14.

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Acordei eram 9h56.
Levantei me, tomei duche e vesti uns calções pretos de cintura subida e um crop top branco que tinha a mesma frase que a minha sweat, BITE ME NOW (morde me agora) a preto.
Fui até à cozinha e a minha mãe já tinha feito o banquete inteiro para o pequeno almoço.
-Bom dia Clary.
-Bom dia mãe.
-Querida diz me uma coisa. O que é que são aqueles sacos com líquido vermelho no frigorífico?
Oh não! O sangue!
-A... é um sumo de frutos vermelhos. É de dieta.
-Parece mesmo sangue.
Tenho de distraí la.
-Então mãe, o que achaste do Nathan?
-Tens bom gosto. É giro, sabe cozinhar, muito bom rapaz. Por mim está aprovado!
Sorri.

Mais tarde fui ter com Nathan.
Quando entrei ele estava no sofá e levantou a cabeça do livro para olhar para mim e depois sorriu.
-Gosto da camisola. Tem cuidado para não a levar à letra.
Corei e sentei ao seu lado.
-Ficas cá hoje?
-Queres que fique?
-Claro... Clarissa.
Fiz beicinho.
-Desculpa Clary.
-Muito melhor agora.

Acordei a meio da noite com uns braços a tapar me a boca. Thomas.
Eu queria gritar por Nathan mas não conseguia, ele estava a apertar me a garganta. Depois começou a despir me. Eu não podia lutar porque ele me tinha amarrado à cama, depois começou a morder me...
-NATHAN!
Ele estava deitado ao meu lado. Abraçou me para me acalmar.
Foi um pesadelo. Thomas nunca esteve ali.
-Thomas outra vez?
Confirmei abanando a cabeça.
Ultimamente tenho sonhado muito com ele e com as coisas horríveis que me fez.

Os meus pais vão mudar se para cá.
-A sério mãe?
-Sim! Queremos estar mais perto de ti!
-Que bom!
Abracei os.
-O que achas da ideia Nathan?
-Fico feliz se a Clary ficar.
Disse ele a sorrir.
Sorri também.
Clary vai ser difícil esconder lhes o que somos agora que vêm viver para cá.
Eu sei Nathan. Principalmente quando repararem que só saímos à noite ou quando descobrirem que aqueles sacos não são sumo de dieta.
-Ouviste Clary?
Tava tão concentrada nesta coisa de falar mentalmente que não ouvi a minha mãe.
-Desculpa mãe.
-Não faz mal querida, tava a dizer que eu e o teu pai nos vamos mudar para uma casa na tua rua.
-Que bom!
Agora estão ainda mais perto para descobrirem.
-Estou tão feliz Clary!
-Eu também mãe!

Agora passo a minha vida em casa de Nathan, os pesadelos têm diminuído. Sempre que durmo com ele os pesadelos não são tão maus ou simplesmente não existem. Sinto me segura com ele. Mas também já não estamos juntos, tipo mesmo juntos, à algum tempo. Ainda estou um pouco traumatizada com aquelas noites com Thomas, mas Nathan tem sido muito paciente comigo. E por isso vou fazer lhe uma surpresa.
Pedi à minha mãe que cozinhasse a sua deliciosa lasanha para eu levar para casa do Nathan. Ele hoje foi para a livraria das 19h às 02h por isso tinha tempo de arranjar tudo. Comprei um champanhe, que eu penso que seja bom pois pedi ajuda à senhora da loja, e fui a um dos dadores de sangue de Nathan arranjar mais sangue. E paguei lhe bem por isso é bom que não seja um drogado.
Pus a mesa para dois com 2 velas brancas no centro e uma rosa vermelha como o sangue. Depois de tudo preparado fui tratar de mim. Comprei um vestido que achei que Nathan ía gostar. É vermelho escuro, justo, fica um pouco acima do joelho e tem um fecho nas costas e vai desde abaixo do pescoço até ao fim do vestido. Está bem que preferia os meus ténis mas decidi usar uns saltos beje. Pus um pouco de maquilhagem, mas não muita e penteei me deixando o meu cabelo solto.
Olhei para o relógio. 02h06. Deve estar mesmo a chegar.
Passaram dois minutos e comecei a ouvir a chave a rodar na fechadura.
-Clary?
Chamou ele.
-Estou na sala.
Mal ele entra na sala sorriu, e só para ver aquele sorriso já valeu a pena. Sorri também.
-Surpresa!
Pôs as suas mãos na minha cintura e beijou me.
Sentou se e eu fui buscar a lasanha e o resto.
-Cheira bem. Foste tu que cozinhaste?
-Nathan já me conheces.
-Foi a tua mãe não foi?
-Exatamente.
Rimo nos os dois.
-Estás linda!
-Obrigada.
Corei.
Servi a lasanha. Nos copos, misturei sangue com champanhe. O sabor metálico do sangue com o borbulhar do champanhe sabia divinalmente bem. Nathan também pareceu gostar.
-Estamos a celebrar alguma coisa?
-Não, simplesmente quis fazer te uma surpresa. Tu mereces.
Acabámos de comer e fomos para o quarto.
-Podes ajudar me com o fecho do vestido por favor?
-Claro.
Hoje vesti a minha melhor e mais sexy roupa langerie. Renda preta.
Abriu o fecho e o vestido caiu aos meus pés.
Nathan deixou escapar um suspiro de satisfação e ficou a olhar para mim.
-Uau.
Comecei a aproximar me dele sempre mantendo o contacto visual. Nenhum de nós desviou o olhar até eu chegar ao pé dele.
Parei à sua frente. Estava de saltos por isso não precisei de me colocar em bicos de pés para colocar os meus braços à volta do seu pescoço. Colocou os braços à minha volta e beijámo nos.
Quando já estávamos os dois sem roupa, deitados na cama Nathan olhou para mim com receio.
-Nathan está tudo bem. Estou pronta para ultrapassar o meu trauma.
Beijou me, abraçou me, mordiscou me, fazendo me sentir tão viva, tão segura que já nenhuma visão de Thomas a agarrar me me vinha à cabeça. Surpreendi o quando me coloquei em cima dele e comecei a deixar um rasto de beijos pelo seu tronco e com os caninos mordi lhe o pescoço. Deixou escapar um gemido o que me fez sentir bastante poderosa...

Acordei e Nathan ainda estava a dormir. Estava completamente nu e destapado, por isso decidi tapá lo até à cintura. Depois fiquei a olhar para ele até acordar. Quando estava a dormir parecia tão indefeso, tão vulnerável. Acariciei lhe a face e ele acordou devagar.
-Desculpa não queria acordar te.
-Não faz mal.
Sorri.
-Adoro ver te sorrir.
Sorri ainda mais.
-Devo te dizer que foi a melhor noite da minha vida.
Diz ele.
-Concordo.
E ficámos a conversar ou algumas vezes ficávamos só a olhar um para o outro até serem horas de nos levantar mos.

A iniciadaOnde histórias criam vida. Descubra agora