O melhor presente!
Capítulo II.3: Colocando os pingos nos is.
— Explique… — minha cabeça começou a doer — Explique isso direito, pedregulho!!
— Ela é burr…
— Pétreo. — Dom repreende o rochedo.
— Belê. — ele suspira, não sei como! Mas, ouço som de suspiro.
— Por que você fala assim? Pelo o que soube no prólogo, o rochedo na Era do Imperador e os 4 príncipes parecia ser alguém… eloquente. Nunca me passou pela minha mente que falava igual a um marginal! — afronto.
— O culpado é ele, cê é loco! — se direcionou ao Dom.
— Já disse para explicar melhor. — ralho.
Por que estou tão exaltada? Eu… estou tão frustrada que mal consigo controlar-me, isso é assustador!
— Por que estamos presos no livro, Pétreo? — Dom se pronuncia novamente.
— Por culpa sua, tio. — o sotaque do rochedo é evidente.
Eu suspirei irritada, o que fez o Pétreo voltar a dizer:
— Tu tem sorte dela ter entrado no livro, e não a Catarina! Na moral, essa mulherzinha é esquentadinha, mano!
— Nunca repita isso! — Dom cerra os punhos, Pétreo se cala por uns instantes.
Catarina?
— Você escreveu o livro com um objetivo, todos os livros têm uma mensagem a trazer! Mas tu, mano, quando terminou o livro a mensagem não foi alcançada, tá ligado?
O silêncio foi uma deixa para a pedra continuar.
— Cada linha do "O melhor presente!", cada frase escrita pela madrugada… tu fez isso pondo todo o amor que tu tem pela Catarina! Quando chegou à última página, todo o livro foi em vão! Então, você foi trazido pra cá pra consertar as coisas.
— Mas, nem todos os livros alcançam o objetivo, nem por isso os autores ficam presos em seus escritos! — retruco.
— Não posso dizer pelos outros, tia. Mas, por causa do amor que ele tem pela Catarina, esse não é um livro comum, tá ligado? Deixa quieto, na moral, acho que tu nem entenderia! Cê parece alguém que só liga pro próprio umbigo, cê é loco!
— Ei, seu…!
— Como assim "consertar?"— Dom contesta.
— Oh, papai, cê já num sabe? Sua obra tá uma bagaça, mano! O tom do cabelo de Tadeu está fraco, as vegetações de Gardênia tão morrendo, e se liga em mim! O livro está se autodestruindo, olha só meu linguajar, era pra eu ser um rochedo…, como aquelazinha disse, eloquente. Mas, tô aqui, mano: falando gíria.
— "Autodestruindo"? Tipo uma… bomba? — coloco mechas atrás da orelha, assustada.
— Não é como se tudo fosse explodir, mas o próprio enredo está se destruindo. Ele é desconexo, incoerente… Na vida real, ele continuará sendo um livro normal.
Ficamos uns minutos em silêncio, tentando assimilar o máximo possível tudo isso.
— O que temos que fazer pra sair daqui? — Dom dá um passo em frente.
— Consertem o livro. Escreva o livro que realmente quis presentear a Catarina. — Pétreo declara friamente.
— E se não conseguirmos? — titubeio, Dom me observa, também interessado na resposta.
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O melhor presente!
Romance"Eu tenho problemas com sono. Tenho sono pesado e às vezes fico presa neles durante um bom tempo. Até tinha combinado com meu irmão pra ele me jogasse água fria. Assim, não me atrasaria para a faculdade. Contudo, este sonho, o qual estou presa, é mu...