Capítulo II.1

8 1 0
                                    

O melhor presente!

Capítulo II.1: Colocando os pingos nos is.

Fausto Cury, jovem de dezessete anos, príncipe de Gardênia, irmão caçula de Fernando Cury, o príncipe herdeiro e protagonista. No livro, Fernando e Fausto têm desavenças.

Aparentemente, o segundo príncipe tem grandes chances de tomar o lugar de herdeiro de Nando. E, há sempre aquele "quê" de arrogância entre os dois. Claro, como eu tô no time do protagonista, eu sou contra o Fausto, totalmente.

Como Fausto carrega o símbolo da realeza de Gardênia, o loiro em sua cabeça, muitos dos conselheiros do rei acabam tomando o partido dele, principalmente o próprio Pil-gu. O que só nos deixa a entender que Fausto é do time do mal...

Todavia, no dia que Nando quase cortou meu pescoço, Onésimo, em seus resmungos, acabou dizendo que era do partido de Fausto. Além disso, agora noto que ele estava vigiando este vilarejo à paisana, conhece o Nino e entrou em minha casa a essa hora da madrugada...

Isso só me traz arrepios e um medo incessante em meu âmago. Não consigo controlar o semblante como o Dom, meu coração acelerado e lábios rígidos só expressam o quão atordoada estou neste momento.

- Vós continuareis desta forma? - o loiro indaga, então volta-se ao Firmino e dá tapinhas em seu ombro. - Não disseste que tinhas algo a entregar a ela, menino? - seu tom era amigável e baixo, devido a hora que nos encontramos.

- Senhorita An... Annika. - Nino se aproxima dois passos e tira algo de seu bolso, uma carta.- Por favor, que tu leias esta carta somente quando chegares ao teu destino... - Firmino aperta levemente a minha mão, despedindo-se.

O quê? Ele não está sendo ameaçado nem nada?

Nino então vai até o Dom, eles se encaram por um instante. A criança então devolveu seu relógio de bolso. O transmigrado pondera por uns instantes com o objeto em mãos, e então entrega ao Firmino novamente.

- Guarde para mim, pegarei assim que eu retornar. - Nino assente e volta-se ao loiro.

- Obrigado, Vossa Alteza...

- Volta tu ao local onde estás abrigado. Entrarei em contato, fica em alerta. - Fausto permite a ida do menor, assim Nino volta para casa de Meggy.

O que tá acontecendo aqui?!?!

- Segui vós por este caminho. - Fausto recoloca o capuz e vai na frente.

O quê? É pra gente seguir ele do nada? Hello? No livro, ele não é nada confiável.

- Tu tá realmente parecendo alguém com problemas mentais. Vem logo. - a voz rouca de Dom penetrou meus ouvidos. Em seguida, ele passa a seguir o Fausto. Ele deve ter ouvido os boatos sobre mim...

Mas, peraí. Por que ele tá seguindo o Fausto?!? Okay, aqui ele é uma alteza mas essa calma toda de Dom é totalmente estranha. Desta forma, acabei por segui-los.

Estamos caminhando há uns minutos em um silêncio ensurdecedor. Até pensei em dizer algo, mas Fausto ainda me é desconhecido e intimidante, apesar de seu semblante gentil e sua boa aparência, eu não duvido nada que ele me dê um sumiço por aqui. E não coloco a mão no fogo que Dom irá me salvar. Em síntese, estou caminhando no breu com dois desconhecidos.

Mal reclamei da demora e vejo uma carruagem escondida entre os matos. Fausto assobia, o cocheiro vem para a estrada e desce desesperadamente para abrir a porta ao príncipe.

-Aquieta-te, Murilo! Eu mesmo abrirei, não te desesperes. - o cocheiro encheu-se de alívio e voltou ao seu posto com um pequeno sorriso.

Fausto abriu a porta e Dominique logo entrou. "E o 'primeiro as damas', hein?!", minha carranca dizia. Ouvi uma risada baixa de Fausto, só então notei que a Alteza segurava a porta para que eu entrasse.

O melhor presente!Onde histórias criam vida. Descubra agora