12.

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Abri os olhos e estava escuro. Estava em casa de Nathan, reconheci o cheiro dos lençóis.
Olhei à minha volta. Nathan estava debruçado na cama a agarrar a minha mão.
-Nathan
Acordou abrindo os olhos devagar, e quando viu que eu estava acordada sorriu.
-Estás acordada.
-O Thomas?
-Não está morto, aproveitei que estava com estaca no olho e peguei em ti e corri para fora da mansão.
Eu estava com uma ligadura no sítio onde a estaca me atingira, como se fosse um top, e ainda tinha algumas marcas no corpo que Thomas deixara com os seus jogos perversos. Nathan estava a olhar para elas com um olhar triste.
-Nathan...
-Clary descansa.
-Já descancei o suficiente! Nathan eu quero que saibas...
Beijou me não me deixando acabar a frase.
-O que se passa?
-Nada, ainda estou um pouco dorida só isso.
-Vou buscar qualquer coisa para as dores.
Foi até à casa de banho e voltou com uns comprimidos. Tomei os e o efeito foi quase imediato.
-Obrigada.
Dei lhe uma pequena festa na cara, levantei me e abracei o. Ele retribuiu o abraço e começou a chorar.
-E pensava que te tinha perdido... essas marcas... aquele monstro...
Dizia ele entre soluços.
Não perdeste, estou aqui. Vai ficar tudo bem Nathan.
Fomos até à cozinha e bebemos o mesmo de sempre.
Ficámos em silêncio muito tempo. Eu estava mesmo apaixonada por ele, já não podia mentir a mim própria.
-Nathan... eu...
-Não digas. Eu sei, eu também Clary.
Não digas porque tenho medo do que isto possa trazer.
Pendurei me no seu pescoço e beijei o.
Coloquei as minhas pernas à volta da sua cintura e ele segurou me firmemente levando me para o quarto.
Despiu me a camisola e eu despi a dele. Deitei me e ele ficou por cima de mim. Beijou me a testa, o nariz, as bochechas, nos lábiose depois começou a descer para o pescoço, peito, barriga. Voltou aos meus lábios e mordeu me o pescoço com o caninos.
-Oh
Deixei escapar um gemido e Nathan pareceu satisfeito.
Depois beijou cada marca no meu corpo. Como se quisesse apagá las.
Tirou me as calças e beijou as marcas nas minhas pernas.
Olhou para mim e ficámos assim durante algum tempo, até que me abraçou e beijou a minha clavícula. Onde fui mordida naquele beco.
Comecei a chorar enquanto ele me abraçava
-Está tudo bem Clary. Se depender de mim aquele monstro nunca mais te toca.
Chorei só de pensar no que Thomas me obrigara a fazer. Mas também chorava de felicidade por ter Nathan comigo, por ser tão compreensivo.
Deitou se ao meu lado e ficámos a olhar um para o outro enquanto ele me abraçava pelo menos até eu adormecer.

Nathan estava a sorrir e a olhar para mim quando abri os olhos e a fazer me festas no cabelo.
-Bom dia linda.
Sorri.
-Bom dia.
Beijou me a testa.
-Que horas são?
-17h56 está quase a anoitecer.
-Agora que és vampira tens de te habituar que agora dormes de dia e o teu dia começa ao anoitecer.
-Eu sei.
Levantámo nos e fomos comer. Panquecas.
-Não vou às aulas à três semanas.
-Vais ter de deixar de ir às aulas. Thomas pode apanhar te e ainda há o problema do sol.
-E o que é que digo aos meus pais?
-Não sei.
O meu telemóvel ainda estava no balcão, onde o deixei à três semanas.
23 chamadas não atendidas de Margo e 8 da minha mãe.
Liguei primeiro para a minha mãe
-Tô, querida?
-Oi mãe!
-Está tudo bem? Margo disse me que não tens ido às aulas.
-Estive doente, mas já estou bem.
-Também me disse que arranjas te namorado!
Aquela boca rota da Margo. Nathan ria se.
-Pois...
-Como se chama?
Olhei para Nathan e ele estava a sorrir.
-Nathan
-Que nome bonito. Eu e o teu pai vamos a Glasgow este fim de semana, podias apresentá lo.
-Eu falo com ele. Mas agora tenho mesmo de ir.
-Está bem querida. Até amanhã, amo te muito.
-Também te amo mãe.
Desliguei.
-Mãe simpática.
Disse a rir.
-Tou para ver quando ela estiver velha e vir que eu estou como se tivesse 18 anos.
-Então sempre vou conhece la?
-Se quiseres...
-Eu quero.

A iniciadaOnde histórias criam vida. Descubra agora