9.

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Acordei de manhã com um dos braços de Nathan por cima de mim.
Ele abriu os olhos e prendeu me na cama e depois mordeu me e começou a sugar me o sangue. Abriu me o peito e retirou o meu coração. Só sentia dor...
-AAHH
Foi só um pesadelo. Nathan acordou assustado, abraçou me com força.
Está tudo bem Clary, eu estou aqui.
Olhei para ele, beijei o com ternura.
-Obrigada.
E voltamos a dormir.
Mais tarde, levantei me e vesti as minhas cuecas e a t shirt do Nathan e fui comer.
Tomei banho, vesti os meus calções e uma t shirt lavada dele. Beijei o na face e deixei um bilhete a dizer que tinha ido para a escola.

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-Oh meu deus! Então tu e ele...
-Sim Margo
-E como é que ele é?
-Não te vou dar pormenores!
Ela riu se.
-Já vi que foi ótimo.
Sorri só de pensar na noite passada.
-E parece que a tua noite deixou marcas, o que é que tens no pescoço?
A dentada!
-Não é nada!
-Pronto não queres partilhar os pormenores tudo bem.

O dia passou lentamente e quando finalmente anoiteceu fomos sair.
Nathan encontrou se comigo e com os outros em frente ao "Vampire Nightmare"
Ficámos cá fora. Aquela discoteca é medonha.
Thomas veio ter comigo.
-Então boneca?
Os olhos de Nathan estavam vermelhos e pôs o braço à minha volta.
- Olá Thomas
-Estás gira!
Senti Nathan a ficar irritado.
-Obrigada. Nathan não queres...
Beijou me e quando separou os seus lábios dos meus olhou para Thomas com ar triunfante. Ri me baixinho.

Nathan ficou comigo grande parte da noite e depois foi para casa. Adormeci quase logo de imediato. Mas algo estava mal. Tenho um mau pressentimento.
No dia seguinte liguei para Nathan. Era sábado e eu ía casa dele.
Não atende, que estranho.
Vesti o vestido preto justo de Margo e os seus saltos altos e saí.
Era suposto ele vir me buscar mas ja passava meia hora da hora marcada e nada.
Cheguei a casa dele e a porta estava aberta. Entrei e senti um cheiro a sangue muito intenso e vi Nathan inconsciente no chão e sangue por todo o lado. Fiquei aliviada quando vi que aquele sangue todo não era de Nathan, alguém rebentou os sacos.
Corri para o Nathan. Para meu alívio ainda respirava.
-Nathan por favor acorda!
Eu já estava a chorar.
-Nathan! Nathan! Acorda!
E depois vi que não estavamos sozinhos na sala. Da escuridão do fundo da sala apareceu Thomas.
Aproximou se de mim e colocou a sua mão no meu queixo para eu olhar para ele.
-Então meu amor não chores, eu estou aqui.
Retirei lhe a mão bruscamente
-Foste tu que fizeste isto?
-Surpresa! AHAHAH
-Seu monstro! Porque é que o fizeste? Nem sequer o conhecias!
-Engraçado chamares me monstro quando és igual a mim. E sim já conhecia o teu amigo.
Thomas também é vampiro.
-Querida lembraste do suposto assaltante que te tornou imortal?
-Eras tu...
-És tão inteligente!
-Desfaz o que lhe fizeste!
-Claro... mas tenho um acordo.
-Tudo o que tu quiseres mas por favor deixa Nathan em paz.
-Ótimo! Ahah. Então quero te.
-Não estou a perceber.
-Minha querida, desfaço o que lhe fiz e vens comigo. Para sempre.
Não pode ser! Como é que ele me podia fazer isto? Mas para Nathan ficar bem tinha de ir com ele.
-Está bem, eu vou.
-Então vamos.
-E Nathan?
-A bruxa que eu contratei já vem tratar dele.
Os olhos de Thomas estavam vermelhos e os seus caninos estavam bem afiados. E tinha garras em vez de unhas.
Agarrou me na mão e levou me para um carro muito sinistro. Tinha um motorista, mas era humano, conseguia cheirar lhe o sangue.
-Porque é que fizeste isto?
Agora sentia a dor no maxilar. Os meus caninos apareceram. E aposto que os meus olhos estavam vermelhos porque Thomas estava a sorrir com a minha transformação
-É muito simples Clary. Tu és minha. O sangue que te corre nas veias é meu por isso pertences me.
Chegámos a uma mansão e ele levou me lá para dentro. Havia empregados por todo o lado. São humanos.
Chegámos a uma suíte maior que a minha casa
-Aqui está o teu quarto, o meu é mesmo ao lado se precisares de mim.
Acho que não vai ser preciso
Colocou as mãos na minha cintura e puxou me para ele.
-Vestis te esse vestido tão sexy só para mim, e esses saltos ficam tão bem nas tuas pernas.
A mão dele começou a descer para a minha perna.
Só sentia nojo daquele tipo. Bati lhe na mão e ele agarrou me nos ombros com força.
-Tu não sabes com quem te estás a meter meu amor. Eu sou um dos vampiros mais poderosos do mundo. Eu posso muito bem acabar com qualquer pessoa, incluindo o teu adorado Nathan. E se não me obedeceres é o que vai acontecer.
Piscou me o olho, deu me um palmada no rabo e saiu, deixando me sozinha naquele quarto.
Despi me e vesti uma t shirt do Nathan que tinha conseguido trazer numa pequena mala que trouxe comigo.
O cheiro do Nathan ainda estava presente. Comecei a chorar. Senti uma onda de saudade.
Enfiei me na cama, tapei me até ao pescoço e chorei até o anoitecer do dia seguinte.
Quando finalmente ganhei coragem para me levantar, apanhei o cabelo vesti umas jeans que Thomas deixou no meu armário tal como um monte de roupas caras e muito reduzidas. Deixei a t shirt de Nathan.
Alguém bateu à porta. Mas não era Thomas. Ainda bem.
Era um homem com um fato preto. Já devia ter uns 60 anos. Humano.
-Bom dia Senhora.
-Bo...bom dia.
-Sou John, o mordomo.
Trazia uma caixa preta com um bilhete e um tabuleiro com um copo de sangue e um prato com bacon e ovos mexidos.
-Obrigada.
Ele saiu e eu fiquei a comer. Quando acabei fui até ao sofá onde estava a caixa. O bilhete dizia:
"Hoje, jantar nos meus aposentos as 5h00.
Usa o que está na caixa.
P.S. O melhor é não seres desobediente."
Olha que bom.
Abri a caixa e vi um vestido preto. Era curto à frente e comprido a trás. Tinha uma cauda com penas negras. O corpete era justo e preto com uns pormenores a vermelho escuro. Os sapatos eram pretos e tinham uns saltos de 12 cm.
Acha mesmo que me vou aguentar em cima disto.
Olhei para as horas. 3h23.
Como será que está Nathan? Deve achar que o abandonei. Mas ao menos está a salvo.
Comecei a chorar de novo.

Eram 4h47 quando me comecei a vestir. Em vez dos saltos que Thomas me dera usei os de Margo que trazia calçados ontem. Olhei me ao espelhe.
Uma autêntica rainha das trevas. Pensei eu.
4h58 saí do quarto e dirigi me ao quarto ao lado.
Entrei sem bater. Se há coisa que não lhe devo é respeito.
Thomas estava com jeans e em tronco nu.
A sua suíte era ainda maior que a minha. Os seus lençóis estavam com sangue e havia um corpo ao lado cama.
-Parece que estavas ocupado.
Disse eu com desprezo.
-Estás linda. Mas achava que os sapatos eram mais altos.
-Não uso aquilo.
Riu se numa gargalhada maléfica.
-Desta vez deixo passar- agarrou me na cara violentamente- mas já sabes as consequências se voltar a acontecer.
Sentei me e ele sentou se à minha frente. O mesmo mordomo, John, serviu nos o jantar.
Ele colocou uma rapariga nua, já morta, à frente de Thomas.
-Lamento mas recuso me a alimentar me dessa maneira.
John foi buscar me um copo de sangue enquanto Thomas se alimentava diretamente do corpo morto. Pobre rapariga.
Acabámos de jantar e ele aproximou se de mim, agarrou me na mão e puxou me para ele. Apertou me e beijou me. Eu tentei afastá lo mas ele olhou para mim como quem diz "Tu não queres fazer isso, olha o Nathan".
Começou a tentar tirar me o vestido, e aí, afastei me e corri para o quarto.
Porco. Monstro.

A iniciadaOnde histórias criam vida. Descubra agora