Torre

Caça

O jovem caçador, não tem um dia de paz, nos últimos dias estou tendo dificuldade de seguir o nível 3 em diante, afinal trios de criaturas podem ser bem cruéis em suas abordagens, Félix e eu passamos os últimos dois dias bolando uma estratégia, que consistia em fazer missões por fora, algo que não envolvesse a torre de forma direta.

Félix: Bem, tem ideia de qual missão pegar ou o que podemos caçar na floresta?

Viktor: Que tal, um grupo de vampiros ou lobisomens?

Félix começa a rir ao ponto de seus olhos lacrimejarem e seu estômago doer, ele me olha logo em seguida, percebendo que estou falando sério

Félix: Você, não tá falando sério né?

Viktor: Sim, qual a melhor forma de ficar forte? combatendo criaturas poderosas, e eu acho que conseguimos bater de frente com esses grupos, um lobisomem, não passa de um cão peludo e grande, e o vampiro, bom é só esperar o dia nascer e boom, ele virá pó, fácil, fácil  apenas confia no pai e me segue.

Félix: A última vez que fiz isso, quase morremos.

Viktor: Calado, aquilo não passou de um pequeno incidente, como eu ia adivinhar que o baú que você escolheu para abrir era um mímico?

Viktor: Mas, tirando isso, tenho pensado um pouco nesses dias, o que é mais efetivo na minha mão, esse machado, meus punhos ou uma espada?

Félix: Entendi o cheiro de fumaça, bem, espadas podem ter a desvantagem de peso na lâmina, redirecionar esse peso é um passo importante e você não tem se saído mal com o machado, mas caso queira lutar com os punhos é bom fortalecer esses bracinhos finos primeiro.

Viktor: Você está muito engraçadinho pro meu gosto, mas você tem razão.

Olho para meus braços, tentando forçar meus músculos que não aparecem naquele momento.

Viktor: Que tristeza meu deus.

Félix: Por que, não tomamos um bom café da manhã para te animar, precisamos de um café reforçado se quisermos começar bem o dia, carne e tudo que há de bom, merecemos isso pelo nosso trabalho duro, ou lorde dos céus recompense essas pobres almas.

Viktor: Estamos sem dinheiro né?

Félix: Sim…..

Após essa revelação óbvia, decidimos descer até a taverna, onde vemos o movimento mediano, aventureiros e outras pessoas interagindo entre si enquanto um cheiro suculento de comida subia pelo ar, antes que pudesse pensar demais, um homem esbarra em mim, logo se virando  a mim,  minha atenção é voltada  a seu rosto.

Olozor: Oh, o que temos aqui? Aparentemente encontramos o trapaceiro que nós roubou

Ele diz enquanto aponta diretamente para Félix, que se esconde atrás de mim.

Félix: Merda… amigos, por que não conversamos como pessoas civilizadas e nós acalmamos?

Olozor: Que vergonhoso, se escondendo atrás de um verme frágil feito este garoto e se não quisermos conversar irá nos matar?

Félix: Ou, eu não posso fazer isso, mas o garoto pode.

Viktor: Ei, por que não resolvemos isso lá fora?

O Homem desfere uma risada alta esbarrando novamente em mim e saindo da taverna, o sigo logo após a sua saída, parando em um beco fechado onde sou encurralado por 3 imbecis.

Viktor: Olha, me poupe do seu discursinho barato dizendo que vai me matar ou me torturar, eu realmente não ligo pra isso, só saiba que irei enfiar a sua cabeça na bunda do babaca ao seu lado.