A iniciada

11.

Quando tive a certeza de que Thomas estava dormir fui ter com Nathan.
Estava num canto da masmorra e mesmo estando escuro, consegui ver as cicatrizes que Thomas lhe deixara.
Nathan.
-Sai daqui Clary.
-Nathan por favor...
-Porque é que me usaste? Eu gostava mesmo de ti e tu apunhalaste me pelas costas!
-Nathan não é nada disso! Eu gosto de ti! Eu... eu...
Amo te era o que queria dizer mas não disse. Tinha medo.
-Claro que sim! Foi por isso que me abandonaste e vieste ter com aquele otário!
-Tu não percebes!
-Não percebo o que Clary? Que me usaste?
-Que foi um pacto! A tua vida pela minha!
Ficou a olhar para mim estupefacto. Eu já estava a chorar.
-Cheguei a tua casa e havia sangue por todo o lado, vi te inconsciente no chão e corri para ti e depois apareceu ele. Disse lhe para desfazer o que fez e ele disse que só o faria se eu fosse com ele. Foi por ti Nathan. Eu não queria que morresses então aceitei o acordo.
Pela primeira, vez vi Nathan a chorar.
Correu contra a grade que nos separava e pegou me na mão e beijou cada dedo. Agora chorávamos os dois.
-Precisamos de sair daqui!
Disse eu.
Ordenei a John que me abrisse a masmorra e ele assim fez.
Eu e Nathan estávamos tão perto da porta e de repente Thomas apareceu acompanhado de guardas.
Humanos.
Nunca percebi porque é que aquelas pessoas trabalhavam para ele.
-Onde é que vocês vão?
Os guardas começaram a atacar nos e por muito que não gostasse da ideia, tinha de os magoar a sério.
Começámos a lutar. Alguns ficaram em muito mau estado mas não havia opção.
Agora era com Thomas.
Conseguimos manter nos durante algum tempo mas quando já corríamos para a porta, Thomas agarrou me e espetou me uma estaca.
Não acertou no coração senão eu já estava reduzida a cinzas mas esteve muito perto. Estava demasiado fraca não me alimentava como deve ser desde a primeira noite com Thomas.
Ouvi Nathan a gritar.
-Clary! Não!
Arranjei força, retirei a estaca e espetei a no olho de Thomas que gritou. E de repente, tudo escuro.