Darius

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Meus avós tinha fechado o cerco sobre mim, eu tinha que casar a qualquer custo. Eles tentaram me convencer a casar com Letícia, mas eu apenas a via como uma irmã. Me apresentaram a várias outras garotas por acharem elas bonitas e boas moças, mas nada nelas me chamava a atenção. Era como olhar o mesmo roteiro em formatos e lugares diferentes, eu queria algo que fugisse dessa realidade.

Resolvi arrumar a minha própria solução e comecei a fingir que tinha uma namorada, mas a alguns meses meu avós começaram a exigir que eu apresentasse ela.

Na verdade a mulher que eu queria estava perto de mim. Inicialmente eu pensei que meu desejo por Agatha era algo passageiro, depois comecei a me perguntar se era paixão ou se era apenas falta de sexo e por um bom tempo a segunda opção tinha mais sentido, pois fazia meses que eu não saia para encontrar alguma mulher disposta.

Quando descobrir a situação complicada que ela se encontrava, tudo em mim apenas gritava para que eu fosse seu salvador. Movi toda a situação em meu favor e agora estávamos unidos em um acordo que beneficiária os dois lados.

Desde o sábado eu notei que ela estava empenhada em me seduzir, mas ela esquece que a sedução é um jogo para dois e se ela quer me manter ao seu lado, mesmo que ela não saiba, eu desejo o mesmo.

Assim que a babá chegou para ficar com Marine, eu sai para o trabalho e no caminho passei na padaria para comprar uns cupcakes para Agatha, ela ainda deve estar chateada com o que aconteceu entre ela e a mãe.

Deixei os cupcakes na mesa dela e fui para a minha sala. Em alguns minutos a porta se abriu, Nicolas entrou.

-Olha o meu amigo apaixonado outra vez. -Nicolas gargalhou. -Você nem se esforça pra esconder mais, apaixonado como um adolescente.

-Eu tenho trinta e quatro anos de idade, acha mesmo que eu agiria como um adolescente?- falei irritado.

-É uma pena que ela ainda não percebeu que você gosta dela. -ele comentou.

-Não tenho pressa para que ela enxergue isso agora, Agatha vai ter tempo o suficiente para saber sobre meus sentimentos.

-Isso é uma admissão de que está apaixonado? -Nicolas gargalhou.

-Nicolas, vai procurar o que fazer.

Nicolas estava saindo da minha sala quando vi Agatha olhando a caixa de cupcakes. Ignorei totalmente o riso zombeteiro dele, assim que ele a cumprimentou e saiu da sala, fui até ela.

-Bom dia, Gataki mou. -falei me aproximando, não era um apelido muito original,mas para mim combinava com ela.

-Bom dia.

-Eu comprei os cupcakes para você. -avisei.

-Já vi que vai me estragar comprando as coisas que gosto. -ela disse colocando a caixinha de cupcakes sobre a mesa.

-Eu quero que sempre se sinta confortável quando estivermos juntos e acho que comprar coisas que você gosta é uma forma de mostra que desejo isso.

-Eu não estou reclamando, só não estou acostumada a ser tratada assim. -ela sorriu. -Além disso, estamos no trabalho e o melhor é que fossemos o mais profissional possível.

-Eu entendi o seu motivo, mas só estamos nós dois aqui e se você não acostumar com isso agora ou quando estivermos com as nossas famílias ninguém vai acreditar que temos um relacionamento real.

-Ok, ok. -ela disse passando a mão pelo rosto. -Enquanto estivermos no escritório, me chame assim quando só estivermos nós dois.

-Onde está a agenda do dia?

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