Capítulo 11

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Tom Riddle estava irritado. Enquanto bebia o último gole da última caneca da bebida enviada por Potter, calçado com suas pantufas negas com detalhes de fios de prata muito elegantes, ele apertou mais uma vez o um cachecol de lã de ovelha negra original envolto em seu pescoço, com o nariz franzido enquanto lia o final da carta que a coruja branca lhe trouxera.

-Como ela ousa! - sibilou, escorregando para a língua das serpentes. -Desssfigurado! - Gritou, ofendido. Bom, é verdade que ela não sabia que ele havia corrigido sua aparência de volta para o mago elegante que ele havia sido em seus jovens tempos, restando-lhe apenas a íris vermelha. Ainda sim... a ousadia! Ele era Lord Voldemort! Esplêndido mesmo em sua aparência carnal! Como ele poderia não ser?!

-Messssstre...

-Me comparaar a... a... eleee... -O mago virou subitamente andando para o lado oposto, indignação e fúria saindo como ondas de seu corpo através de sua magia liberada por toda a sala. Ele tinha certeza que se algum comensal menor estivesse presente, já estaria tremendo. -Como...! Como ela pode sse quer... pensssar...! - cuspiu, virando-se novamente para o outro lado, em um movimento frenético de vai e vem.

-Messstre...

- Que sssomos doisss ladosss de uma messsma... coisa! Eu e Dumbledore! Iguais...! Nunca! Não somos nem mesmo parecidos! Ele quer nos destruir! Eu desejos nos restituir!

-Messsstre...

-Sssim, Nagini? -Questionou sem nem mesmo olhá-la, finalmente parando em um só lugar. Sua respiração ofegante, no entanto, ainda demonstrava a raiva que ele só se permitia expressar quando a sós com seu familiar.

-A garota... Ela nunca deve ter ouvido osss ssseus interessesss originaisss, Mestre. - a cobra interpelou - Tudo o que ela conhece sssão oss seus últimossss anossss, que não foram... esssstelares. Seja rassssoável, Mestre... -intercedeu Nagini. A início, menos por causa da garota e mais por causa de seu mestre. Ela era uma verdadeira cobra sagaz, do que muito se orgulhava. Havia notado a recente urgência dele em receber suas cartas e as vestes... diferentes..., pensou observando a pantufa em seus pés. Mais que isso, ela observou as ondas de contentamento que, não visível em seu rosto, ela percebia que ele de fato sentia através de sua ligação mágica. Será que finalmente uma Lady digna para acompanhá-lo? Talvez, ela finalmente convenceria seu Mestre a lhe dar filhotes? E se fosse com essa maga... ela não se importava... ela queria Filhotes de Mestre para paparicar. Ela aceitaria alegremente o bônus de não suportar próxima a si a maluca que lambia os pés do mestre mas não tinha nem um pingo de refinamento. Mas uma Lady que fosse Falante?! Uma que o fizesse feliz como ela nunca o havia sentido ser? Oh... Nagini estava pronta para dar o único empurrãozinho necessário para que seu mestre percebesse a bela espécime que a Maga era, mesmo a tendo visto por fotos do jornal. Ela sabia que ele apreciou a sua imagem quando a viu. Bastava fazê-lo ver que a quer e ela não precisará fazer mais nada, porque ele não pararia até tê-la. "E quando Nagini menos esperasse... belos Filhotes!!!" pensou a cobra. A cabeça se levantando aos poucos, conforme a animação que sentia com o mero pensamento a deixava cada vez mais agitada. Se Tom tivesse observado a cobra, ele a veria meio erguida, observando suas costas com olhos reluzentes e a pequena cabeça assentindo enquanto dizia -Faça-a ver... Faça-a entender... O novo Mestre... 

-Sssim... -ciciou ele, sem perceber, muito imerso em seus próprio pensamentos. -Vou fazê-la ver... 

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Se havia uma lição que Harry havia aprendido rapidamente, é que não há impossível, só há a primeira vez. Então, em sua primeira manhã em Hogwarts, ela se deparou pela primeira vez considerando o pensamento de pular as duas primeiras aulas do dia. Bom, a surpresa não estava realmente no pensamento de pular aulas, ela fazia isso com frequência, especialmente quando dizia respeito a poções ou história da magia. O primeiro, era bem autoexplicativo. Não era nenhum segredo em Hogwarts inteira que ela e o Morcego tinham uma rusga tão grande quanto o Grand Cânion. O segundo, era geralmente porque, bom, ela sempre dormia nas aulas repetitivas das revoltas dos Goblins que Biens replicava a cada ano. No entanto, era a primeira - e bem surpreendente - vez que ela desejou pular Defesa.

Assinado, Lorde Slytherin - Harry Potter/Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora