Sempre quando pensamos que as coisas estão se ajeitando, ou já estão resolvidas, nesse momento é quando acontece algo que não estávamos preparadas.
Eu não contei a ninguém, mas ao namorar com Korra, assinei uma cláusula invisível que dizia: 'serás i...
música do capítulo: sei partir - baco exu do blues feat. muse maya
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Todos temos surtos. Nossas vidas são caóticas. As vezes tão caóticas que nos vemos perdidos, abandonados e sozinhos. Jogados ao relento da vida porque muitas coisas estão acontecendo ou aconteceram e não conseguimos lidar. Quando muitas coisas importantes acontecem de uma única vez, em um curto espaço de tempo... O que esperar? Caos. Apenas, e por conta disso eu não julgo quando alguém não sabe lidar com suas questões. Quer dizer... Ei! Quem já não surtou e depois seguiu como se nada tivesse acontecido? Ou chorou tanto que a cabeça começou a doer e a garganta arranhar? Ah! E claro, o olho tremendo.
Totalmente compreensível... Mas nem todos pensam assim.
Quando pessoas importantes somem, ficamos preocupados. Pode ter sim um laço sanguíneo ou uma amizade forte, fraternal. Ou podemos nem mesmo ser próximos, mas o fato dessa pessoa ser importante mexe com você. Eu estou mexida! Preocupada com o que pode acontecer, se repetir o que já aconteceu ou a grande chance de vir algo novo e bem ruim. A verdade é que as coisas são difíceis nesses casos. Cada uma de nós está aqui por um motivo final único e cada uma de nós possui um papel importante a ser feito. Só Ava parece saber? Sim, mas fazer o quê? Nada, apenas seguir a ordem natural das coisas nesse tempo e sermos sinceras para chegar a um local positivo para todas.
Porém... Ela sumiu. E ninguém está bem com isso. Como o sumiço de uma integrante recém-encontrada, recém-liberta pode abalar tanto as estruturas da equipe? Simples: ela é uma pessoa importante.
Estelar sumiu há, aproximadamente, sete dias, e está acordada há dez dias. Ou seja, ela acordou e pouco tempo depois fugiu. Nessa curta estadia conosco na nave ela nos contou quem é, o que lembra, como se sentiu e sente hoje. Eu vi todas as fazes possíveis passar pelos olhos dela ao mencionarmos que ela era, aparentemente, a última de seu povo, mas principalmente... De sua família. Hoje eu sou a última da minha família. Essa é uma dor incurável, que não desejo nem para o meu pior inimigo.
Estelar nos falou que era a única guardiã protetora de seu reino, de seu povo e da família real. Seus poderes eram sim fortes e grandes e acabavam com os invasores egonianos, mas ela era apenas uma... Uma contra um planeta inteiro lhe invadindo, se mostrando presente em todos os lugares e quando a cercaram, não houve um resultado diferente do esperado. Foi presa, trancafiada, abusada, maltratada... Disse que conseguia ouvir o caos fora da cela: explosões, gritos, choros, pedidos de ajuda.
Tudo, ela ouviu todo seu planeta sofrer enquanto não podia fazer nada.
Ela usar seus poderes, mas de nada funcionavam. E assim se passaram dias. Dia após dia, ela sofria mais e mais. Sozinha, chorava em silêncio buscando auxilio em suas preces e rezando para que nem tudo estivesse acabado. Perdeu a noção dos dias. Quando foi ver, seu cabelo estava enorme (outrora curto ao ombro) e horrivelmente magra, sem forças para se manter em pé. Quando achou estar perto do fim, foi tirada da masmorra.
