Santa Festa

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Amélia é uma fanática religiosa, que simplesmente ODEIA carnaval. Ela tem uma filha, a Matilda, que ama carnaval. Elas se entendem, porém, o carnaval as separa por alguns dias.

Cansada disso, Matilda resolveu fazer uma surpresa para a sua mãe. Ela resolveu decorar a casa inteira, com a temática do Bloco da Saúde. Ela comprou muitas máscaras, das mais diversas e pôs em cada cômodo da casa. Além de, colocar glitter na casa da Amélia.

Amélia, este dia, estava na Igreja de São Jorge, que fica a uns nove quarteirões de distância de sua casa. Ao chegar em casa, ela se depara com a casa toda decorada. Além disso, ela havia trazido três amigas, que amam o carnaval.

— Amiga, já está no clima, né? — Fernanda diz, toda alegre.

Por fora, Amélia estava bastante feliz, mas por dentro, ela estava fugindo disso tudo.

— Nos vemos mais tarde, amiga. Vou te trazer aquele babado que te disse outro dia. — Hélda, outra amiga de Amélia, diz e se retira da casa dela, junto de Fernada.

Amélia entrou na casa e viu que estava mais enfeitado do que do lado de fora. Ela foi em direção a sua filha.

— O que significa isso? — Amélia pergunta, irada.

— Mãe, estamos em tempo de carnaval. — Matilda diz, alegre.

— Eu vou tirar essa sua alegria rapidinho. — Amélia diz e pega uma cinta, que também está enfeitada.

Amélia corre atrás da filha, a fim de bater nela com a cinta. Porém, Matilda teve uma ideia durante a fuga. Ela foi ao lado de fora de casa e logo abaixo, um pequeno grupo estava comemorando o carnaval. Amélia, atrás dela, não parava de correr para alcançá-la.

Enquanto as duas corriam para a direção do pequeno grupo, estes, por sua vez, comemoravam a vinda das duas, já que achavam que Matilda e Amélia estavam correndo para comemorar com o grupo. Amélia era o alvo das palmas, já que tinha uma cinta toda enfeitada nas mãos.

Pobre Amélia, foi sufocada naquela festa. Enquanto Matilda comemorava de um lado, Amélia estava "comemorando" do outro. Até que de repente, Amélia se solta na festa e passa a dançar na frente de todos, impressionando-os, inclusive sua filha.

Depois que ela se cansou e se sentou na calçada, Matilda foi na direção de sua mãe.

— O que a senhora achou? — Matilda pergunta.

— Filha, me perdoa. Não havia percebido que era muito bom. — Amélia diz e as duas se abraçam.

O pequeno grupo é o Bloco da Saúde.

Contos para se alegrar: Porque do Carnaval ninguém escapaOnde histórias criam vida. Descubra agora