-NOVEL- The Villainess is a Marionette

Capítulo 9

O criado hesitou por um momento. Era de acordo com a vontade do imperador que ele demorasse a anunciar a presença de Raphael.

— O que você está esperando?—

Quando Cayena parou de sorrir e ficou fria, o servo não teve escolha a não ser ir aos aposentos do imperador. Era melhor para ele informar o imperador do pedido de Raphael por uma audiência do que lidar com a confusão se ele ousasse ignorar a princesa.

Raphael observou esta série de eventos com desconfiança. Embora Cayena frequentemente agisse para chamar sua atenção, esta foi a primeira vez que realmente o ajudou.

Ela estava fazendo isso para que pudesse incomodá-lo novamente?

Mas Cayena pareceu agir com cautela depois de dar a ordem ao criado. Ela parecia relutante em até mesmo encontrar os olhos de Raphael.

Que estranho. Ele geralmente era capaz de lê-la claramente, mas Raphael não conseguia sentir nenhuma intenção por trás de sua ação. Era como se seu favor agora não tivesse segundas intenções.

— Então, eu me despeço.—

Cayena saiu da sala de espera, levando suas damas de companhia com ela. Estava claro para todos na sala que Cayena estava obviamente mantendo distância de Raphael.

Raphael quase chamou Cayena. Ele a olhou com uma ligeira carranca enquanto ela passava, sentindo-se estranho.

Então, um dos assistentes do imperador o chamou.

— Lorde Kedrey.—

Só então Raphael se afastou da porta pela qual Cayena acabara de sair.

— Sua Majestade está descansando agora, então você terá que visitá-lo novamente amanhã— , disse o atendente sem jeito.

Os retentores de Raphael, que estavam na sala de espera com ele, ficaram profundamente irritados.

— Você está dizendo a verdade? Sua Alteza acabou de sair do quarto dele! —

Eles olharam ferozmente para o atendente e cerraram os punhos.

— Pare.—

Raphael ordenou que eles parassem com sua aura assassina.

— Estamos em frente ao quarto de Sua Majestade. Não levante a voz.—

— ...Sim, meu senhor.—

Vaguear pelo campo de batalha significava estar familiarizado com o assassinato. Os servos, que acabavam de enfrentar suas mortes em potencial, suspiraram de alívio.

Eles pensaram que era uma sorte que Raphael fosse um cavalheiro, mas seu pensamento era uma ilusão míope. Na verdade, Raphael não tinha nada a perder com este cenário. Ele tinha uma quantidade significativa de poder e não estava interessado na disputa pelo trono.

O imperador Estevan deve saber que não estou do lado de nenhuma das facções.

E o imperador não poderia ser tão teimoso para sempre. Raphael estava apenas sendo tolerante agora, pois ele não queria se incomodar.

— Então, eu voltarei,—  ele disse.

O atendente acenou com a cabeça, enxugando o suor frio da testa com um lenço.

— Sim, sim. Por favor, volte mais tarde.—

Raphael saiu da sala de espera e parou no meio do caminho.

Cayena estava esperando por ele do lado de fora. Ah, ele sabia... Ele se perguntou por que ela havia recuado tão suavemente antes.

— Como esperado, o imperador não se encontrou com você.—