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Eu a tenho agora

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Eu a tenho agora. Finalmente, Aurora é minha, e o mundo todo parece mais claro. Mas essa clareza vem acompanhada de um peso, algo que cresce no fundo da minha mente, como uma sombra que nunca se dissipa. Sei que nunca vou perdê-la, não porque ela me deixaria, mas porque eu jamais permitiria que isso acontecesse. Ela não tem escolha. Aurora é minha, e eu sou dela, ainda que ela não perceba quão profundo isso realmente vai.

A sensação de posse é mais forte do que nunca. Agora que ela está ao meu lado, minha obsessão apenas aumentou. Antes, eu conseguia disfarçar, manter a distância, observar de longe. Mas agora... agora, eu a quero sempre perto. O toque dela, o cheiro, a forma como ela sorri sem entender que está se enredando cada vez mais em mim.

Quando ela aceitou o namoro, algo dentro de mim estalou. A segurança de tê-la finalmente ao meu lado foi imediatamente sobreposta por uma necessidade urgente de controle. Não posso deixar que nada, nem ninguém, interfira. Se preciso, prendo-a. Aurora é a única constante em um mundo caótico, e eu farei tudo, absolutamente tudo, para garantir que continue assim.

Enquanto penso nisso, meu telefone vibra com uma mensagem dela. Algo simples, quase banal. Mas mesmo assim, cada pequena interação entre nós é um lembrete do que tenho e do que jamais vou deixar escapar. Um sorriso frio se espalha pelos meus lábios.

Olhei para a tela do celular, as palavras simples de Aurora iluminando o ambiente. 

Aurora: Oi, estou em casa. Como foi o seu dia?

Uma mensagem comum, inocente, mas para mim, significava mais do que ela poderia imaginar. Era um pequeno lembrete de que ela estava em segurança, ao alcance, sem interferências.

Minhas mãos digitavam rapidamente, com precisão, sem hesitação.

Damon: Agora que você está em casa, melhorou.

Havia algo de sutilmente possessivo na resposta. Eu sabia disso, e não me importava. Era apenas a verdade. Tudo no meu dia girava em torno dela, mesmo que ela não soubesse disso. O tempo entre ver Aurora e não vê-la era uma tortura. Quando ela respondia, a tensão dentro de mim diminuía, mas nunca desaparecia completamente.

Ela demorou alguns segundos para responder, e aquele curto espaço de tempo foi o suficiente para que o meu controle vacilasse levemente. Meus dedos tamborilavam impacientemente no braço da poltrona enquanto eu esperava, cada segundo mais longo do que o anterior.

Finalmente, uma nova mensagem surgiu na tela.

Aurora: Achei que você tinha uma reunião importante hoje. Como foi?

Por um momento, pensei em mentir, em dizer algo genérico apenas para desviar a conversa para ela. Mas, por alguma razão, senti a necessidade de compartilhar algo real com ela. Quase como se eu estivesse abrindo uma pequena porta para o meu mundo, só o suficiente para ela dar uma espiada.

His AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora