Capítulo 7 - Camila

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Desperto e percebo que não estou no meu quarto, eu me sento na cama e logo as cenas de ontem vem na minha mente, o Monstro foi humano comigo e eu nunca pensei que isso séria possível, uma humanidade em alguém tão mal. Eu nunca vou esquecer o que ele me fez, eu estava com desejo de morrer e ele me trouxe de vota a vida. — Penso sorrindo, eu pego sua camisa e tiro a colocando em um saco. Eu visto minha roupa e pego o saco, eu sei que isso é furto, mas eu quero  ter uma lembrança disso, eu quero lembrar que pelo menos alguma vez na vida alguém me acolheu quando eu precisei. Ele fez isso! — Penso sorrindo e logo desço as escadas, assim que chego no andar de baixo ele ainda estava deitado dormindo, eu me sento e fico observando seu corpo musculoso e cheio de tatuagens, eu não nego que se ele não fosse tão mal seria perfeito, mas não existe perfeição. Fico ali observando até que ele levanta e logo se arruma e seguimos em um perfeito silêncio, o mesmo me deixa na porta de casa e pedi para que eu não diga a ninguém sobre o que aconteceu, eu concordo e saiu dali, assim que entro em casa sou surpreendida pela minha mãe e a Carolina.

— Qual é o seu lance sua vadia? Você passou a noite com o Monstro? Eu já te disse para ficar longe dele, pois ele é meu! Eu vir primeiro. Quanto ele te deu para você passar a noite com ele? — A minha irmã me afronta.

— Garota, você perdeu sua virgindade? — Minha mãe pergunta em desespero!

— Eu quero que vocês duas me deixem em paz! Nenhuma das duas tem nada haver com a minha vida.

— Você é puta, ta sentando para o KL e também para o Monstro, mas o Monstro é meu, ele é meu!  — Diz nervosa.

— Eu não estou fazendo isso, eu não estou ficando com nenhum deles dois, eu não preciso disso, eu não sou como você. Agora me deixem em paz, eu preciso trabalhar. — Digo e logo saiu dali, eu subo as escadas e pego uma roupa para tomar banho e assim que termino eu me visto e desço correndo para o meu trabalho. Eu estava uns 20 minutos atrasada. E já cheguei me justificando. — Me perdoe senhora, eu perdi o horário!

— Tudo bem, menina! — Dona Marta responde e eu começo a trabalhar ali, a Lili não estava, eu fiquei sozinha para dar conta do salão até a tarde quando a Angélica chegou e logo disse.

— Olha só, a minha amiga está feliz? O que aconteceu? — Ela pergunta muito curiosa.

— Não posso falar, eu disse que não falaria. — Digo sorrindo.

— Deixa de ser besta e me conta de uma vez. — Diz e eu continuo negando.

— Vamos trabalhar, Angélica. — Digo sorrindo e logo continuo atendendo as mesas, eu fico na minha até que o KL aparece ali, eu estremeço com a presença dele, eu sei que o Monstro foi gentil comigo ontem, mas isso não significa nada e eu não posso mudar minha vida, eu não posso desobedecer as ordens dele. Penso e logo o KL se aproxima.

— Oi, Baixinha? Eu não sei o que te fiz, mas eu vim te pedi desculpas, eu me acostumei com seu sorriso e me acostumei com seu biquinho lindo e sua língua afiada, mas agora você me ignora total. — Ele diz e eu me afasto rapidamente.  O mesmo percebe minha indiferença e sai dali, a Angélica logo diz.

— Tadinho, ele está parecendo um cachorro sem dono. — Diz abaixando a cabeça.

— Amiga, eu não quero problemas. — Digo abaixando a cabeça e me surpreendo com a presença do Monstro, a Angélica se afasta mais e ele logo diz que eu posso voltar a falar com o KL, o mesmo sai dali e eu abro um sorriso.

— Vai lá, o que está esperando. Leva uma bebida para ele. — Angélica diz e eu pego a bebida e levo até a mesa dele.

— Aqui está o seu pedido, senhor! — Digo e ele sorrir.

A Escolhida do TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora