Maldito amor

Capítulo 19

Eduardo on

Sair em velocidade máxima, cortava todos os carros que estavam em minha frente, as palavras de Bela não saiam da minha mente, a imagem de Bela parada em meu escritório e das minhas filhas sorrindo apareciam como Flesch em minha mente, pela primeira vez não sabia o que fazer, fiquei correndo com o carro entrando em uma rua e outra, ódio e medo misturavam-se dentro de mim, em meio ao meu desespero entrei em uma rua e logo mais avistei uma praia, assim que o carro foi se aproximando reduzir a velocidade quando parei desci do carro e fui em direção a areia da praia, sentei e comecei a refletir tudo que estava acontecendo, mas que p***rra eu fiz, por que vi a imagem de Bela em Catarina? Me deitei na areia olhei para o céu e comecei a pensar em meus pais, que saudades deles, se eles estivessem aqui seriam loucos de amor por minhas filhas, lembrando nelas, como vou viver sem poder vê -las todo os dia? Nesse momento uma lágrima escorreu do meu rosto, preciso concertar isso, não posso perder minha família, fiquei mais um pouco deitado na areia lembrando dos ensinamentos dos meus pais, depois de algumas horas levantei entrei no carro, e fui para casa, no meio do caminho fui ligando para Bela, na tentativa dela me atender, mas nada, o telefone chamava e depois caia na caixa postal, continuei tentando na esperança dela me atender e me escutar

No dia seguinte...

Bela on

Não dormir a noite toda, chorei tanto que meus olhos estão inchados, meu celular não parou de tocar, Eduardo ligava em dois, em dois minutos, não atendi nem vou, preciso viver uma nova etapa em minha vida, Eduardo não me faz bem, preciso esquece-lo e vou, ainda hoje vou contatar um advogado para da entrada em minha separação, não quero carrega o nome dele comigo, meu coração apertou quando lembrei de nossas filhas, de como elas são apegadas ao pai, como iria ser difícil para elas ter que ver o pai somente em dias específicos, preciso ser forte e dá amor em dobro para duas, vou tentar suprir a falta dele, estava virada para o lado da parede, quando escuto a porta abrir, estava tão triste que não virei, escutei o voz familiar

- Bela...

Virei-me devagar, era Marília, ela estava com uma expressão como se estivesse comovida ao me olhar, nada falei, ela fechou a porta e foi entrando até que chegou perto de mim, olhei para ela e sentei na cama, encolhi as pernas, Marília disse

- Bela, você não está sozinha

Ao escutar isso as lágrimas rolaram em meu rosto

- Eu não acredito em tudo que está acontecendo Marília

Marília me abraçou e eu retribuir

A gente ficou conversando por horas, por alguns minutos ela me trouxe consolo

- Bela você comeu alguma coisa hoje ?( Disse Marília)

- Não tenho vontade ( disse Bela )

- Nem pensar, você precisa se alimentar, anda levanta dessa cama agora ( disse Marília puxando o braço de Bela)

Depois de tanta insistência de Marília levantei, assim que descemos as escadas as gêmeas estavam entrando  casa cada uma em seu carrinho e com sua babá, assim que elas nos avistaram começaram a balançar os braços e pernas dando sinal que queriam que pegasse, Marília ao vê-las correu para brincar com as crianças

- Quem são as gêmeas mais adoráveis do mundo, quem são? Quem são?

As meninas ficavam bastante felizes com a presença de Marília.
Já estava no horário do almoço, dona Glória já tinha colocado a mesa para almoçarmos, depois de brincarmos um pouco com as crianças eu e Marília fomos comer, nada entrava em meu estômago, era como se a comida estivesse sem gosto, Marília ficava me incentivando a comer, falava coisa do tipo "Prova esse Bela, está um delícia", estava realmente sem ânimo, durante a refeição Marília olhou pra mim e disse