Assim que Natsu deixou aquele local onde estavam Usagi e Arisu, ela foi caminhando lentamente pelas ruas quase cobertas de vegetação, ela ainda sentia muita dor por causa do último jogo. Por conta disso, ela andava mancando e com a mão contra sua costela, reclamando consigo mesma. Porém, ela parou de andar assim que escutou alguns barulhos, com medo de ser o rei de espadas ela correu e se escondeu atrás de um carro.
– Eu vi você. Sai daí, eu não vou te machucar -A voz de um homem desconhecido soou ao fundo.
Natsu ficou alguns minutos em silêncio até ouvir os passos do homem se aproximando dela.
– Você sabe que falar isso, em um lugar como esse é quase a mesma coisa que dizer "Fica parada ali para que eu possa dar um tiro em você, rapidão".
Ao falar isso, ela pode ouvir uma risada baixa ao fundo.
– Você tem razão, e por isso, eu não vou te machucar se não já teria feito, você está encurralada, então não seria muito difícil matar você.
– Quem disse? Você não sabe se eu estou armada ou não...
– Tuxe... Bem, vemos que não vamos machucar um ao outro, então saia.
Natsu ficou quieta por um tempo, até que ela saiu de trás do carro. Quando a garota viu, era um cara de cabelinho lambido para baixo, de camisa social azul e com um rosto familiar para ela. Familiar ao ponto dela parar e pensar um pouco não demorando muito até se lembrar e assim que isso aconteceu ela deu um passo para trás quase caindo.
– Você é o Banda, não é? -Natsu engoliu seco, já planejando como sairia correndo.
– Você me conhece? Natsu.
– Quem deveria fazer essa pergunta sou eu.
– Você é filha de um dos maiores executivos de Tokyo, é modelo e seu rosto está estampado em lojas de grife por todo o país e fora dele também.
– E você matou quatro mulheres...
– É... Somos famosos, me intriga nunca ter nos visto antes.
– ... Bem, eu tenho que ir, com licença -Natsu já começava a sair de fininho.
– Esta com medo de mim? Eu já disse, não vou machucar você.
– Quer parar de falar isso? Você é um serial killer!
– Bem, então o que você quer que eu diga?
– Sei lá!
Um silêncio se fez naquele momento e Banda só ficava olhando para o rosto de Natsu que por sua vez se sentia cada vez mais desconfortável.
– Olha, eu sei que você não quer ouvir isso de um serial killer mas dá pra vê de longe que você tá machucada. Eu posso te ajudar se quiser.
– Não quero. Obrigado.
Natsu fez uma breve reverência e saiu logo em seguida meio rápido tentando despistar ele. A garota já conhecia a fama do rapaz, ele não saia do jornal e mesmo que ela não prestasse muita atenção nessas coisas, não era ignorante ao ponto de não dar bola a isso.
Com tudo, quanto mais ela se afastava dele mais ela se sentia seguida e observada chegava a criar um medo ou uma paranoia tão grande que a garota passou a ter uma pequena crise de ansiedade, assim a fazendo correr.
– Que merda!
Xingou pois na direção que ela ia tiros foram ouvidos e pessoas morrendo foram avistadas por ela. Por conta disso, Natsu mudou seu caminho rapidamente, mas mesmo assim não deixou de sentir que alguém estava atrás dela. Com os tiros ficando cada vez mais altos, ela logo se escondeu atrás de uma grande caçamba de lixo, diante de um beco pequeno.
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Cartas | Niragi Suguru
AcciónNatsu é uma garota arrogante e mesquinha que se vê em meio a um mundo no qual não tem ninguém que faça suas vontades. Posta a própria sobrevivência, a jovem é recrutada a um lugar peculiar e animado, "Praia" onde acabada encontrando Niragi um jovem...