Sempre quando pensamos que as coisas estão se ajeitando, ou já estão resolvidas, nesse momento é quando acontece algo que não estávamos preparadas.
Eu não contei a ninguém, mas ao namorar com Korra, assinei uma cláusula invisível que dizia: 'serás i...
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Recuperei o sentido pela dor péssima na cabeça, atrás dos olhos. Franzi a testa e pisquei os olhos me levantando porque estava deitada e nem me lembro como que deitei. Soltei um gemido dolorido apoiando o braço esquerdo, esfregando a testa numa falha tentativa de me livrar da dor. Abri os olhos e me vi numa espécie de ala médica, mas totalmente diferente do que eu já vi! Olhei ao redor, ok, respira, vamos analisar a situação.
Estou sozinha, não tem ninguém aqui, mas esse lugar parece muito diferente do que eu tô acostumada. Engoli em seco e me levantei, só então percebi que minhas roupas foram retiradas, estou com uma espécie de vestido branco com abertura atrás! Passei a mão e arregalei os olhos com o tamanho da abertura, fiquei feliz em encontrar minhas roupas dobradas na cama do lado e rapidamente peguei e tirei essa coisa ridícula e me vesti adequadamente.
Amarrei meu cabelo e caminhei pelo ambiente, só então percebi que tinha uma espécie de adesivos no meu braço e pescoço, retirei todos incomodada com a cola que pareciam ter e deixei em cima da cama. Um barulho me fez virar para a porta e uma mulher perfeita passou por ela com uma espécie de prancheta em mãos, clicando nela com os dedos e apenas quando se aproximou mais que me viu.
-Você acordou! – Parecia surpresa. Um leve sorriso apareceu e se desfez. – Não deveria estar em pé, deite.
Cerrei os olhos e avancei contra ela, que arregalou os olhos e cambaleou para trás, fugindo do meu soco. Cerrei os dentes voltando a olhá-la e chutei o ar, porque ela desviou de novo. Me aproximei, mas ela bloqueou meu golpe com o braço e usou o peso para se afastar.
-Quem é você? – Perguntei, recuando um pouco. –O que fizeram com meus amigos? Onde está Korra?!
-Calma. – Ela exclamou cansada e ergueu as mãos. Deixou a prancheta de lado e me encarou. - As respostas podem parecer confusas, então é melhor te levar até eles primeiro. Está tudo bem. – Ela indicou a porta. – Vamos? - Olhei-a desconfiada, abaixando um pouco a guarda. O que está acontecendo? Nunca vi nada assim. Aqui tem muita coisa diferente e muito branco, definitivamente estranho. – A propósito, me chamo Lena Luthor. – Começou a andar, a medida incerta, mas depois se afastou pegando a prancheta. A segui devagar.
-Me chamo Asami Sato. – Ela apenas virou e sorriu assentindo, como se já soubesse. Saímos do quarto e fiquei ainda mais surpresa. – Estamos em um navio? Tudo parece metal.
-É uma espécie de metal. – Respondeu caminhando pelo corredor também na cor branca. – É diferente de tudo que eu já vi, Ava disse que no país da amiga dela tem em abundância e eles utilizam em sua tecnologia, por isso temos isso aqui. – Não entendi nada, mas dava para perceber a animação dela. Só continuei me preocupando ainda mais! – Estamos chegando, venha. E não, não é um navio, é uma nave.
-O que é uma nave? – Perguntei e ela pareceu soltar um riso que me fez erguer a sobrancelha incomodada. – Qual a graça?
-Desculpe, as vezes me esqueço da época em que vocês vivem.
