Ementa ☯ Baixa Probabilidade

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música do capítulo: enemy - imagine dragons

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música do capítulo: enemy - imagine dragons

A Cidade da Fonte do Fogo era pequena, mas grande ao mesmo tempo. Deixamos o barco encorado na única baía que tinha, mas não antes de deixar os cinco guardas bem presos dentro das celas reforçadas por aço. Ninguém nos recepcionou, nem mesmo nos interceptou, o que me deixou surpresa. Avançamos para dentro sem problemas, mas algumas coisas me deixaram intrigadas. No chão, rachaduras enormes romperam aqui e ali, algumas maiores do que outras, opostas das menores que pareciam cuspir fumaça fracamente. Franzi o cenho, colocando a mão nessas menores, sentindo o ar quente e continuo, como um... Pulsar, uma respiração!

Ergui a cabeça e vi os três andando mais a frente, seguindo o velho senhor que docemente nos cedeu sua guia pela praia até aqui. Ele apontava e anunciava a história com empolgação, como se relembrasse ao nos contar cada detalhe que um dia viu com os olhos. Respirei fundo e me ergui. Olhei ao redor de novo. Da praia até aqui, pouca coisa mudou. Havia muito mato, uma vasta floresta entre a praia e a cidade, mas fora isso? Nada de diferente. Notei as rachaduras, a cidade movimentada e mais animais como meio de transporte do que automóveis. A arquitetura parece ser bem simples, nada muito aflorado, o que contradiz bastante com a enorme estatua cuspindo fogo no centro.

Nos aproximamos aos singelos passos do senhor, ainda sorridente e explicativo. Ao redor, ninguém parecia nos notar, ao contrário, não nos notavam, nem quando passávamos próximo o bastante para incomodar. Pareciam todos... Indo? Sem perceber meio quê para onde. Cruzei os braços, observando.

-Este é Ozai, foi nosso Senhor do Fogo por muito tempo! – Olhei-o apenas para ver seu sorriso banguela. – A cidade é bem antiga, estamos aqui há centenas de anos! Fomos uma das primeiras cidades da Nação do Fogo a ir para a guerra!

-E isso é bom? – Bolin perguntou, duvidoso.

Ergui uma sobrancelha. Não sei muito sobre a cidade, mas olhando ao redor... Nada parece bom.

-Como falei, somos velhos! Aqui só tem velhos! Muitos de nós morreram na guerra e nas indústrias do fogo. Os que sobreviveram se estabeleceram aqui conforme os anos passaram! – Freou a fala para tossir fortemente. Fiz uma careta. – Urgh... Desculpe! Mas então! Não somos muitos, ficamos como as sobras das famílias. – Disse gargalhando.

-Ah, isso é horrível! – Exclamou baixo de novo.

-Hum... Senhor Jin? – Korra chamou e ele a olhou, ela sorriu docemente. – Agradecemos a visita até aqui, acho que podemos seguir sozinhos.

-Claro, claro! Preciso ir ver o bar mesmo. Dispunha, Avatar!

E então ele saiu sorridente entre risos e tosses.

Olhei para os três e continuei com os braços cruzados e sobrancelha arqueada. O trio se encarou.

-O que foi?! – Mako perguntou e eu revirei os olhos.

Realidade Dominante (A Lenda de Korra) | KorrasamiOnde histórias criam vida. Descubra agora