Capítulo 7 - For me

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Natsu ficou olhando a cara arrebentada de Niragi assim que viu que era ele, a mesma se levantou rapidamente.

– Que merda! É você! Por que você não morreu?

Niragi realmente queria responder a garota mas estava fraco e mal conseguia falar por causa das queimaduras horríveis por todo seu corpo e principalmente seu rosto.

– Vai... Me deixar... Pra... -Ele suspirou- Morrer...?

– Essa é minha vontade, por tudo que você fez, pela pessoa que você é. Só que... Eu não sou uma pessoa ruim como você. Eu vou te ajudar só até você ficar minimamente melhor, depois disso, você que se vire.

Ele continuou quieto, Natsu por sua vez o fez se apoiar nela com cuidado nela. Por mais que Natsu fosse sim uma pessoa egoísta e mesquinha em relação às outras, ela ficaria com um peso na consciência.

– Você é pesado, então faz pelo menos um esforço para se arrastar!

A garota arrastou Niragi por uma rua inteira até achar uma das várias casas abandonadas da cidade, em específico um apartamento pequeno no primeiro andar de um prédio. Natsu deixou Niragi encostado perto da porta do apartamento enquanto ela arrombava a mesma com o pé, quando conseguiu o feito o olhou séria e exausta.

– Depois disso, eu vou cobrar até sua alma.

Voltou a se aproximar do rapaz, o levou para dentro e fechou a porta novamente encostando está com uma cadeira, assim, jogou Niragi no sofá

– Ah! -Ele reclamou de dor- Cuidado!

– Eu já estou sendo até que bem cuidadosa com você. Agora, bora tira a roupa!

– Ha~ -Ele soltou um riso falho com cunho malicioso- Vai se aproveitar de mim nesse estado, é?

– Não idiota! Se você não quer que essas queimaduras fiquem pior você precisa mergulhar em água de temperatura ambiente. E se já está tão bem pra pensar nessas merdas você já pode se virar sozinho.

– Não... É zuera...

Natsu, foi até o rapaz o ajudar a desabotoar aquele trapo que ele chamava de camisa, ele olhava para ela ainda com aquele ar de malícia.

– Se eu estivesse melhor... ia te comer aqui mesmo...

– E se você não cala a boca, te meto a porrada! -Afirmou ela de forma sonsa, porém ameaçadora- Tá! A calça você tira sozinho.

– Eu não consigo...

Ele encarou ela da forma mais sonsa que conseguia e ela olhava ele seriamente, ficaram nessa até Niragi vencer pelo cansaço. Natsu tirou as calças dele com brutalidade, ignorando a dor que ele sentia e suas reclamações, logo ela o ajudou a ir até o banheiro da casa que felizmente tinha uma banheira, não era muito grande e funda mas dava. Niragi se sentou e ela ligou a água fria.

– Ta gelada... -Reclamou ele.

– O que você esperava? Não tem mais o fornecimento de gás, esqueceu? Fora que tem que agradecer por ainda ter água nesse prédio. Agora fica quietinho aí -Ela se levantou para sair do banheiro.

– E se eu pegar uma gripe ou pneumonia?

– Vai ser lucro pra mim.

Natsu foi procurar pela casa onde tinha toalhas, ela acabou achando dentro de um armário cheio de traças. Ignorou isso e voltou pro banheiro, molhou as duas toalhas e as colocou no rosto do rapaz.

– Pra que isso?

– Pelo mesmo motivo que você tá dentro dessa banheira.

– Hum... Você era enfermeira ou médica?

Cartas | Niragi SuguruOnde histórias criam vida. Descubra agora