-Hariet?! - exclamou Lily em um sussurro extasiado. - Você está tão... grande! Quantos anos você tem? Porque não veio nos ver antes?!
-Filhote? - ela ouviu a voz jovem mais a frente. James... Seu pai...
"Merlin..." pensou ela em choque, o estomago revirando, as mãos geladas de nervoso. Quantas vezes ela havia sonhado, desejado, ao menos cinco minutos com os pais? E agora, eles estavam ali! Bem, não exatamente, eram seus retratos e não eles. Mas era mais do que ela achou possível ter em qualquer sonho louco que já tenha tido. Ela não teria apenas cinco minutos, não com o retrato deles em Manor.
-Pai... -resmungou ela, sem saber o que dizer. Analisando o rosto jovem frente a frente. Lily se deslocou, entrando no quadro do marido. Deuses, sempre a disseram que ela era uma cópia carbono do pai, com os cabelos da mãe. Mas eles estavam tão errados! Ela era Lily por completo, desde o formato de seu rosto, ao nariz delicado e olhos verdes que contrastavam os cabelos em chamas que compartilhava. Ela não tinha quase nada de James. Exceto talvez, o formato arredondado de seus olhos. -Mãe... é bom finalmente...
-Finalmente o quê, querida? - perguntou sua mãe, a voz soando gentil como algo que Harry nunca havia ouvido antes.
Era assim que mães soavam para seus filhos o tempo todo? Ela teria crescido sentindo o calor que a preenchia agora, e a segurança que sentia só de olhar nos verdes reflexos do seu, todos os dias de sua vida? Ela não conseguia conceber em sua mente que poderia ter crescido com aquele sentimento, e seus olhos encheram de água ao se quer cogitar.
-Falar com vocês...
-Oh, Filhote! - exclamou seu pai, explodindo em risadas. - Você sempre pode falar conosco!
Harry sorriu. Sim, percebeu ela, agora ela poderia.
-Diga, Harry. Porquê Siri não a trouxe mais cedo? Onde está aquele cachorro, por falar nisso? -questionou seu pai.
-Sirius... não está comigo. - A voz de Harry soou mais baixa do que ela pretendia. A realidade do momento finalmente a atingindo, e um novo medo surgiu nela. O medo de não deixá-los orgulhosos, o medo de não ser o suficiente, mas acima deles, o medo de ter que falar sobre os Dursley, ou melhor, seu tempo com eles. Era um vespeiro que ela acabara de fechar, e para ser honesta consigo mesma, não pretendia abrir tão cedo, se o fizesse algum dia. E a ausência de seu padrinho até pouco tempo atrás poderia levantar perguntas. - Ele está em Grimmauld Place.
-Oh... - Bem, ele deve ter desejado esperar, eu acho. É a primeira vez que você vem falar com a gente, afinal. - resmungou ele - Prongs, aquele tolo! Vá chamá-lo, querida!
-Hum... - murmurou ela. -Eu vou, só... Nós marcamos de nos vermos mais para o fim do verão. - resolveu dizer sem negar ou afirmar sobre as conclusões de James para não magoá-lo. Ele, por sua vez, lhe retornou um sorriso como se confirmando que tudo que ele havia dito estava certo. Lily não parecia tão certa.
-Bom, então conte-nos sobre você! Em que casa foi selecionada? - perguntou sua mãe.
-Ora, Lily-flor; ela foi para Grifinória é claro! Não é querida? - interrompeu James, com voz tranquila, como se nenhuma outra hipótese lhe passara a mente.
-Bem, sim, mas... - Harry começou, se lembrando da noite de sua seleção e da discussão com Alistarir, o chapéu seletor.
-Eu não disse! - a voz animada de James explodiu pela sala. Seu pai bateu palmas, comemorando. Lily apenas lhe sorriu delicada. - Como se um Potter fosse ser qualquer coisa além de um Grifinório! Não há um Potter que não esteja em nossa casa a séculos!
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Assinado, Lorde Slytherin - Harry Potter/Tom Riddle
FanficApós o torneio tribruxo, tudo estava estanho. Harry mal podia crer em quão mal as coisas foram tão rápido. De repente, ela fora forçada a participar de um jogo mortal, foi ridicularizada -novamente- pela sociedade bruxa, viu um de seus colegas mais...