Telefonema insistente

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Felipe foi acordado de seu sono prematuro, com o telefone tocando, olhou mas não reconheceu o número então desligou e tentou dormir mas não conseguiu, então levantou e seguiu sua rotina como sempre fazia. Na hora do almoço o telefone voltou a tocar era o mesmo número de antes resolveu atender para ver o que era.
- que foi?- disse sem educação.
- bom dia, falo com o senhor Felipe Neto Rodrigues Vieira?- disse uma moça
- sim- falou seco enquanto comia.
- senhor Felipe Neto aqui e do Conselho tutelar o senhor poderia vir aqui pois temos um assunto muito importante para tratar com o senhor.- ele ficou aflito e se lembrou do ocorrido da semana passada com aquele garotinho. Será que seus antigos empregados o denunciarem por alguma coisa falsa?
- pode me dizer por aqui mesmo. Pois estou muito ocupado essa semana.- a mulher pedi o para ele espera um pouco para transferir a ligação.
- bom dia, senhor Felipe. Para começarmos gostaria de saber se o senhor conhece um mulher chamada Samanta Lima?- um silêncio profundo se faz presente era óbvio que conhecia uma Samanta Lima, mas não ouvia esse nome a muitos anos.
- porque?- disse depois de um tempo.
- o senhor a conhece?- réptil a pergunta, mas ela já tinha uma noção da resposta.- gostaria que o senhor venha aqui para mais informações e que não posso fala a pelo telefone.
- certo estarei aí me passa o endereço.- ele anotou e em menos de duas horas estava lá.- olá eu sou o...
- Felipe Neto... E um prazer conhecê-lo.- diz a balconista para ele.- senta vou chamar a responsável pelo seu caso.
Ele sentou e ficou esperando, quando a porta da rua se abril Felipe viu o mesmo menino que invadiu sua casa entrar por ela acompanhado de um homem. Com tudo não pode conversar com ele visto que foi chamado logo em seguida.
- olá, sou Cátia estou cuidando do caso do Benjamim.- quem era esse? Tinha ido la para saber sobre a Samanta e não esse ai seja la quem for.- olha antes de começarmos conhece essa mulher?- mostrou uma foto da Samanta com um bebê talvez fosse o menino que ela queria que ele assumisse.
- sim, e a Samanta. ela esta bem? Por que me chamaram aqui?- não gostava de perde tempo.
- veja bem senhor...
- olha NÃO me faça perder tempo com bobagem vamos direto ao assunto. E o único que quero saber e porque caralhos vocês me chamaram aqui para fala de alguém que não vejo a mais de quatro anos.
- bem é que ela foi hospitalizada e o único número de contato que ela deu foi o seu senhor.- a mulher vasculhou a pasta que tinha e pegou um envelope.- ela disse que era para entregar isso ao senhor... e sobre o menino
- não quero saber de crianças nem uma passar bem – ele se levantou e seguiu porta a fora com a carta na mão.
- mas senhor você não pode...- parou de fala quando a porta bateu no batente.
Felipe cancelou todos os seu compromisso, e ficou encarando aquela carta queria saber seu conteudo mas tinha medo. Medo de que quando lê-se aquela carta todos os muros que erguera em volta de seu coração se despedaça-se ali. Mesmo temendo essa possibilidade tomou coragem para abri-la e le-la.
“  Para : Felipe Neto
Felipe não sei se ainda lembra de mim, aqui é a Samanta a mulher que você abandonou grávida em um prostibulo, contudo ainda sou grata pelo que fez pra mim. E sei que não estou na posição de pedir algo  contudo gostaria que você cuida-se do meu pequeno Benjamin, até  que eu saia do hospital  e possa fazer isso. Com o tempo soube que talvez você não estivesse preparado para ser pai ou que ainda não esteja mas garanto que ele é seu Felipe, jamais dormir com outro homem além de você naquele tempo e não  estou te pedindo para assumir o menino casa não queira, apenas peço que cuide dele em nome do que tivemos anos atrás.
Se aceitar serei eternamente grata, Samanta.”
Apois terminar de ler a carta Felipe percebeu que não tinha nada ali aque vale-se apena ter medo. E amaldiçoou aqueles que lhe deram aquilo. Como... teve seus pensamentos interrompidos quando seu telefone tocou, era do juizado de menores de novo, apenas ignorou e seguiu sua vida, com tudo o telefone sempre tocava o que deixava  seu humor pior do que já era naturalmente.
Mais um semana se iniciava e dessa vez tinha algo diferente, já tinha mais de três horas acordado e nada do telefone tocar, mas como sua alegria durava pouco, ouviu sua campainha tocar. E quem menos esperava passar por ela sua mãe estava ali em carne e osso.
- o que você faz aqui? Seguranças!- gritou por ajuda mais ninguém veio, visto que tinha demitido o último  e ainda não contratara outro para ocupar seu lugar.
- demitiu o último de novo? Qual foi o motivo dessa vez?- perguntou sua mãe ou Rosa, como a chamava agora, ele tinha proibido a entrada dela ali.
- não e da sua conta. Agora vai embora antes que chamo a polícia.- apontou para a porta.
- filho, quantas vezes terei de pedir perdão sinto sua falta, todos sentimos, principalmente seu irmão aqui.- entregou a ele um papel duro, logo Felipe  viu que se tratava de um convite.- e do aniversário de dois anos da elena ele gostaria que você  fosse. Já que nunca foi ver o nem um dos meninos.- Felipe nem sabia que seu irmão tinha tido outro filho, mas não se importava com aquilo.
- terminou? Agora vai embora.- apontou para saída. Dona Rosa seguiu triste para a porta e assim que a abriu se deparou com uma mulher do outro lado que estava peste a tocar a campainha. Ela saiu e deixou a mulher entrar seja la quem fosse.- quem é você, porque ta invadindo minha casa.
- desculpa senhor neto sou da assistência social. Estou aqui para...
- o que eu preciso fazer para vocês me deixarem em paz.- ele a interrompe gritando. A mulher estende alguns papéis para ele.
- assina ai fica tudo resolvido. Mas eu tenho que explicar...
- me da isso.- ele toma os papéis dela e assina sem ao menos  ler o que tinha ali.- aqui agora some da minha vida entendeu?- felipe vira as costa e vai embora e a moça faz o mesmo assustada.

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