8. Rainha Negra

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Os detalhes entre a união entre a Casa Targaryen e a Casa Stark tomaram a  maior parte da tarde de Rhaenyra

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Os detalhes entre a união entre a Casa Targaryen e a Casa Stark tomaram a maior parte da tarde de Rhaenyra. Se a rainha Alysanne tivesse o feito com mais cuidado, certamente não teriam tantos problemas agora. Entendia o receio de misturar o sangue e conceder dragões a outras Casas nobres, mas aquilo podia ser facilmente revertido, e a própria ideia de exilar Vaelena ao Norte provava aquilo. Agora, precisariam trabalhar para reinseri-la ao posto de princesa que era seu pelo direito de seu sobrenome, e não podia dizer que desgostava da ideia de devolver a linhagem de Visenya o sobrenome Targaryen através da união entre Aegon e Argella, embora já tivesse percebido que precisaria ter cautela naquele assunto.

Além disso, precisavam fortalecer seu laço com Cragen, sabia que o apoio do Norte poderia ser essencial para impedir maiores complicações à sua sucessão. Por mais que não lhe agradasse completamente a ideia de oferecer a mão da criança que ainda estava em sua barriga a um futuro filho do Lorde de Westeros, não podia negar que seria a melhor forma de demonstrar sua boa-vontade, mas ainda restavam um problema: não podiam garantir que lady Arra Norrey engravidaria em tempo hábil o bastante para que o casamento fosse viável.

Deixaram o assunto de lado, e agora Daemon falava sobre a possibilidade de tornar Argella uma domadora de dragões, a qual Vaelena parecia estranhamente pouco interessada. Notou que a jovem parecia um pouco amedrontada com Blackblood, e não poderia culpá-la totalmente: era quase tão grande e velho quanto Vhagar, e incrivelmente parecia mais assustador. Mas muitos ovos de dragões foram achados em Dragonstone, alguns colocados por Syrax, e talvez algum filhote pudesse encontrar a donzela.

A porta foi subitamente aberta, e não pode deixar de olhar com irritação ao perceber que quem lhes interrompia era sor Iomhar, suas belas feições distorcidas em um pânico justificável.

— Peço perdão, vossas altezas. — Iomhar começou, cauteloso. — Mas príncipe Aegon me deu uma ordem, e por mais que eu tenha recusado e tentado explicar que não foi uma boa ideia, príncipe Jacaerys decidiu transformar uma ordem dele, e eu não tive outra escolha...

— Poupe nossa paciência, sor, e diga-me logo o recado do meu filho. — Rhaenyra o interrompeu, revirando os olhos. Achava pouco digno um homem feito fazer questão de responsabilizar um príncipe que não havia completado a maioridade por seus atos, mas não podia fingir que não compreendia.

— Meleys e princesa Rhaenys Targaryen aproximam-se de Dragonstone, devem chegar ao pátio da Sea Dragon Tower a qualquer instante. — Iomhan anunciou, tão inocente em relação à tensão que impregnou o ambiente, que rapidamente começou a se justificar. — Eu sei que não é nada fora do comum, a princesa Rhaenys sempre foi uma avó muito devota e é natural...

Mas Rhaenyra já não estava mais ouvindo. Seus olhos procuraram imediatamente os olhos violetas de Daemon, e por mais que sua expressão não o traísse, sabia muito bem que seus pensamentos também gritavam. As palavras de Aegon ecoavam na mente de ambos, como um mau presságio: "eu só fui descobrir que a princesa Rhaenys não havia retornado a Driftmark quando vi Meleys em Dragonpit".

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