Seu/Senhor Felipe

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Felipe terminava seu trabalho muito mais cedo que o convencional, visto que foi acordado contra sua vontade. Estava no seu computador quando sente alguém puxar sua camisa e ao olhar para baixo vê o pequeno Bem ali.
- oi- dez com um sorriso amigável- aconteceu alguma coisa?
- quando vou para colinha.- Felipe tinha ate esquecido daquilo.
- presumo que só amanhã.- ele vê um olhar triste no garoto.- quer trabalhar comigo? Posso te ensinar.- o menino assente alegre e sobe no colo de Felipe para mexer no computador.
- porque aqui tudo é gande?- fala olhando para os três monitores que tinha na sua frente.
- não sei, olha você gosta de jogar?- pergunta.
- joga o que? Peda!- O mais velho ri com a situação.
- não, olha acho melhor arrumarmos outra coisa para fazer o que acha?- diz e vai desligando o computador.
- senhor Felipe tenho notícias, daquilo que me pediu.- diz Aline com cautela.
- então o que achou?- diz virando para moça e colocando o Bem no chão.- vai la agorinha vamos brincar ok.- o menino consente e sai da sala.
- bem o orfanato me informou que não tinha feito a matrícula dele ainda então o senhor vai poder escolher a escola em que ele vai ficar.- terminou e esperou ver a reação de seu chefe.
- e a mãe dele onde esta? Sabe de alguma coisa?- perguntou Felipe sem demostrar sua preocupação.
- bem, ela esta internada em um hospital público em Guadalupe. Parece que ela foi internada la após algumas pessoas acha ele deitado perto do corpo da mãe.- ela se aproximou e disse em um tom abaixo.- acharam que ela estava morta, ficou assim por conta da desidratação e da fome. Não sei o senhor mas não seria melhor levar o menino ao médico? Para ver se ta tudo bem sabe. Ele é tão magrinho e...
- ta certo marca a consulta para o pediatra e eu vou ver o negocio da escolata certo? A e tem que ser para hoje a consulta ok.- Felipe despensa ela e pega seu telefone entra na agenda e procura o nome do seu irmão respira fundo e aperta o botão de ligar. Era a primeira vez que fazia isso em quatro anos.
Depois que descobrir que não poderia jamais ter um filho, pelo menos não biológico, a inveja que sentia do seu irmão ter tudo que eles mais queria na vida, fez com que ele se afasta-se do seu irmão e nunca ter visto seu sobrinho ao menos pessoalmente. Afinal não agurntaria muito vendo seu irmão feliz com a mulher que amava e cheio de filhos, pois pelo que soube o jessi estava grávida de novo.
Agora era diferente, de alguma forma agora estava diferente. E obviamente Lucas não atendeu de primeira se perguntava se aquele era ainda o número do irmão já na quarta tentativa, mas finalmente depois de um bom tempo ele atendeu.
- alo e realmente quem eu estou pensando?- ouviu a voz do irmão do outro lado.
- presumo que sim, só liguei para saber de uma coisa o Luck vai para escola ne?-  foi direto ao assunto pois depois de muito anos não sabia o que dizer ao próprio irmão.
- vai sim, mas porque o interesse repentino nele? Nunca nem quis ver o menino.- Luccas ficou com um pé atrás afinal seu irmão parou de falar com e esqueceu que tinha uma família e ele nem sabia o porquê.
- e qual e a escola? – não sabia o que responder ao irmão.
- é a escola parque aqui da tijuca.- Luccas presumiu que o irmão estava tentando se redimir so não sabia como, conhecia o irmão o suficiente para saber que ele não levava muito jeito para pedir desculpas mas sempre tentava do jeito dele.- ai o aniversário da Elena esta perto gostaria que você fosse, sabe para conhecer os meninos.
- vou ver aqui ta. Tchau.- terminou a ligação e respirou fundo de novo aquilo foi mais difícil do que pensava. Terminou de ageitar as coisas e desceu para o segundo andar e se dirigiu ate o quarto do Benjamim, bateu na porta e depois entrou.- oi vamos descer para almoçar que depois vamos sair.- falou seco e saiu logo em seguida. Pouco tempo depois viu o menino o acompanhar pela escadaria.
- seu Felipe, onde vamos? Pra colinha?- perguntou alegre sentando a mesa junto de Felipe.
- também, mas vamos só para conhecer ok.- ele concordou- e espero que se comporte pelo amor de deus odeio crianças choronas ok.
- sim, seu Felipe. E onde vamos mais?- perguntou antes de por comida na boca.
- no médico, para ver se você não tem nem um problema.- disse com a paciência curta.
- posso ir ver a mamãe enquanto estive la. Pu favo!- pediu pois já fazia bastante tempo que ele não via sua mãe, nem se lembrava da última vez que a viu.
- Não!- olhou o menino e viu seus olhos lacrimejar.- e que vamos a um hospital diferente.
- não lembro da mamãe. Queria vê ela.- diz um pouco triste.
- não vai da para vê-la agora quem sabe depois ta.-fala tentando se concentrar na comida.- agora come para nos irmos.- eles terminaram o almoço e Benjamim subiu para colocar outra roupa.
- Então Felipe, vejo que ele vai ficar ne?- dez Aline com esperança.
- porque acha isso?- fala mas desconfiando da resposta.
- bem, e que você pediu para mim ver roupas e brinquedos  para ele, e agora vai matrícula o menino em uma escola. Parece ate que esta se afeiçoado ao menino.- disse o que andara observando nas últimas semana.
- engano seu. E em fala de roupas você não comprou alguma comprou?- ela nega com a cabeça.- então vemos isso hoje tambem e digo mais so estou fazendo isso por que depois vai pegar bem a minha imagem, “Felipe Neto ajuda menino pobre”, inclusive voce pode divulgar isso para mim. Não quero ninguém tirando conclusões precipitadas,ok.
- mas é claro Felipe, boba foi eu em pensar que você estava voltando ao que era.- diz triste com a situação.
- com certeza Aline, e você tem notícias dos advogados? – agora que Felipe mencionou ela lembrou o que tinha esquecido de fazer aquela semana.
- ainda não  Felipe.- ela olha para a escada e vê o menino retornando a sala.- que bom que não demorou muito meu anjo.
- não tinha coisa melhor para por não moleque?- o pequeno nega.-  então vamos ao shopping primeiro não irei levar ele aquela escola assim. Vão negar ele antes de passar pelo portão. E seguem rumo ao seu destino.
Wallace como mandado leva eles ao shopping, chegando la Benjamim fica maravilhado com o que vê, nunca tinha ido em um lugar assim com a sua mãe. Ali tinha tudo que alguém precisava, contudo o pequeno lembrou que ele não tinha dinheiro e se ali fosse como os lugares que sua mãe ia para comprar as coisas iriam precisar disso. Pois já viu coisas ruins acontecer a sua mãe quando ela não tinha dinheiro para comprar as coisa.
- seu Felipe.- puxou a blusa do mais velho.- não tenho dinheiro.
- eu sei disso.- fala abaixo na altura do menino.- mas o que te preocupa?
- eles vão bater na gente se não pagar.- Felipe estranhou aquela situação.
- alguém já bateu em você por que não pago?- o mais velho ficou furioso com a possibilidade de alguém ter batido no “seu garotinho”... Não espera. Ele estava confundindo as coisas.
- em mim não. Na mamãe.- disse de cabeça baixa. “ se você não tivesse abandonado ela não teria acontecido isso" pensou Felipe.
- não se preocupe com isso ta legal só... se divirta.- engoliu em seco. O reto do caminho Felipe passou pensando em como aquele menino tinha sofrido vários traumas e talvez a culpa disso possa ser sua. Mas o que teria que ter feito? assumir um filho que não era seu?! "Sim" disse sua consciência.
- olha seu Felipe um dinossauro.- apontou alegre para a loja de brinquedos.
- quer ir lá?- ele concorda alegremente e vai correndo ate a vitrine e fica para ali.- vamos o que ta fazendo?
- mas já.- diz com o olhar triste.- to vendo ainda.
- ta certo então. Pode ficar ai olhando enquanto vou la ta bom.- o menino concorda alegre.- fica de olho Aline. – Aline fica com o menino enquanto Felipe entra na loja. O garoto fica olhando o brinquedo esteticamente quase sem piscar.
- por que você fica olhando tanto assim para ele?- pergunta Aline despretensiosa.
- to imaginando como seria brincar com ele. Semple faço isso. E que a mamãe não pode comprar ai eu fico imaginando.- ela fica sem palavras, o que poderia responde afinal. Eles ficam parados ali por pouco tampo, pois logo o brinquedo e tirado da estante. – bem vamos embola agora.
- temos que esperar o senhor Felipe. Mas me diz não tem outros brinquedos que você quer.
- tem por isso que vou estuda pa poder compar tudo e ajuda minha mamãe a compar comida. AI  vo compar um cocolalate pa mim.- diz todo alegrinho. Logo eles vem Felipe sair da loja com uma sacola enorme com uma caixa dentro.
- aqui. Voce não quis entrar espero que gosta da cor.- estende o brinquedo para Benjamim pegar mas o menino so fica olhando para o brinquedo e depois começa a chora. Felipe logo muda de semblante, fica preocupado com o garoto.- o que foi pequeno? Ta tudo bem.- olha para Aline para saber o que aconteceu e ve a mulher aos prantos também.- era só o que me faltava mesmo senhor. Devo ter jogado pedra na cruz só pode. Sera que alguém pode me explicar alguma coisa?
- e meu.- diz Benjamim acariciado a caixa e logo Felipe volta atenção ao menino.
- sim meu anj... quer dizer e sim. Pode pegar.- o garoto pega a caixa e fica olhando.
- ta vendo agora não vai mas precisar imaginar.- Felipe olha estranho para a Aline quando a mesma dis isso. Mas resolve deixar para lá.
- vamos se não, me não vai dar tempo.- eles seguem para a loja de roupas e escolhem alguns conjotos para o menino vestir. Benjamim e obvio adora tudo aquilo. Dalí  vão para a escola que não fica muito longe. E ao fim do dia retornam a casa de felipe. E Benjamim chega alegre e curiosa para brincar com o seu presente.
- vem seu Felipe vamos.- diz puxando Felipe pelo braço ate chegarem ao quarto de hóspede onde o menino “dormia”.
- o que foi por que me trouxe aqui?- diz Felipe sem entender nada.
- pa brinca. Pega esse e velhinho mas da pa brinca, mas toma cuidado pa não quebra.- Felipe concordou e eles começam a brincar no chão e ali perdem horas e horas pulando de brincadeira à brincadeira.

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