Rêviere, L.68: Rêviere - Debussy

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                 Narrador Onisciente

Após duas semanas, Candace em fim respondia bem ao tratamento e já estava acordada para o alívio de todos, a ômega reagiu bem ao saber da morte de sua filhote, mas também decidiu que não queria puxar assunto nenhum sobre aquilo. Então todos respeitavam seu espaço e evitavam de falar — Como o Tighnari está? — Ela perguntou assim que seu irmão entrou no quarto deixando a mochila em um canto qualquer.

— Esta bem. Vamos jantar mais tarde.

— Vai finalmente pedir ele em casamento?

— Sim. Ele fez um novo amigo, um ômega estranho e muito estressado.

— Eu fiquei sabendo sobre ele, pelo jeito Aether e Lumine não gostam dele, algo sobre aquele ex da Lumine.

— Vocês ômegas são muito fofoqueiros.

— Como se você não ficasse perto de nós apenas pra ouvir as fofocas — Cyno deu apenas um sorrisinho pequeno sentando na poltrona ao lado de sua irmã — Em fim, Gorou me disse que o tal Childe vive em um chove não molha com esse tal Scaramouche e a Lumine.

— Até onde eu sei, eles não tem um relacionamento fixo, ao menos foi isso que Tighnari me contou.

— Eu preciso de mais fofocas, só vou conseguir isso quando o Gorou ou a Collei vierem aqui.

— E o que você quer saber? Ontem o Gorou e Tighnari não pararam de falar sobre eles por nenhum momento, eles estavam tão imersos no assunto que eu acabei prestando atenção.

— Você adora uma fofoca, só não admite — Candace sorriu levando uma conversa animada com seu irmão.

— Olha como esse é fofo — Tighnari mostrava uma quarta imagem de quartinhos para crianças para Scaramouche que a cada nova foto ele tinha de conter um suspiro ou virada de olhos. O menor estava animado então jamais cortaria o clima dele.

— Mas vocês já decidiram? Sobre a tal casa? — Ele perguntou tentando desviar Tighnari daquele tablet das inúmeras ideias de quartos e roupinhas para criança. O botânico usava uma calça legging e como sempre um blusão de Cyno, já que não aguentava ficar sem o cheiro do alfa quando estavam longe um do outro, embora não desse para perceber, sua barriga já estava mais rígida e dava os primeiros sinais que haviam filhotes ali o que só era visível quando usava roupas colada.

— Cyno fez uma oferta mas não sabemos se vão aceitar, eu gostei muito dela. Tem um quintal espaçoso e é bem grande, boa o suficiente pra uma família de cinco —Scaramouche acabou soltando um risinho.

— Está na hora de irmos — O de cabelos azuis ficou de pé oferecendo o braço para Tighnari, ele não gostava tanto assim de contato físico, mas algo no outro ômega o deixava estranhamente confortável, embora ficasse sempre com um pé atrás sobre seguir ou não com aquela amizade que se criou de forma tão estranha.

— Que filme vamos assistir?

— Sinceramente eu não ligo, quando chegarmos em casa você escolhe.

O orelhudo assentiu arrumando a mochila nas costas antes de enrolar seu braço com o de Scaramouche e começar a caminhada até a casa do mais velho — Sobre a cor...

— Azul.

— Uhlr! Não me responde dese jeito!

— Como você quer que eu fale? — Scaramouche tinha um sorriso ladino e uma sobrancelha arqueada.

— Não sei, as vezes você parece o Cyno.

— Céus! Não pareço não, seu namorado é fechado e faz piadas sem graça e sem sentido.

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