Capítulo 4

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Como Mário era um professor na faculdade onde elas estudavam, sua amiga achou que aquela era uma ótima oportunidade para ela, o achava um homem de bem, lindo e rico, uma combinação mais que perfeita para sua amiga, por mais que ele fosse lindo, ainda não fazia o seu tipo.

— Essa aqui é a Giovanna — apresentou sua amiga, com um sorriso.

Assim que ele ouviu o seu nome, estreitou seus olhos para ela, não foi com aquele nome que ela tinha se apresentado a ele.

— Muito prazer, sou o Mário — pegou sua mão, analisando suas expressões.

No entanto, Giovanna apenas acenou com a cabeça, lhe dando um leve sorriso, não demonstrando nenhuma empolgação com relação a ele, o que o fez ficar ainda mais intrigado, já que se orgulhava do fato de não passar despercebido pelas mulheres.

— Bom, vou deixar vocês a sós para se conhecerem melhor, vou falar com mais alguns dos meus convidados, e quanto a você — apontou para Mário — Trate de cuidar bem da minha amiga.

Giovanna perdeu as contas, das vezes em que sua melhor amiga a deixou em uma situação constrangedora, Olívia sempre fazia parecer que ela estava desesperada à procura de um homem.

— Me desculpe, às vezes a Olívia exagera um pouco — tentou amenizar de alguma forma, aquele constrangimento.

— Não se preocupe, de todo jeito essa era a minha intenção — tentava ganhar pontos com ela.

— Vamos dançar? — a convidou, tentando quebrar o gelo.

Aquele ponto eles tinham em comum, ambos gostavam muito de dançar, mas nem sempre encontravam um parceiro compatível para dançar.

Giovanna se surpreendeu com a performance dele na dança, mas ainda planejava dizer a ele a verdade e o dispensar, afinal, ela só tinha concordado com aquilo, para que Olívia parasse de perturbá-la, porém, antes que pudesse dispensá-lo, ele se aproximou mais dela, e falou próximo ao seu ouvido.

— Por que você mentiu para mim? — se afastou querendo ver sua reação.

— Como assim? Quando foi que eu menti para você? — ela pensou que ele soubesse que ela era casada.

— Depois da adrenalina de ontem, já esqueceu meu rosto? Ou era o sangue que estava me fazendo ficar mais atraente?

Somente depois daquelas palavras, foi que se deu conta que ele era o mesmo homem que ela ajudou, e achou aquilo tudo muita coincidência, acabaram se esbarrando dois dias seguidos e entendeu do que se tratava a mentira, que ele se referia.

— Me desculpe, eu realmente não te reconheci, mas você e a Olivia são amigos? Se conhecem de onde? — ficou curiosa, sobre como se conheciam.

— Sou professor na faculdade onde ela estuda e nos conhecemos através de amigos em comum, eu respondi sua pergunta, mas você ainda não respondeu a minha.

— Digamos que não conheço você, e a situação em que te ajudei, era no mínimo suspeita, então preferi não dizer meu nome verdadeiro, mas em todo caso, me desculpe.

— Não sei, acho que seu pedido de desculpas não me pareceu sincero, mas tenho que admitir que você foi a primeira mulher que não se lembrou do meu rosto, normalmente as mulheres já querem passar uma noite comigo, assim que me conhecem — brincou com ela.

— Não sou do tipo que se impressiona tão facilmente — o achou muito convencido.

Os dois pareciam estar num clima descontraído, continuava a responder dançando ao mesmo tempo.

— Como seu pedido de desculpas não me convenceu, tem uma forma que pode me fazer acreditar que foi sincera, aceitando sair comigo esse fim de semana — fez sua jogada.

Marcada pela máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora