6.

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-Na..Nathan?
Por momentos senti medo, mas eu sabia que ele não me ía fazer mal, e sem dar por isso, o medo desapareceu. Agora só havia confusão.
-Clary... lamento.
E de repente, abraçou me. Mas eu recuei, tinha tantas perguntas.
- O que é que querias dizer com eu também ser um vampiro?
Limitou se a olhar para a minha clavícula.
-Não era um assaltante naquela noite pois não?
Um olhar bastou me para perceber tudo. Eu fui mordida por um vampiro. Agora era uma deles.
Comecei a pensar na minha fome descontrolada, na minha sede, na minha repentina sensibilidade aos raios solares.
Nathan já não tinha os caninos e os seus olhos voltaram ao seu cinzento.
-Nathan, o que é que eu faço agora? Eu não quero alimentar me de seres humanos.
Comecei a chorar descontroladamente. O que é que faria se de repente quisesse morder Margo? Ou os meus pais? Como é que iria para a faculdade se não podia andar ão sol sem me queimar?
Nathan ficou a olhar para mim sem saber o que dizer. Abraçou me, e desta vez não o afastei. Eu precisava daquele abraço.
Chorei durante algum tempo contra o seu peito. Quando finalmente me acalmei olhei para ele. Tinha um ar perdido. Os nossos narizes quase se tocavam, estávamos tão perto um do outro. Ele aproximou se.
Não posso.
Antes de ele me poder impedir, saí do beco e corri até casa.

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Foi uma noite longa. Quando não estava a chorar estava com fome. Levantei me e fui até à janela. Era quase de dia então fechei as cortinas.
Alguém bateu à porta.
-Olá Clary! Desculpa vir mais cedo mas estava nervosa.
-Na boa, Margo!
Está nervosa? ... Ah já sei, hoje vamos fazer a tatuagem.
-Não estejas. Não vai custar nada. Não tanto como ser mordido por um vampiro.
Margo aproximou se das janelas e abriu as.
-Credo parece que vives numa caverna.
Mal o sol me atinge queima me a pele. Deixei escapar um gemido de dor e corri para fechar as cortinas. Depois deixei me cair de joelhos. O meu ombro.
-Clary... está tudo bem?
Ela parecia desconfiada.
-Sim, só quero ter as janelas fechadas.

Convenci a Margo que só podíamos sair quando estivesse a anoitecer, e como sempre aceitou o que lhe pedi sem perguntas.
Saímos, eu levava umas calças pretas, os meus all star brancos e uma sweat preta com a frase escrita "BITE ME NOW" (morde me agora). Que ironia.
Entramos na loja. Era escura, os empregados tinham todos piercings. Eu também tinha. Um no umbigo, vários na orelha e por dentro do lábio superior junto aos dentes. A Margo tinha um no umbigo, na orelha e na sobrancelha.
A Margo fez um símbolo no pulso. E eu fiz uns corvos na clavícula onde fui mordida.
-Afinal não custou nada. Disse Margo
-Eu disse te.

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Eu e a Margo estamos neste momento a fazer as mudanças. Vamos ser colegas de quarto na faculdade. Começamos as aulas daqui s três dias.
Tenho tido tanta fome. Sinto me tão fraca.
Margo anda preocupada comigo. "Estás tão pálida", "Credo a tua pele está gelada", " Estás tão magra Clary". Mas não lhe posso contar a razão por isso limito me a dizer simplesmente que deve ser só um vírus que anda por aí.
Acabámos de arrumar e organizar o nosso quarto. Decidi que seria mais fácil para mim se ficasse num quarto na universidade, assim não apanhou sol para ir par as aulas.
Vamos a uma discoteca hoje. É perto da "Vampires Nightmare". Olha que bom.
Vesti as minhas jeans favoritas, são de uma ganga escura, uma sweat vermelha escura. Margo usou um vestido preto e justo e uns saltos altos pretos. Eu cá prefiro os meus all star.
Chegamos e aquilo estava cheio.
Tinha passado meia hora e eu já estava aborrecida. Prefiro passar noite a ler do que numa discoteca. Margo divertia se com um rapaz na pista de dança. Decidi ir apanhar ar.
Vi um rapaz que se cortou na mão. Aquele sangue. Sangue. Sangue. Tenho tanta sede.
De repente senti uma dor muito forte no maxilar superior.
Peguei num pequeno espelho que Margo me emprestara e vi... Caninos.
Caninos bem afiados prontos a morder aquele rapaz e matar a minha sede. Os meus olhos... vermelhos.
Não! Eu não ía atacar o rapaz nem ninguém.
Não estava a conseguir resistir. Aproximava me cada vez mais. Mas depois... desmaiei.

A iniciadaOnde histórias criam vida. Descubra agora