 𝒢𝑎𝑟𝑑𝑒𝑛 𝑜𝑓 𝒞𝑟𝑦𝑠𝑡𝑎𝑙 𝒯𝑒𝑎𝑟𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora