17.

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Liguei uma vez e Colin não atendeu mas à segunda atendeu.
Contei lhe o que se estava a passar e ele disse que vinha já para aqui.
Dez minutos depois está na minha sala a examinar a situação.
-Eu não queria transformá la, não foi por mal!
-O que é que fazemos agora?
-Primeiro temos de a fechar num sítio seguro porque daqui a bocado ela vai querer destruir tudo.

Lavámo la para a cave.
-O meu verdadeiro nome é Alpha e eu e a minha matilha decidimos misturarmo nos com os humanos para levar mos uma vida normal. Nunca quis que isto acontecesse.
Parecia estar a ser sincero por isso acreditei nele.
Comecei a ouvir gritos vindos da cave e o som de coisas a partir.
Fechei os olhos.
-Amor tens de ser forte. Daqui a bocado já a tens aqui contigo.
Nathan abraça me e eu afundo a minha cabeça ao seu peito.

Fiquei a noite toda sentada no sofá, não conseguia dormir e cada vez que a Margo gritava ou uivava sentia me a desfalecer.
Finalmente chegou a manhã. Fui até à casa de banho, tinha olheiras enormes e um ar cansado.
Cheguei à sala e Margo já estava sentada no sofá, enrolada numa toalha.
-É normal acordar numa cave, nua, com uma tatuagem estranha na mão, estar dorida e não me lembrar de nada?
Colin, ou Alpha, sentou se ao seu lado.
-Desculpa, eu...eu nunca quis que isto acontecesse.
-Então e agora vai ser assim? Lua cheia e transformo me em lobo e ando por aí a matar coisas?
-Receio que seja basicamente isso. E isso que tens na mão é uma Marca da Lua, agora és uma mulher loba.
-Olha que bom... Há mais alguma coisa que deva saber?
-Sim... Visto que agora és da raça lobisomem, os teus genes involuntariamente vão fazer te odiar a raça vampírica.
-Mas a Clary, o Nathan...
-Exatamente.
Levantou se e saiu porta fora.
Tentei ir atrás dela mas Colin deteu me.
-Deixa a sozinha um bocado, vai fazer lhe bem.

Já passou quase uma semana e ainda não há notícias da Margo.
Tenho um mau pressentimento.
Visto umas calças de ganga e uma t shirt cinzenta, esperei que Nathan saísse e saí em direção à mansão de Thomas.
Tem dois homens enormes à porta que para minha surpresa me deixam passar sem problema. Já deviam estar à minha espera.
Entro e Thomas está sentado na sua poltrona de veludo preta.
-Demoraste princesa.
-Não sou tua princesa. Onde está a Margo?
-O que te faz pensar que sou eu que a tenho?
-Thomas chega de brincadeiras, onde é que ela está?
Thomas fixava o olhar em algo para além do vidro que dava para a outra divisão. Segui o olhar dele e lá estava ela, inconsciente. Só de roupa interior, com a pele marcada com as correntes que a prendiam dentro de uma jaula.
-És um monstro! Eu odeio te tanto! Tira a dali, já!
Deu uma gargalhada e precepitei me para ele para lhe bater mas ele com um movimento rápido encostou me à parede deixando me de costas para ele, encostou se a mim e senti o seu corpo firme a esmagar me contra a parede sussurrando me ao ouvido.
-Não tiveste saudades? Sinto tantas saudades do teu corpo e do que posso fazer com ele.
-Larga me! És nojento!
-Vieste salvar a cadelinha foi? Ela também não é má.
-Nem penses em tocar lhe!
Virou me de maneira a ficar mos cara a cara e depois agarrou me nas nádegas com força e puxou me mais para ele.
-Eu solto a, mas tenho uma condição.
-Qualquer coisa.
Sorriu de maneira diabólica e disse.
-Eu sabia que irias dizer isso.

Ao menos a Margo está a salvo e isso é que é importante.
Nathan. Ele vai pensar que o traí, que o abandonei de novo.
O mordomo entra no meu quarto interrompendo os meus pensamentos.
-O Senhor mandou vir chamá la e entregar lhe isto.
Pousou uma caixa e foi embora. Mais roupa para usar para sua diversão.
Cheguei ao salão principal onde Thomas estava na sua poltrona.
Olhou para mim com um sorriso preverso e obviamente orgulhoso de me conseguir obrigar a usar aquelas roupas.
Estou a usar um sutiã vermelho com renda preta, umas cuecas a condizer, um robe de seda preto e tenho calçado uns saltos pretos que me magoam os pés.
-Estás linda! E estarias mais sem esse olhar de quem me quer matar.
-Oh, é assim tão óbvio?
-Tanto sarcasmo princesa. Senta te aqui. - disse apontando para o seu colo.
Fiquei só a olhar e recusei me a sentar. Thomas levantasse bruscamente e agarra me no braço espetando me as unhas afiadas.
Depois pára e escuta, e nesse preciso momento o salão é invadido por lobos e no meio deles, Nathan.
-Nathan!
Tento soltar me mas não consigo.
-Solta a já!
-Senão o quê?
-Estes lobos estão esfomeados.
Algo no olhar de Thomas mudou. Seria medo? Ele tem medo de lobisomens?
Largou me e corri para os braços de Nathan que me abraçou apaixonadamente.
-Ela vai, mas vão arrepender se, acreditem!
-Chega de ameaças!
Fomos para a carrinha de um dos lobos, acho que se chamava Michael, e Nathan tirou a sua t shirt e deu ma para eu vestir e depois fechou me o robe.
-Ele fez te alguma coisa? Ele tocou te?
-Não, graças a ti não.
Beijei o docemente e ele sorriu.
-Tens de parar com os pactos.
-Só quero manter vos a salvo.
-Mas não podes fazê lo para sempre, muito menos comigo. Se não estiveres comigo prefiro estar morto. És minha e eu sou teu, e se te perder perco tudo.
Abracei o e fiquei assim até ao final da viagem.


A iniciadaOnde histórias criam vida. Descubra agora