capítulo 12 - Monstro

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Tem algo aqui e eu não posso negar isso, eu estou tentando esconder isso do mundo, eu quero matar isso aqui dentro, mas ela é difícil! Como eu vou me manter firme, como vou me manter forte se  ela é minha fraqueza, não é possível que ela tenha tanto domínio na mente do ladrão, eu não posso deixar ela me vencer. — Fico pensando e logo pego no sono. No dia seguinte desperto as 14 horas já ciente do pagodinho na favela, eu visto uma bermuda e uma camisa, coloco minhas havaianas e um  boné, eu sigo para a praça e me sento observando o movimento, o tempo passa e a Carolina aparece ali.

— Será que hoje há espaço para mim? — Pergunta safada!

— O que quer, garota? — Digo e ela se abaixa e sussurra.

— Quero sentar para o chefe hoje, vou ter esse privilégio. — Ela diz e eu dou um sorriso descarado.

— Caralho, to precisando muito comer uma buceta, acho que hoje é seu dia! — Digo e dou uma cerveja a ela, a mesma fica ali do meu lado cheia de sorriso, estávamos curtindo o pagode até que tudo parou e a minha pequena apareceu, ela estava nua, caralho! Todos babando nela, aquela porra de mulher é linda! Eu tentei disfarça, mas não conseguir, eu fechei a cara na hora, meu humor ficou um caralho! Essa porra de mulher vai me fazer ficar louco, com essa porra de roupa. — Eu observo ela com o KL e me afasto. Eu pego um cigarro de maconha com os Menores e fico ali fumando e observando a cena até que a irmã dela se aproxima.

— O que é, Monstro? — Ela pergunta. — Está gostando da Camilla? — Ela pergunta. — Minha irmã não presta, eu te disse isso! — Ela fala e eu vejo na minha frente. O KL e a Camilla estavam próximos demais, eles estavam prestes a se beijar  e isso mexeu comigo. Eu não resisti e peguei meu revolve e dei tiro para cima. A Festa parou.

— Acabou esse CARALHO! Eu quero todos em casa, a favela agora está em toque de recolher. — Digo e eles se afastam, ele toma a frente dela! Meus olhos ficam negros para caralho. Ele diz algo a ela e a mesma faz que sim com a cabeça.  Ela sai dali com a Angélica e eu só observo.

— Amorzinho, eu preciso ir, também? — A Carolina me pergunta cheia de si.

— Saia da minha frente se quiser permanecer viva. — Digo sério! Todos correm ali e o KL se aproxima.

— Ficou louco, o pagodinho,  estava tudo lindo na favela e você decidiu acabar com a festa. — Diz e eu lhe empurro.

— Sai da minha frente, eu sou capaz de lhe dar um tiro. — Digo sério e ele me olha sem entender. Eu jogo a maconha no chão e piso nela. — Tenho coisas para resolver, você vai para as biqueiras. Hoje não é dia de festa, hoje é dia de faturar, eu quero que vá e coordene os vapores, o resto eu quero dentro de casa e você. — Sigo até o Faísca. — Se encarregue para que ninguem saia de casa. — Digo saindo dali e corro na direção da Camilla. Ela estava andando com a Angélica quando eu a puxei pelo cabelo. A mesma se assustou e eu logo digo para a Angélica. — Saia!

— Estou na sua casa, Camilla! Vou te esperar, lá! — Diz e sai dali!

— Está, bem! — Ela diz e logo a garota sai dali, eu puxo a Camilla para um beco e lá tinha uma garota se pegando com um Vapor.

— Saiam agora os dois! E se alguém souber do que está acontecendo aqui eu sei quem falou e vou matar. — Digo e os dois correm dali.

— O que foi? — Ela me pergunta.

— Você perdeu a noção do perigo? Virou vagabunda agora? —Eu pergunto!

— O que faz você pensar isso de mim? — Ela pergunta.

— Essa sua roupa, você está nua, porra! — Digo nervoso.

— Está com ciúmes? Eu não entendo!

A Escolhida do TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora