78. ESTAGIÁRIOS

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NA VÉSPERA DE ANO NOVO, COMO A RESIDÊNCIA NOS dormitórios foi tornada obrigatória para todos os alunos, pensamos que seria difícil voltar para casa nos feriados, mas com os heróis profissionais nos escoltando, todos os alunos puderam voltar para c...

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NA VÉSPERA DE ANO NOVO, COMO A RESIDÊNCIA NOS dormitórios foi tornada obrigatória para todos os alunos, pensamos que seria difícil voltar para casa nos feriados, mas com os heróis profissionais nos escoltando, todos os alunos puderam voltar para casa por um único dia. Eu, claro, fui visitar minhas pessoas preciosas. Aqueles que independente das minhas ações egoístas e mesquinhas estiveram do meu lado, Akemi, Asami, Yuki, Ayato e etc. Também aproveitei para passar algum tempo com a tia Rei, apesar do feriado iminente. Não havia muito a ser feito e, durante a noite, tivemos uma grande ceia na Agência, foi um dia engraçado e divertido, onde acabei rindo muito das travessuras de Asami depois de chorar muito nos braços de tia Rei.

Honestamente, vê-la sempre irá me destruir por não ter feito nada para protegê-los do obcecado Endeavor daquela época, dói ainda mais o fato de eu tecnicamente ter ajudado a criar Dabi, deixando que Toya tivesse sido morto naquele dia. Naquela época, eu era muito jovem e egoísta para me lembrar da dor dos outros, eu estava muito preocupada com meus próprios problemas para lidar com os da tia Rei e do Toya, que eram tão importantes para mim. Por muito, muito tempo, eu perdi os dois e, atualmente, ainda não tenho Toya de volta, nem sei se serei capaz de salvá-lo em vista que ele está se matando aos poucos conforme usa seu fogo cada vez mais. Mesmo naquela época, Toya sabia que usar seu fogo seria extremamente perigoso para o corpo dele, e agora que suas chamas estão ainda mais quentes é ainda pior. Lembrar do incidente de Deika me deixa ainda pior por saber o que ele provavelmente sentiu lá, no entanto, pensar nisso não irá me ajudar e eu já fui alertada muitas vezes para o meu desgosto.

Na manhã do Ano Novo, eu estava prestes a entrar no carro quando senti mãos segurarem a barra da minha camisa, me fazendo olhar para trás com confusão.

Akemi me encarava com preocupação estampada em suas feições. "Srta, nós sabemos que é forte, no entanto, não se esforce além do que é capaz de suportar. Lembre-se, independente do que aconteça, estamos ao seu lado, para apoiar-lhe e sermos seus ombros." Eu entendi a mensagem de Akemi, meus olhos pinicaram e eu sabia o significado disso mais do que qualquer um.

"Sabe, obrigado por manter-se ao meu lado por tantos anos." Me jogando em seus braços, envolvo sua cintura com cuidado. "Você é como uma segunda mãe para mim. Obrigado."

"Oh, querida." Acariciando minha bochecha, Akemi sorri afetuosamente, beijando minha testa em seguida. "Me sinto honrada, no entanto, vá, você tem uma residência, certo?"

Abraçando Akemi uma última vez entro no carro, dirigindo-me ao ponto de encontro com a mala do meu uniforme entre minhas pernas. Olho minhas palmas, pensando em tudo que passei para finalmente notar o que me rodeava. Se fosse antes do período de tratamento psicológico, eu negaria o carinho e cuidado da Akemi, fingindo que eu estava bem, rindo enquanto descartava suas preocupações. Naquela época, eu estava com muito medo de me envolver, muito medo de acabar perdendo as pessoas que eu me importava pelo meu egoísmo de querer tê-las.

Reencarnei em boku no heroOnde histórias criam vida. Descubra agora