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O despertar foi suave, como se estivesse emergindo de um sonho

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O despertar foi suave, como se estivesse emergindo de um sonho. Aos poucos, fui tomando consciência da cama macia sob mim e do peso confortável dos cobertores. Me mexi levemente, meus olhos se abrindo devagar enquanto o quarto ao redor tomava forma. Por um momento, me perguntei onde estava, até que senti a presença familiar ao meu lado. Damon.

Damon me observava em silêncio, com os olhos azuis fixos em mim. Seu olhar era intenso, impenetrável, mas não assustador. Havia algo nele que me deixava à vontade.

Lentamente, lembrei-me de como adormeci no carro. A última coisa que recordava era a sensação da estrada passando e o calor confortável do assento ao meu lado. 

Devo ter dormido no caminho, pensei, ainda um pouco confusa.

-Damon... por que você me trouxe pra cá? - Perguntei com a voz rouca de sono, meus olhos ainda ajustando-se à luz suave que iluminava o quarto.

-Você adormeceu. Não queria te acordar. - Ele respondeu, a voz ficou mais intensa no silencio do quarto, enviando arrepios pela minha espinha.

Sorri suavemente, o som de sua voz trazendo uma familiaridade reconfortante. -Mas eu sou sua vizinha. - Brinquei, tentando aliviá-lo. -Você poderia ter me levado para casa. E, se não me engano, você não gosta que ninguém entre no seu quarto.

Ele arqueou uma sobrancelha, um leve sorriso brincando em seus lábios. -Como você sabe disso?

-Liam me contou. - Respondi, me lembrando dos nossos dias de infância. -Ele disse que você ficou bravo com ele uma vez por ter entrado aqui sem pedir. Você proibia todo mundo de entrar.

-Você não conta. 

Eu não respondi, não sabia como. Ao invés disso, apenas me deitei mais confortavelmente e senti Damon deitar mais perto de mim. Perto demais. Então, com uma calma controlada, ele apenas me puxou levemente, como se esperasse que eu saísse caso quisesse.

Eu não. 

Damon me abraçou, me colocou em seu peito e fez um carinho no meu cabelo. Meu corpo estava em arrepios constantes, meu coração quase saindo pela boca. Fazíamos isso quando éramos crianças, mas agora? Não é como antigamente. 

A sensação do seu corpo... 

-Que horas são? - Perguntei, ainda aconchegada em seus braços.

-Uma da manhã. - Ele respondeu, sua voz calma e tranquila. -Liguei para o seu pai e avisei que você ia dormir aqui.

-Ele deixou? - Perguntei, surpresa.

-Por qual motivo não deixaria? - Damon disse, sua voz carregada de confusão. -Mas eu disse que você dormiria no quarto de hóspedes.

Eu ri, percebendo que não estávamos nem perto do quarto de hóspedes. -Bem, claramente não estou lá.

Ele me apertou um pouco mais, me fazendo lembrar de todas as vezes em que ele tentava me manter perto dele quando éramos crianças. -Você não mudou nada. - Comentei, a nostalgia aquecendo meu peito.

His AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora