Sempre quando pensamos que as coisas estão se ajeitando, ou já estão resolvidas, nesse momento é quando acontece algo que não estávamos preparadas.
Eu não contei a ninguém, mas ao namorar com Korra, assinei uma cláusula invisível que dizia: 'serás i...
música do capítulo: i am not a woman, i'm a god - halsey
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Com a nave estacionada, todas devidamente descasadas e sem nos preocupar com alguém desaparecido, guiei-nos entre a cidade para o prédio da policia onde eu sabia que eles estariam. A República da Terra não parecia tão diferente olhando rápido, mas eu percebi algumas mudanças. Muitas pessoas estavam na rua, e a maioria passava apressada, como se estivesse correndo de algo, evitando alguma coisa, mas não havia nada atrás delas. Os satomóveis acelerando mais do que o permitido pelas placas. Furgões da policia passando a todo momento.
-O que está acontecendo mesmo? – Kara questionou, olhando ao redor enquanto atravessamos para a calçada do prédio. – Consigo ouvir explosões longe daqui. Gritos... Pessoas correndo dentro das próprias casas. – Olhou para o prédio ao lado, acompanhei a tempo de ver as janelas que ainda restavam abertas se fecharem. – Sinto cheiro de fumaça, forte. Se aproximando. – Ela olhou à nossas costas, mas não havia nada.
-Vamos entrar logo. Korra deve saber o que estamos enfrentando. – Apressei para entrar e elas seguiram. Engoli em seco travando quando vi o local abarrotado de policiais correndo de um lado para o outro! Telefones tocando juntos e sem parar, folhas espalhadas pelo chão ou no ar pelos ventiladores ligados no máximo. Gritaria e uma falação sem fim. Ergui a mão, parando um deles espalmando-a em seu peito. O homem me olhou irritado, mas arregalou os olhos quando me reconheceu.
-Se-senhora, Asami! O-o que está fazendo aqui? – Gaguejou e vi uma gota de suor descendo pela têmpora. – A Avatar Korra não vai gostar disso. Por favor, me acompanhe. – Ele arrumou o quepe, nervoso. Olhou para as meninas e depois para mim, ergui a sobrancelha e seus olhos arregalaram mais ainda. – Vou leva-las até eles. Me sigam, por favor. – Ele abaixou a cabeça e assenti, indo atrás dele que começou a andar, se virando para falar conosco. – Me desculpem, é que hoje está um caos. Não que os outros dias não sejam, mas...
-Mas saiu do controle. – Reconheci a voz felina e vi o homem assentir arfante.
-Sim. Como são amigas da Senhora Sato e da Avatar Korra espero que possam nos ajudar. – Parou, se virando para nós enquanto apertava a barra do uniforme. Ele parecia jovem, e muito estressado.
-Pode contar que estamos aqui para isso. – Respondi e ele assentiu sorrindo nervoso. Apontou para a sala com porta de vidro, um único nome ali: Beifong. – Obrigada, pode ir. – E então ele correu para seus colegas apressados, telefones tocando e papéis voando. Me virei para nosso recém e imperfeito time. Cruzei os braços. – Vocês não podem falar de onde vieram, nem que têm poderes loucos que ninguém mais têm aqui no nosso planeta. Entenderam? – Elas assentiram. – Ótimo. Eles vão precisar de ajuda e vamos tentar achar um jeito de fazermos isso, ok? Mas sem usar poderes... Perceptíveis demais, tudo bem?
-Sim. – Algumas falaram juntas, outras se limitaram a balançar a cabeça concordando.
Respirei fundo, olhando para cada um. O quão tudo isso pode dar errado? Me virei e entrei sem bater.
