Torre

Habilidade

Havia por alguns minutos, esquecido o quão perigoso e rancoroso o mundo pode ser, com uma criatura rondando nossos arredores, meu corpo entra em um estado de alerta e quando menos espero, um arbusto começa a se mexer, empunho meu machado pronto para atacar o que vier.

Um grifo jovem coloca sua cabeça para fora do arbusto, mostrando sua feição sem hostilidade, com um suspiro de alívio, me agachei aproximando minha mão ao rosto do animal, que permite que eu faça um carinho em seu rosto, parando de se esconder naquele momento.

Viktor: Ele é mais bonito pessoalmente, é igual ao dos livros, podemos ficar com ele?

Félix: Se você quiser, um par de grifos furiosos na nossa cola vai fundo, caso contrário não, grifos são criaturas poderosas e extremamente possessivas com seus filhotes.

Viktor: Merda, seria incrível ter um desse, mas quem sabe a gente não se encontra de novo, né amigão?

Continuo acariciando o rosto do filhote por mais um tempo, me levantando em seguida, para retornarmos a jornada até a torre.

Félix: Entendo seu medo garoto, mas não deixe o desespero tomar conta da sua visão, não esqueça que você é mais forte do que ontem.

Viktor: Falar é fácil, já que nada aqui tenta te matar.

Com passos apressados, chegamos em frente aos portões do inferno, denominado de torre, atravessamos a porta, voltando para o labirinto escuro e silêncio, andamos e andamos e nada de inimigos, o vazio desse lugar me preocupa.

Viktor: Será que todos os monstros, fugiram de medo ao me ver?

Félix: Eles devem ter medo dessa sua carinha feia Viktor.

Ele ri, enquanto observa o lugar

Viktor: HAHA, morri de rir com essa sua piada, seu engraçadinho, mas ainda sim é completamente estranho à torre estar totalmente vazia.

Félix: Bem, pelo meu conhecimento limitado, tem duas hipóteses para esse evento, um chefe do andar apareceu ou vamos ganhar muitas riquezas e itens de alto valor.

Seus olhos brilham com a última opção, talvez uma vida de rei, esteja passando em sua mente agora.

Viktor: Espero, realmente que seja a segunda opção, mal consigo me manter em uma luta com lobos gigantes, imagina um chefe, que é totalmente desconhecido por mim.

Paro por alguns segundos tocando em uma parede, atento à minha volta e ao tocar na estrutura de tijolos, uma espécie de porta é ativada rolando para o lado, onde acabei caindo por não esperar esse evento.

Félix: Uhh, uma sala de itens, os deuses nós ouviram finalmente.

Viktor: Aí minha cabeça, obrigado pela  preocupação com o meu bem estar Félix.

Me levanto, retirando a poeira de meu corpo e logo me deparo com um cenário totalmente diferente de costume, uma pequena sala com uma vivida vegetação, vinhas e muitas flores coloridas, com um baú velho de madeira ao meio,  me agacho em frente a caixa a abrindo, já que o local não aparenta hostilidade, encontro alguns itens mas nada que pareça ser de extremo valor, apenas uma espada com a lâmina quebrada e um anel de prata, junto de algumas moedas de ouro jogadas ao fundo do baú.

Félix: Estou um pouco decepcionado, esperava um pouco mais desse baú.

Viktor: Bom, conseguimos 13 moedas, e eu gostei do anel, a última vez que vi um item de prata puro foi a aliança da mamãe… bem deixa isso pra lá, mas essa espada quebrada, o que a gente faz com ela?

Félix: Bem, por que não levamos ela, talvez a gente consiga 1 ou 2 moedas por ela, mas já que gostou tanto do anel, por que não coloca ele.

Viktor: Faz sentido, por que não né?