Uma surpresa boa

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Felipe levantou mais cedo naquele dia seguiu sua rotina e ao meio dia estava pronto para ir a escola de Benjamin. Com tudo o menino so foi descobrir que seu Felipe iria a escola quando entrou no carro. A ida foi tranquila e silenciosa mas assim que chegaram na escola o telefone de Felipe toca e novamente ele desliga o mesmo depois o menino quebra o silêncio dizendo:
- seu Felipe posso mostrar você pros meus amigos?- pergunta sem sair do carro.
- claro, pode sim.- o menino imediatamente e abriu um sorriso.
- e posso falar que você é meu papai?- diz empolgado.
- sim, mas agora vamos antes que você chega atrasado.- eles saem do carro e Felipe é puxado pelo pequeno ate a entrada, ele estava tão feliz.
- Miguel, Miguel olha meu papai!- grita e logo o menino vem de encontro acompanhado do pai dele.
- esse e o meu.- diz assim que se aproxima. e Felipe logo reconhece o homem, quele foi o médico que acabou com toda a sua alegria de viver quando deu lhe a pior notícia da sua vida.
- oi quanto tempo doutor.- diz cumprimentando o médico.
- nossa quanto tempo. Seu filho é a sua cara em!- Felipe nunca esqueceu as palavras daquele médico, mas não posso dizer a mesma coisa do doutor.- so tem ele?- Felipe ficou em silêncio.- por que pelo que me lembro de você era para ter uns vinte agora.- fez uma piada.
- ta de brincadeira né.- diz sem emoção.
- que isso Felipe foi so uma brincadeira.- respondeu sem graça.
- você sabe que sou estéril.- diz tentando não esboçar nenhuma reação, como ele podia ser tão insensível daquele jeito.
- nossa não sabia não, mas tem certeza podemos fazer um exame para confirmar. Pois pelo que me lembro você era tão... Quer saber nos falamos depois.- deu uma desculpa esfarrapada pois acabara de lembrar o que tinha feito ao rapaz a sua frente.
- mas que merda foi essa.- diz seguindo viagem. Mas o que o médico disse, ou quase deixou escapar, e aquilo ficou na sua cabeça pondo várias dúvidas em tudo que sabia.
Eles seguem viagem e Felipe vai direto a sala onde Benjamin estudava e assim que chega na sala sua presença é nota pela professora e os pais ao redor.
- Boa tarde você que é a professora do Benjamin?- diz já com raiva.
- sim, aconteceu alguma coisa?- diz toda simpática.
- não que isso, vim aqui só pelo fato de você esta agredindo meu filho.- seu coração pula uma batida aquela era a primeira vez que chamava Benjamin de filho e não podia ter sida mais espontâneo possível, saiu ate sem querer.
- o senhor deve estar enganado.- disse ela olhando ao redor e perdendo a pose de boazinha.- eu venho tendo vários problemas com ele e aposto que isso foi so mais uma mentira que ele contou.
- o problema e que não foi ele que me contou.- a professora gelou de medo e todos os seus argumentos foram ao chão.- e outra coisa conheço muito bem o meu filho. Para não cair no papinho de nem uma agressora de criança não querida.- Felipe aumentou o tom de voz chamando a atenção de todos ali.
- e verdade ela me bateu ontem quando eu terminei a tarefa sem ajuda dela.- disse uma menina de maria Chiquinha acompanhada da vó.
- e óbvio que a Valentina está mentindo.- diz dando um olhar mortal a garota.
- o que tá acontecendo aqui?- diz a diretora chegando.-  e senhor Felipe se tiver alguma reclamação ela deve ser feita a diretora.
- pode ficar tranquila que o processo que eu e meu irmão abrimos vai chegar a diretora.- diz a diretora e se vira para a senhora com a menina.- e se a senhora quiser entrar junto não vai ter custo nenhum para a senhora.
- e posso saber quem seria seu irmão.- diz a professora desaforada.
- eu. – Luccas levanta a mão e a professora fica branca de espanto. Luccas chega perto do irmão e cochicha.- pensei que ia me esperar.
- não consegui esperar. Fiquei irritado antes mesmo de entrar aqui.- cochichou de volta. Eles deram o aviso a creche e voltaram para casa cada um com seu respectivo filho.
Felipe tinha uma surpresa para Benjamin mas so poderia mostrar ao menino quando a tarde chegasse. Ate la Felipe ficou “meditando” no que o médico disse a ele mais cedo. Sera que era possível? Talvez aquele enxame estivesse errado, se lembra que na época o médico propôs ele a refazer, mas o mesmo estava tão irritado que deixou para lá. Se isso fosse verdade então o Benjamin... Não! Ele devia estar louco. Felipe levantou e foi ate o banheiro e lavou o rosto e olhou para o espelho. Ele era bem parecido com o menino, e ele tinha dormido com a mãe do garoto durante muito tempo e sem usar proteção algumas vezes. Mas poderia ser paranoia da cabeça dele. Uma mera fantasia para curar a aquela dor que ele não aguentava mais.
Bem, no fim das contas ele só tinha duas opções se entregar de vez aquilo tudo e correr o risco de se magoar profundamente de novo ou viver negando aquela história toda e depois ter que conversar com a incerteza o resto da sua vida. Mas seja qual escolha ele tenha decidido fez Felipe sair do banheiro o mais rápido possível e ir em direção ao quarto de Benjamin.
- oi vem nós vamos sair.- estendeu a mão ao garoto.
- onde nós vamos papai.- Benjamin amava chamá-lo assim. O menino levantou e pegou a mão de Felipe.
- no médico. Fazer enxame.- disse e saíram em rumo a garagem.
Era por volta das duas horas da tarde quando chegaram ao laboratório Felipe desceu e pediu ao menino que esperasse no carro levou entorno de trinta a quarenta minutos mas Felipe voltou e chamou Benjamin para entrar. O garoto entra assusta e ali foram mas uma hora ate Benjamin entra na sala, ele já estava mais tranquilo pois Felipe já tinha entrado antes dele e agora era sua vez. O exame foi bem rápido a moça apenas passou um continente em sua boca e eles puderam ir embora.
- o resultados saem daqui uma semana e o outro daqui três semanas senhor Neto.- Felipe concorda e ambos vão embora.
- agora vamos para casa papai.- diz depois que entraram no carro.
- pensei em ir ver sua mãe antes o que acha?- aquela era a grande surpresa que ele estava guardado.
- sim, sim, Sim, SIIIIIMMM!!!!- gritou de felicidade.
- ok mas antes o que acha de comprarmos um presente para ela?- o menino concorda todo alegre. Mas como não estaria ele estava morrendo de saudades de sua mamãe.- então o qu...- seu telefone toca novamente Felipe apenas olha e desliga sem da muita atenção.- voltando o quer comprar para sua mãe?
- humm... Um coisa para ela comer e ficar forte e pode voltar pra casa e ir morar com nós.- aquela resposta deu arrepios em Felipe. Nunca tinha pensado naquela possibilidade, para falar a verdade nunca tinha pensado em ver Samanta novamente e agora estava indo direto para ela e isso lhe dava medo. Mesmo assim o carro seguiu viagem.

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