7

9K 734 137
                                    


Era uma manhã cinza e fria em Nova York

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era uma manhã cinza e fria em Nova York. 

O Central Park se estendia diante de nós, uma vasta área verde envolta em neblina leve. O céu nublado parecia refletir meu estado de espírito, uma mistura de inquietação e possessividade que eu lutava para controlar. 

Caminhando ao lado de Aurora, eu não conseguia desviar o olhar dela. Cada movimento dela, cada risada, cada gesto parecia hipnotizante, e eu estava intensamente consciente da proximidade dela.

Me aproximei mais, quase instintivamente. Não queria que ela se afastasse, nem por um segundo. Estiquei a mão e, sem hesitar, segurei a sua. O toque era suave, mas o aperto era firme. Aurora olhou para mim e sorriu de forma inocente, como sempre fazia. Ela não via nada de estranho nisso. Para ela, éramos amigos próximos que tinham ficado muito tempo separados. Mas, para mim, significava muito mais.

Eu observava como o vento fazia com que algumas mechas do cabelo dela se movessem suavemente ao redor do rosto, criando um efeito etéreo que destacava ainda mais sua beleza. Aurora estava usando um casaco leve de inverno e jeans escuros, um visual simples, mas que realçava sua figura de maneira sutil.

A cada passo que dávamos, minha mente não conseguia deixar de focar nas pequenas coisas. As curvas discretas do corpo dela, o jeito como o casaco se ajustava perfeitamente, revelando traços que eu conhecia bem, mas que ainda me fascinavam. 

Eu a estudava de maneira quase obsessiva, notando o jeito como ela movia as mãos ao falar, como a luz refletia em sua pele, e o brilho que seus olhos verdes adquiriam quando ela sorria.

Aurora estava conversando animadamente com Dominique e Bernard sobre algum detalhe trivial do parque, mas eu estava totalmente alheio às suas palavras. O simples fato de estar perto dela, sentindo a mão dela entrelaçada com a minha, era tudo o que eu conseguia processar. A sensação da sua pele suave contra a minha, o calor que emanava dela, era algo que eu não conseguia ignorar. Eu queria absorver cada detalhe, memorizar cada sensação. 

Minha possessividade estava em alta, e eu estava consciente de cada vez que meus dedos pressionavam a pele dela, como se estivesse tentando marcá-la de alguma forma, mesmo que inconscientemente.

Nos aproximamos de um banco no parque, e eu a ajudei a se sentar, permanecendo próximo. O jeito como ela se acomodava, os movimentos graciosos e fluidos, eram de uma beleza cativante. Eu me sentei ao lado dela, ainda segurando sua mão com firmeza. A proximidade era quase física, e eu me esforçava para manter a expressão neutra, apesar de sentir a tensão crescente em meu corpo.

-Você está tão quieto hoje-  Disse Aurora, inclinando-se ligeiramente para mim, seu olhar curioso. A leveza na voz dela contrastava com a intensidade que eu sentia. - Quer dizer, voce normalmente é, mas hoje está muito mais.

-Só observando. - Respondi, tentando manter a voz casual, apesar do turbilhão interno. -Você parece... feliz aqui.

Ela sorriu, um sorriso aberto e genuíno que parecia iluminar o ambiente ao nosso redor. - Sim, é ótimo estar de volta. É como se eu estivesse reencontrando uma parte de mim que estava ausente.

His AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora