Fique comigo (Irondad & Spiderson & Fofo)

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Pedido de Raphtalia_iludida

Aproveite!

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Sons de tosses vieram em um quarto no apartamento, o corpo trêmulo de frio e dor mesmo usando um cobertor, sua pele suava de calor deixando os lençóis úmidos. Sintomas de febre e tosse, as bochechas do rosto avermelhadas de calor e frio, olhos sensíveis da luz, tudo estava sensível e às vezes doendo, principalmente seus pulmões e garganta devido às tosses secas.

— Tony! Ele está doente a dois dias! Não consigo fazer mais nada para ajudar! — Exclamou May chorosa e frenética. — Não consegue comer nada, só um copo de água por dia é o máximo que consegue ingerir...

— Estou indo aí, aqui na enfermaria tem remédios que podem ajudar — disse Stark no outro lado da chamada.

A chamada foi desligada sem mais palavras. May respirou fundo colocando seu celular em cima da escrivaninha cheia de papéis, sentada na cadeira ao lado da cama segurou a mão do seu sobrinho de 14 doente, a pele estava toda morna.

— Tony já vai te ajudar... Só esperar — fungou May olhando para as marcas de lágrimas nas bochechas avermelhadas.

— Senhor Staaaaaarrrrk? — Gemeu Peter aninhando sua cabeça na palma da mão da sua tia.

May soltou uma risada, não sabe como os dois ficaram tão próximos depois de um simples encontro em uma das patrulhas, percebeu após meses o quanto Peter o vê como uma figura paterna, estava grata por um homem entrar na vida do seu sobrinho e criá-lo como um filho mesmo que não admita em voz alta.

— Sim, ele está vindo — confirmou suavemente, afastando as mechas de fios suadas da testa quente. — Que tal dormir um pouco? Uh?

— Teddy? — Murmurou fechando os olhos. 

May agarrou a aranha de pelúcia caída no chão colocando ao lado da cabeça em cima do travesseiro, Peter imediatamente se agarrou ao brinquedo macio colocando próximo ao peito, finalmente se acalmando após horas em agonia.

Ficou em silêncio observando seu sobrinho dormir, rezou que continuasse com esse sono tranquilo pela primeira vez, não aguenta mais vê-lo sofrer durante o sono ou acordado. 

Ouviu a campainha tocar, se levantou saindo do quarto silenciosamente. Chegou a entrada abrindo a porta.

— Tony — suspirou May aliviada.

Para sua surpresa o bilionário não estava de terno ou arrumado, uma calça jeans e uma camisa preta simples, parecia ter vindo bem apressado. 

— May — cumprimentou Stark entrando no apartamento tendo máximo de cuidado com seus passos. — Como ele está agora?

— Dormindo calmo pela primeira vez — disse May conduzindo o homem até ao quarto. — O único motivo de dormir agora é porque o corpo não aguentou ficar mais acordado por muito tempo sem comer direito e beber, e não posso levá-lo ao hospital já que vão testar seu sangue. 

A visão quebrou o coração do mecânico, na cama jazia uma criança muito doente abraçando uma aranha de pelúcia como sua vida dependesse disso, respirações tremulas e rápidas demais. Chegou perto do garoto colocando gentilmente uma mão na testa checando a temperatura, muito quente.

— Irei levá-lo à torre — disse Tony em um sussurro. — Se quiser, pode vir comigo e acompanhá-lo lá.

— Tenho que voltar ao trabalho, meu sobrinho não é o único doente também — disse May, brincando um pouco. — Sei que vai cuidar bem dele, confio em você.

— Vou cuidar bem dele — engoliu Tony, não esperando toda essa confiança demonstrada. 

May deu um sorriso brilhante aquecendo um pouco o coração frio do homem inteligente, realmente tem que perceber como sua vida mudou desde que o garoto entrou na sua vida.

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Após chegarem à torre indo direto para enfermaria, Tony deitou Peter em um lugar mais reservado para ninguém desconhecido e funcionário vê-lo, qualquer pessoa ficária confuso em encontrar uma criança na torre. Só espera que nenhum paparazzi tenha o seguido ou tirado uma foto dele, certificou de tapar o rosto de Peter quando saiu do prédio. 

Respirou fundo pelo nariz antes de soltar pela boca se acalmando um pouco, depositou a mala que tinha troca de roupas e coisas necessárias que May preparou.

SEXTA-FEIRA já começou a trabalhar nos diagnósticos e preparar remédios mais eficazes no laboratório automatizado feita especificamente para ela, pessoas autorizadas também podem mexer. Braços robóticos finos e leves saíram do teto com bolsa de soro e uma agulha para tirar sangue.

— Senhor, Peter possui febre de 40 graus, adicionei uma mistura no soro que ajuda nas células que estão lutando contra o vírus no corpo — informou SEXTA-FEIRA. — Meus cálculos dizem que vai melhorar em 2 semanas, portanto posso estar errado também.

— Vamos esperar melhoras antes de fazer mais alguma coisa — pediu Tony, puxando uma cadeira ficando ao lado da cama. — Deixe o quarto bem fresco e com bastante oxigênio. 

— Certamente — confirmou SEXTA-FEIRA, finalizando de colocar gentilmente as agulhas nos braços. 

Os braços robóticos voltaram para dentro do teto, voltou rapidamente pegando um curativo caído no chão antes de voltar de novo. 

Tony relaxou na cadeira confortável, fechou os olhos se permitindo pensar nas coisas que tem de fazer ainda no mesmo dia. Uma respiração aguda trêmulo o tirou da bolha de pensamentos, o garoto se mexeu desconfortável tirando as cobertas de cima. Levantou-se agarrando gentilmente os braços.

— Calma, vai acabar se machucando comas agulhas — avisou endireitando a posição da criança.

— Pai...? — Balbuciou Peter abrindo um pouco os olhos. — Está quente...

— O ar está frio para abaixar a febre — disse Tony, tendo um sorriso feliz e suave após ser chamado de pai. — Vou sair por um momento checar alguns...

— Não! — Reclamou Peter agarrando um braço do seu mentor se agarrando com sua aranha de pelúcia fofo. — Fique por favor...

Nem pensou duas vezes sentando na cadeira de novo, deixou seu braço ser abraçado pela criança, até a superforça antes imensa estava fraca. Começou a despentear suavemente o cabelo castanho bagunçado com a mão livre.

— Claro, criança — concordou Tony soltando uma risada calma.

A criança aranha melhorará, estará saltitando em poucos dias e contando histórias sem fins quando voltar para rotina.


Irondad & Spiderson 3 (Família Disfuncional)Onde histórias criam vida. Descubra agora