O NARCISISTA E A ORGULHOSA

46- festa de arromba...

JÚLIA

- Amiga ! Feliz aniversário, meus parabéns, tá uma gata viu. Ainda bem que você veio cê não sabe o tanto que foi difícil convencer seu pai a deixar você vim pra essa festa.

- Eu sabia que você tava aprontando.

- Cê me conhece né. Luma sorri e eu vejo o divertimento no rosto dela.

- Quem tá lá ?

- Só eu e a Isa.

- Aham tá. Fala logo, quem tá lá ?

- Surpresa. Bufo e reviro os olhos com a resposta dela. - Larga de ser chata eu só chamei algumas pessoas que você conhece. Eu posso ter exagerado um pouquinho, mas você vai gostar.

- Qualquer coisa eu vou embora.

-Não ! Tá louca, se a festa é pra você como que você vai embora.

- De pé, de carro, mas que eu vou eu vou. Primeiro que eu nem sabia que ia ter uma festa pra mim; segundo, eu tenho certeza que a maioria da escola e um monte de amiga sua e gente que eu apenas respeito vão estar lá. Então mi amoré eu não sou obrigada a ficar.
Se me der vontade de ir embora eu vou !

- Já te falaram que você é um porre ?

- Não, me chamaram de coisa pior.

- Posso imaginar. Sorrimos e quando chegando na entrada os portões se abrem revelando uma festa totalmente extravagante. Nada haver comigo, primeiro que o som desse lugar é capaz de deixar qualquer um surdo.

- Seus pais estão em casa ? Olho para a morena ao meu lado ainda dentro do carro.

- Não, porque ?

- Nada não. Tá explicado essa festa de arromba.

Quero ver se depois que esse povo tiver tudo bêbado quem vai ajudar essa doida a arrumar a casa. Provavelmente, e eu tenho quase certeza, de que esse papel de trouxa quem vai fazer sou eu.

Desço do carro e já sou logo agarrada por Isadora.

- Meu amor, parabéns ! Feliz aniversário, te amo muito gata, aproveita sua festa.

- Obrigada Isa, também te amo. Só pelo cheiro eu já sei que ela tá mais pra lá do que pra cá.

Isa sai e Luma segura minha mão me puxando pra dentro da casa. Tem tanta gente aqui que eu nem sei o nome da maioria. Só estão aqui pela bebida e as pegações que já deve tá rolando. Quando passamos pela sala tive a impressão de ter visto o Marcos do lado de fora perto da piscina.

Que estranho devo tá pensando demais nele; isso não é bom.

Luma me levou até um quarto que de acordo com ela será meu por essa noite. Tô quase achando que eu não vou sair daqui, tá todo mundo bebendo já nem vão sentir falta de mim.
Me joguei na cama e fiquei olhando pro teto quase fechei os olhos, mas Luma entrou no quarto com aquela alegria dela.

Essa aí não precisa de álcool pra ficar doida, ela já é de natureza.

-Jujuba ! te trouxe uma roupa. Odeio esse apelido justamente por não gostar de jujuba, só ela que me chama assim. Já cansei de tentar fazer ela parar.

- Roupa pra que ?

- Pra você rasgar e fazer de pano de chão !

- Depois eu que sou a grossa né.

Ela me dá língua e me mostra o dedo do meio.

- Vai tocar uma com esse dedo vai, cê tá precisando.