CAPÍTULO 86 (Falta revisão no texto)

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Os dois continuaram se contemplando. Até que a porta do quarto de Lety se abriu.

— Boa noite Sr. Mendiola e Sra. Mendiola, trouxemos a janta dos dois. — falou a enfermeira.

— Assim, obrigada, a dias que não como. — falou Fernando.

A enfermeira deixou as comidas dos dois em cima de uma mesa e depois ajudou Lety pegando Márcia, e colocando-a no bercinho, Fernando depois se levantou e levou os dois meninos para os bercinhos. E pegou o prato de Lety e o dele.

— Aqui amor, se precisar coloco em sua boca. — falou Fernando gentilmente.

— Hum, amor, estou de resguardo, não paraplégica. — falou Lety sorrindo.

— Ah desculpe, não queria dizer que você estava assim... — falou Fernando sem jeito.

— Ow amor, ficou chateado? — perguntou Lety preocupada.

— Nunca, nunca fico chateado com você. — falou Fernando sorrindo.

— Quanta saudade eu estava de você e você está tão bonito. — falou Lety segurando a mão de Fernando e esfregando sua mão na dele.

— Obrigado, amor, eu também estava morrendo de saudade de você, eu preciso de você como o ar para respirar. — falou Fernando beijando sua mão.

— Meu amor...falando em ar para respirar, não sabe o que eu senti ao te ver no chão, com um pouco de vida. — falou Lety com lágrimas nos olhos.

— Eu imagino mas, pior foi a sensação que tive ao ver que eu estava quase te perdendo. — falou Fernando também chorando.

——Mas, meu amor, por que não falou para mim que a Ruth ia fazer o que fez? — perguntou Lety ainda esfregando sua mão na mão de Fernando.

Fernando ficou calado, olhando Lety sem saber o que falar.

— Fernando Mendiola, me responda. — falou Lety mostrando inquietação.

— Lety... — falou Fernando sussurrante.

— Fernando, me responde, eu sou sua esposa, não confia em mim? — perguntou Lety.

— Lety, tudo que fiz foi para proteger vocês quatro. — falou Fernando olhando para Lety com um olhar triste e penetrante.

— Fernando, e para nos proteger você quase morreu, eu não consigo entender o porquê disso. — falou Lety confusa.

— Lety, agora que passou vou lhe contar. — falou Fernando.

— E o que você estava me escondendo durante todo esse tempo? — perguntou Lety zangada.

— Lety...calma, é o seguinte...lembra daquele dia que o Eduardo pediu para que eu o visitasse? — perguntou Fernando.

Enquanto isso Ariel e Carol foram jantar juntos, Ariel afastou a cadeira para Carla sentar, depois se sentou. Carla o encarou e perguntou:

— Ariel por que você odiava tanto o Fernando? — perguntou Carla.

— Sabe...Carla, antes eu também não sabia muito bem o motivo mas, hoje, eu entendo um pouco mais... — falou Ariel.

— Mas, Ariel me conte. — falou Carla.

— Sabe...Carla, eu amava meus pais, e eu jamais esperava os perder daquela maneira e fiquei mas chateado pelo fato que eu não entendi porque comigo, por que não com o Fernando, sabe, a gente já vivia como uma família desde criança, eu, Márcia, Ana Letícia, meus pais, os pais do Fernando e o Fernando, vivíamos como uma família e quando vi meus pais no caixão, mortos e olhei para o lado e vi o Fernando com os pais dele, eu não entendi o motivo, eu não consegui entender por que logo os meus pais, por que só os meus pais, e quando os pais do Fernando resolveram nos adotar, minha raiva aumentou, porque além de ter que aturar o Fernando tendo pai e mãe, eu ia ter que ser filho dos pais dele, dividir os pais com ele, e também por eu ser criança, eu comecei a achar que os pai do Fernando eram meus, e justamente por isso, terminei os querer só para mim e isso me fez muito mal, porque eu praticamente queria o expulsar, da própria casa que era dele de direito, tomar os pais dele, na verdade o que eu queria de fato, era tomar dele os pais, como os meus haviam sido tomados, como eu disse eu não aceitava que os pais fossem dele e quando cresci, cresceu ainda mais meu ódio, por conta da empresa, porque eu pensei, que com meus pais mortos, meu desejo de me tornar presidente estava quase impossível, porque o Fernando ainda tinha os pais para o defender, enquanto eu, não tinha quem me ajudasse e o que aumentava mais minha raiva, era vê-lo se destacando cada vez mais, vê-lo crescer para mim, era a pior coisa do mundo, por isso eu preferia o derrubar a lutar por uma vaga na empresa. Sendo que o Fernando desde pequeno, frequentava a empresa e assim como a Márcia ele sempre procurava estar por dentro dos assuntos da empresa, enquanto eu me trancava em meu quarto, ouvindo música, estudando, jogando, fazendo qualquer coisa e quando Humberto me chamava, eu me negava a ir, eu dizia que não poderia, porque eu tinha que estudar, tinha trabalhos da universidade, ou qualquer coisa, e era assim que a gente vivia, me lembro que mesmo antes de se formar, e foi uma das coisas que me fez ainda mais ter ódio do Fernando, foi um dia em que o conselho estava em reunião e precisava de um plano de metas, para um novo ano, e me lembro que nesse dia, o Fernando apareceu na empresa para ver tudo e soube da reunião, ele entrou lá, Umberto o deixou ficar como ouvinte e quando ele ouviu o pai falando que não sabia mais o que fazer para aumentar a clientela da empresa, de acordo com Humberto Fernando saiu da sala de reunião, entrou na presidência e depois saiu de lá com um papel nas mãos e pediu a palavra para o pai, Humberto disse que ficou curioso e apreensivo e quando Fernando leu a sua proposta, automaticamente, o pai, o promoveu para vice-presidente, para que pudesse executar seu plano, e no dia que eu soube, fiquei louco de raiva, me zanguei, sabe, eu não consegui aceitar, que ele em plenos 21 anos tivesse conseguido um cargo tão alto, enquanto eu mendigava pela presidência mas, agora eu admito que ele teve competência, errou sim mas, conseguiu sua vaga, porque ele se empenhou enquanto eu, nunca fui trabalhar na conceitos, nunca, eu mal entrava na empresa, sinto muita vergonha de mim mesmo. — falou Ariel chorando.

A Feia Mais Bela 2- Parte I(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora