ingratidão

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Felipe ficou na sala de espera do hospital por quase uma hora, andava de um lado para o outro preocupado. Uma enfermeira se aproxima com uma prancheta.
- olá, o senhor está acompanhando a senhorita Samanta Lima?- ele confirma.- pode me passar algumas informações sobre ela?- ele nega com a cabeça. – não entendi, porque não pode passar nem uma informação sobre ela.
- é que eu não sei? A gente se conhece a muito pouco tempo.
- certo?! Qual é a sua relação com moça?
- nem um até agora? Nos estamos saindo a pouco tempo esse é o nosso segundo encontro.
- compreendo. Aí na bolsa dela não tem um telefone ou documento?- foi nesse momento que Felipe percebeu que estava com a bolsa de Samanta. Vasculhou ela em busca de informações sobre a moça. Achou apenas os documentos dela, mas nem um telefone ou contato de ninguém. Então pegou o que tinha e entregou a enfermeira.- só isso? Sem telefone? Ela teria algum plano de saúde?
- acho que não, mas pode deixar que eu pago o hospital. Como ela está?
- Estávio , ele teve uma hemorragia na região abdominal. E pelo visto ela tinha sido espancada. Saberia algo a respeito disso?- Felipe pensou bastante antes de responder.
- ela... trabalha....- passa a mão na cabeça.- como uma prostituta.- fica bem vermelho ao dizer isso.
- claro vou manter descrição sobre o assunto. E muito obrigada por informar e mais uma coisa seria bom se você achei algum familiar dela para avisar.- ele concordou
A enfermeira foi embora. Felipe então chamou o Wallace e pediu para ele ir até o local onde pegou a sam e achar alguém que conhece-se algum familiar dela, E Assim ele foi.  Felipe voltou a andar de um lado para o outro, estava preocupado com ela como nunca tinha ficado com ninguém. Nem com a sua antiga namorada que já havia passado por várias cirurgias. O que aquela garota tinha senhor? Que trazia esses sentimentos nunca sentidos antes e um beleza indescritível. Seu coração parecia estar saindo pela boca quando estava do seu lado e agora ela estava ali naquele quanto de hospital e não poderia mais volta. Tudo porque ele deixou ela sozinha aquela noite. Isso era culpa dele... Tudo era culpa dele ele tinha que ter protegido sua morena.
Felipe tinha sentado em uma proutona e estava choro bastante quando sentiu uma mão em seu ombro. Virou a cabeça para ver quem era e viu Bruno ali sentado. Felipe apenas voltou a cabeça ao normal e não disse nada também. Depois de um tempo Bruno finalmente decide falar alguma coisa.
- quem está internado Felipe? Nunca te vi assim nem quando sua vó foi internada cara. Pode contar comigo.- Felipe apenas afirmou com a cabeça e não disse mais nada.- mas quem é Felipe? Alguém da família só pode para você está assim.- ele nega com a cabeça.- mas... porque você...
- Bruno da para calar a boca pelo amor de deus?! Sério cara não dá mais me deixa em paz.- ele levanta de perto de Bruno e senta em outra poltrona. As horas vão passando e os dois ficam ali parados olhando até o Wallace aparecer com uma senhora moreninha e baixinha de cabelos brancos.
- aonde está minha filha seu moço?- falava com o Wallace ao prantos.
- aqui o seu Felipe vai explicar melhor para a senhora.- apontou o menino. Felipe enxugou as e foi cumprimentar a senhora.
- a Samanta está Estávio agora. Ela... sofreu uma hemorragia interna e...
- mas o que aconteceu para ter hemorragia? O senhor Jesus.- Felipe ajuda ela a se sentar.
- a Samanta... como eu falo?... ela sofreu...
- Samanta não é aquela... que o Felipe não parava de fala.- o Bruno cochicha para o  Wallace e ele concordou.- e creio que seja o Felipe que está pagando essas coisas.- ouve outra confirmação da parte do Wallace.
Felipe explicou o que aconteceu para mãe da Samanta com certas mentira, não iria contar para a mãe o que a filha fazia de verdade para ganhar a vida e ajudar ela. Depois de um tempo a enfermeira voltou para dar notícias, já passava das 06:00 da manhã, disse que ela já tinha acordado e que mais tarde poderia receber visitas. Todos ali ficaram aliviado.
- Felipe posso falar com você?- Felipe concordou  então Bruno senta ao seu lado já que estavam sozinhos, pois a mãe de Samanta tinha ido ao banheiro. Pelo menos foi o que pensaram.- Felipe que história maluca e essa de você  está querendo pagar o hospital para uma prostituta? Ela é uma prostituta Felipe não é uma garota normal. Coloca um pouco de juízo na sua cabeça. Podia ter levado ela a um hospital público.
- você não intendente Bruno. E não fala assim dela. Ela é linda, inteligente, graciosa, tão amorosa e outra só porque ela é uma prostituta não merece vir a um hospital particular? E mas...- já tinha levantado o tom de voz quando foi interrompido.
- olha a loucura que você está falando. Vamos embora tudo bem ajudar os outros mas você não vai gastar uma fortuna para ajudar alguém que não merece  e outra não vai mais ficar saindo com essa mulher. Anda vamos.
- não! Você não manda em mim Bruno. E se eu quiser sair com ela eu vou sair. E o que eu faço ou deixo de fazer com o meu dinheiro é problema meu e digo mais quem você pensa que é para dizer quem merece ou não ajuda.
- então vamos ver.- Bruno diz isso é sai do ambiente e logo em seguida a mãe de Samanta apareceu no lugar dele.
- que história é essa?- pergunta ao Felipe que se assusta com a chegada repentina da mulher que acabará de ouvir toda a briga.- que história é essa que a minha filha e uma prostituta? Ela trabalha em um restaurante anoite. Me dizem que estavam falando de outra pessoa.
- infelizmente não.- diz de cabeça baixa.- ela estava comigo quando aconteceu...
- você está me falando que ela estava... fazendo...- ele concorda.- eu não tenho uma filha assim, não  pelo amor de deus.- A senhora vai em direção quarto da filha e entra sem pedir permissão. A morena estava deitada na cama, estava muito melhor e mais alegre deu um enorme sorriso assim que viu a mãe.
- mãeee! Estou melhor  os médicos...
- que história é essa que você e uma prostituta Samanta. Me diz que é  mentira.- Samanta gelou na hora, imaginava tudo de menos aquilo. Samanta abaixa a cabeça estava com vergonha e medo do que ia acontecer.- Samanta!... Aí meu Deus. Eu não criei você para ser assim.
- eu fiz isso para ajudar você mãe. Não estava achando outro serviço e...
- eu não quero desculpa Samanta, já basta as que seu irmão dava eu não vou passar por isso de novo, não mesmo. A partir de hoje eu já não tenho mais filhos. Por que se for para viver assim vai viver longe de mim eu não vou mas sofrer com isso. Você está morta agora depois eu traga suas coisas aqui e nunca mas quero te ver. Seria melhor ter deixado eu morrer sem aquele remédio do que ter feito isso.
A mãe de Samanta vai embora sem nem olhar para trás, as lágrimas que a Samanta tanto segurava aqueles meses começaram a cair. Agora realmente não restava nada para ela a única pessoa com quem ela realmente se importava a abandonou agora, estava sozinha, desamparada e abandonada. Não tinha para onde ir a esperança finalmente tinha acabado.

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