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A floresta estava silenciosa, envolta em uma neblina leve que parecia ter uma vida própria

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A floresta estava silenciosa, envolta em uma neblina leve que parecia ter uma vida própria. Eu dirigia com uma calma meticulosa, os faróis do carro iluminando o caminho sinuoso até o depósito escondido no meio das árvores. 

A atmosfera ali era densa, carregada de uma sensação de ocultamento e mistério, como se a própria natureza estivesse guardando segredos, mas minha mente estava longe da escuridão e dos galhos e árvores. 

Em vez disso, eu estava absorto em pensamentos sobre Aurora.

Ela estava se tornando uma parte cada vez mais integral da minha vida, e isso era tanto fascinante quanto desafiador. A ideia de morar juntos era mais do que uma mera sugestão, era uma realidade que eu estava moldando com precisão. Eu queria que ela estivesse perto de mim, não apenas por causa do desejo que sentia, mas porque, de algum modo, ela se encaixava em cada plano que eu havia traçado para o futuro.

O toque constante de Aurora era como um lembrete do quanto eu a desejava e do controle que eu precisava manter. A proposta do apartamento era uma maneira de garantir que ela fosse parte do meu mundo, sempre ao meu alcance e sob meu domínio. Eu queria que ela sentisse que pertencia a mim, que todas as suas emoções e desejos fossem entrelaçados com os meus.

Mas, enquanto pensava nela, uma memória recente voltou à minha mente. A mulher no restaurante, que parecia ter captado a atenção de Aurora, havia atravessado uma linha invisível. Eu me lembrava claramente da expressão de ciúmes que ela não conseguiu esconder. 

E, claro, eu não havia deixado isso passar.

Quando finalmente cheguei, o depósito se destacava como um edifício robusto, seu aspecto sem janelas e portas reforçadas refletindo a segurança que ele proporcionava. A entrada era vigiada por dois homens de aparência séria, que se afastaram para me deixar passar. Eu segui para o interior do prédio, onde uma escada metálica levava a uma sala subterrânea, longe dos olhares curiosos.

Os homens treinados, um grupo de indivíduos implacáveis e habilidosos em realizar os trabalhos mais obscuros, estavam em meio a um treino rigoroso. A visão deles, envolvidos em uma prática tão metódica e precisa, me trouxe uma sensação de controle absoluto. Este era o tipo de ambiente que eu dominava com facilidade, e eu sabia exatamente o que fazer para garantir que as coisas permanecessem sob controle.

A mulher que causou ciúmes a Aurora estava amarrada em uma cadeira no centro da sala. Seus olhos estavam arregalados, e sua respiração acelerada denunciava o medo que ela estava tentando controlar. O ambiente, escuro e silencioso, amplificava a tensão da situação. A iluminação fria das lâmpadas penduradas criava sombras que dançavam ao redor dela, acentuando a sensação de desespero.

Eu me aproximei com passos lentos, o som dos meus sapatos ecoando nas paredes de concreto. Ela levantou a cabeça, seus olhos encontrando os meus com uma mistura de desafio e medo. O olhar dela, que antes era desafiador, agora estava carregado de uma compreensão temerosa do que estava por vir.

His AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora