Banho

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O que um homem precisa para ter um banho quente nessa vida, desde que cheguei na cidade de Umore, tenho apenas tomado banhos nos rios e riachos, tendo minha pele congelada a cada toque de uma gota de água, em minha última luta a situação não foi diferente meu corpo foi banhado em sangue, fiquei um bom tempo limpando meu corpo que estava grudento, sinto falta da água quente que minha mãe preparava em meus banhos quando eu era menor, o cheiro de comida que subia enquanto meus músculos relaxavam com uma água quentinha.

após sonhar com uma banheira, acordo no dia seguinte meio sonolento ainda, mas me levanto e me arrumo cedo.

Félix me encara, confuso com minha disposição, já que a maioria das vezes ele acordava primeiro.

Félix: O que deu em você?

Viktor: Cansei de tomar banho gelado, vamos adquirir um dos nossos primeiros tópicos que fizemos ao chegar na cidade.

Félix: Uma casa cheia de mulheres?

Viktor: Acho que isso está um pouco longe, mas podemos comprar uma banheira e principalmente uma casa.

Félix se levanta, fazendo uma pose de saudação para espreguiçar seu corpo enquanto abria o máximo a sua boca, voltando seus olhos para mim novamente.

Félix: Então o que planeja fazer? Roubar o rei.

Ele ri, lambendo sua pata direita.

Viktor: Insinuou que sou incapaz de ter uma casa?

Félix: Eu? Jamais quis passar essa impressão a meu Lord.

Félix anda para próximo da porta.

Félix: Só estou dizendo que ter uma casa própria, pode custar algumas moedas, tipo 100 mil moedas, um valor bem simbólico não é?

O encaro soltando um suspiro de desânimo, recuperando meu fôlego em seguida.

Viktor: Por isso, estou pensando em sair do primeiro andar até o fim deste ano, precisamos avançar na torre e fazer missões, quem sabe não conseguimos um bom tesouro.

Félix: Você quem manda chefe!

Saímos em seguida da sua fala, descendo as escadas e nos sentando para saborear um bom café da manhã enquanto estamos pensando em nossos pedidos, Jasmin se aproxima se nossa mesa com um item em suas mãos, se juntando a nós e colocando o alimento sobre a mesa.

Jasmin: Os aldeões queriam agradecer por sua bravura, a mulher de Orn, fez essa pequena torta de maçã por ter ajudado seu marido e a região.

Olho para Jasmin sem saber como reagir a tal ato de gratidão, faço o que faço por obrigação, nunca esperei uma recompensa além do dinheiro prometido, com uma voz mais baixa e tímida eu digo.

Viktor: Obrigado Jasmin… posso comer?

Jasmin: Claro.

Ela sorri partindo a torta e me entregando um pedaço, o leve e adocicado cheiro daquele item me chama a atenção de imediato e ao morder, posso sentir a torta derretendo em minha boca enquanto a textura cremosa do recheio invade meu paladar, me fazendo suspirar de satisfação.

Viktor: Caramba… isso é incrível.

Félix: Ei, não é justo só você ficar com as recompensas, eu também ajudo moralmente você.

Dou uma risada arrancando um pedaço da minha torta dando a ele, que morde e mastiga sem demora, ficando maravilhado com a iguaria.

Jasmin: Bem, espero que aproveite sua torta aventureiro.

Ela se levanta se despedindo da gente com um aceno simples de mão, voltando para o balcão.

Talvez essa seja a primeira vez que olho para Jasmin, com outros olhos admirando sua beleza.

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