-Talvez... - o sussurro de uma voz conhecida mas não reconhecida percorreu pelas paredes de pedra fria, seguido dos filhos de passos lentos e pesados pelo corredor que arrepiaram os pelos de seus braços e gelaram sua espinha. Harriet não sabia de onde vinha, no início, ela se sentiu congelando. A respiração fica baixa, tentando não fazer barulho e ser localizada. Suas mãos de repente eram geladas e ela podia ouvir o bater do próprio coração acelerando em seus ouvidos. Levou apenas um segundo para começar uma corrida frenética para o lado oposto, desesperada para adicionar qualquer centímetro de distância que conseguisse entre si mesma e a fonte daquela voz. - Você deve pagar por tudo o que fizemos por você, aberração...
Harriet fez um grande esforço mental para não pensar nisso . Jogar a memória em um baú com cadeado, jogar a chave em um fosso qualquer e esquecer que ele estava lá enquanto avançava entre corredores e mais corredores de pedra que qualquer um que não tivesse passado cinco anos em Hogwarts assumiria ser um labirinto. Era uma versão nua da sua escola, é verdade. Sem fantasmas, sem quadros animados em todos os tamanhos suspensos, sem armaduras, mas ainda era, inequivocamente, Hogwarts. Ela se levantou, uma nova sensassão de controle sobre ela. Seriam as aulas de oclumência e as meditações finalmente surgindo efeito? Sem saber o que fazer, em uma espécie de sonho lúcido, ela começou a se dirigir para o Salão Principal. Foi seu primeiro pensamento. Mas antes que conseguisse completar sua missão, sua visão começou a ficar turva. Ela se questionou por um momento se talvez fosse pelo excesso de esforço, já que ela nunca usaraa oclumência para mais que construir seus esudos. Uma sombra, no entanto, apareceu em meio ao seu caminho forçando que ela parasse de avançar.
-Potter... – murmurou uma voz masculina doce.Uma voz muito conhecida.
-Cedrico?
-Acho que sim. Acho que faz sentido para você que eu seja Cedric. Você sente saudades de mim, Potter?
Ele saiu das sombras. Era meio esquisito, parecia Cedrico, mas a forma com que ele a olhava, com que sorria para ela de lado, com que se movia, não era ele. Harry sentiu sua respiração travar e seus olhos arderem enquanto encarava, incrédulos, o menino de pé em sua frente.
- Você está morto... Não está aqui.. - ela olhou ao redor. - Isso não é real... Eu não estou aqui... -ela fechou os olhos com força, tentando se desligar da visão do seu amigo morto de pé na sua frente. Porque não era ele, não podia ser. Harry cerrou os dentes, determinada. - Isso é um sonho. Só um pesadelo. É hora de acordar, Harry... - sussurrou para si mesma, lentamente se ajoelhando no piso gelado, em busca de estabilidade que suas pernas sozinhas não mais conseguissem dar. Porque mesmo que racionalmente ela soubesse que não era ele, ela ainda via Cedrico na sua frente.
-Oh... Você está certa, eu acho. Mesmo que eu me pareça com ele, não sou Cedrico. - ele sussurrou, e ela pode sentir sua voz doce se aproximando. Pode sentir o seu sorriso compassivo mesmo sem vê-lo em seus lábios. "Você ainda não entendeu, mas você vai" pensou ele.
-Você não é real... você não é real... é só um sonho...
Em um rompante, ela se levantou e correu pelo mesmo caminho em que veio. Para uma sala vazia, para fora, para qualquer lugar, para longe.
-Harry... Para onde você correu, ein Garota? - a voz de Vernon surgiu pelos corredores, soando mais forte do que nunca, assustando a garota que como reflexo, conteve os passos.
Por um momento, ela havia se esquecido dele. Que erro grotesco. Ela se encolheu ainda mais, sem saber para onde ir. Ela estava cercada, Vernon a sua frente, a sombra de Cedrico nas suas costas. O ar fugiu de seus pulmões conforme o desespero circulava em suas veias. Harry tentou respirar, mas sentiu seu corpo pesar e cair no chão, em meio ao pânico.
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Assinado, Lorde Slytherin - Harry Potter/Tom Riddle
Fiksi PenggemarApós o torneio tribruxo, tudo estava estanho. Harry mal podia crer em quão mal as coisas foram tão rápido. De repente, ela fora forçada a participar de um jogo mortal, foi ridicularizada -novamente- pela sociedade bruxa, viu um de seus colegas mais...