Samanta: as preocupações de uma mãe

85 13 21
                                    


Enquanto isso em Guadalupe.
Samanta estava a quase três semanas ali no hospital e a única vista que tinha era da sua mãe. Que por acaso parecia odiá-la mas ainda agora que tinha que cuidar da filha e do neto que ela sempre rejeitou. Samanta sabia que a vida do filho com a vó não devia estar sendo fácil. E uma forma de puni-la por ter sido um prostituta e ter engravidado de um oportunista, como sua mãe chamava o pai do seu filho, era não deixa-la ver o menino. Mas ficava calma pois sabia que por mais que sua mãe não gosta-se muito do menino jamais faria mal a ele.
Depois de muito tempo convenceu sua mãe a deixar o pequeno Benjamin vir vê-la. E isso deu uma boa animada em Samanta, ela tinha ate pedido a um mulher que ficava com sua filha ali também a compra um brinquedo para ela dar ao filho.
- aqui o so deu esse de dinossauro. E esse e o troco.- disse a mulher a ela.
- perfeito. – falou olhando para o pacote com varios dinossauro diferente que custou 19,50 pelo preço escrito ali.- ele vai amar. Tô tão anciosa nunca fiquei longe dele tanto tempo assim. Ele deve estar com muita saudade também.- ela olhava para um desenho que sua mãe tinha trazido para ela outro dia.
O dia passou bem divagar para Samanta ali, ate a hora que sua mãe chegou. Que era por volta das seis da tarde. Assim que a porta abriu Samanta pulou da cama para ver seu pequeno. Mas como sempre somente sua mãe passou pela porta.
- onde esta ele?- pergunta com esperança.
- não pode vir. O hospital não permite crianças filha sinto muito. Aqui o ele mandou isso.- entregou um desenho mal feito de criança. Samanta pegou o desenho mas algo nela dizia que tinha mais nessa história.
- mentira, os filhos dela vem aqui o tempo todo.- apontou para mulher a sua frente.- cade o meu filho mãe.
- ele ta bem, deve estar melhor que a gente.- deixou escapuli a mais velha.
- como assim ele não esta com você.- diz já desesperada o que sua mãe teria feito com o filho dela.
- o que e isso.- pergunta a senhora apontando para o presente.- onde arrumou dinheiro para comprar isso? Sabe que estou gastando o mundo velho Em remédio e você esta gastando atou-a.
- não vem mudando de assunto o que você fez com o meu filho.- já exalta a voz e começa a tremer so de pensar o que poderia estar acontecendo com o menino.- onde ta o meu filho? O que você fez com ele? Cade ele? Eu quero ver o meu filho.
- enfermeira!- grita a mais velha quando percebe que a filha esta vindo em sua direção. As enfermeira já vem e aplica um calmante em Samanta devido a sua agitação.
- não eu preciso do meu filho, para! Para! Cade ele mãe? Onde... Onde... On...- ela acaba dormindo devido ao efeito do remédio.
Ela dorme a noite toda e corda no outro dia uma fera com a sua mãe. Mas para sua alegria ou angústia não viu sua mãe durante o resto daquela semana. E aquilo também aumentou sua preocupação com o pequeno Benjamin.
Ao longo daquela semana que passou Samanta refletiu sobre a vida que levava com o filho e como tudo foi muito sofrido. E agora ele poderia estar seja lá onde for, mas era culpa dela por ter sido fraca de mais e cabo deixando seu pequenino na pior.
flashback
Tudo que lembrava daquela semana, em que passou mal,  era de ter sido expulsa da casa onde morava com Benjamin a mais de dois meses. E ficou vagando pelas ruas com o menino pois sua mãe se recusava a dar abrigo de novo.
Ela não comia a uns quatro ou cinco dias pois tudo que achava deva para o filho comer se sobrasse algo ela comia, mas geralmente nunca sobrava nada. E no dia anterior de sua ida ao hospital ela foi pedir comida em uma casa e como sempre deixou Benjamin brincando no parque. Mas a escolha da casa não foi assertiva. Assim que abril a porta sentiu o cheiro daquele homem novamente não se lembrava do rosto, nem do nome, mas o fedor que saia dele isso sim tinha sido marcante.
- olha posso ate te dar comida e quem sabe um pouco de dinheiro mas...- ele chegou perto dela e puxou sua blusa olhando os seios da moça.- vai ter que dá antes.
Samanta pensou um pouco não poderia deixar seu filho naquelas condições. E se fosse preciso voltaria a vida que ela prometeu nunca mais volta.
- tudo bem, mas vai ter que ser rápido.- respirou fundo, pois a vontade de chora era muita.
Mas assim que entrou para dentro da cassa o homem mudou e ela so sentiu o arder do tapa que levou no rosto, depois disso vieram chutes, socos e outros tapas enquanto era violentada pelo homem. Ao fim do ato ele saiu de cima dela e foi ate a cozinha e voltou com um prato de comida que jogou nela derramando tudo no chão, e tirou do bolso quatro reais e jogou no chão também em seguida pisou no dinheiro e saiu para outro comodo.
Samanta pegou o dinheiro e depois de se vestir saiu dali chorando. A certa altura do caminho ela vômito, parou um pouco para se recuperar antes de ver Benjamin. Naquele dia ele pode comer uma bolacha e suco antes de dormir. Depois disso Samanta so se lembra de acordar no hospital.
fim do flashback
Ela nunca imaginava passar por tudo aquilo, porque nada na sua vida dava certo e ela sempre perdia as pessoas que amava mesmo fazendo de tudo para continuar com eles, primeiro sua mãe, depois o Felipe e agora o seu pequeno. Samanta ri ao lembra o quanto ficou feliz ao sair daquele prostíbulo.
Flashback
Samanta estava no seu quarto do prostíbulo, Felipe havia deixado ela a pouco tempo, mas passava da meia noite quando Valentim invade seu quarto com uma mala, o que ela estranha.
- pode cair fora.- diz acordando a mulher.
- mas... O que...
- o seu namorado ou seja la o que você for dele agora. Comprou você, ou seja pagou sua dívida, então caia fora.- jogou a mala na cama e saiu.
Samanta arrumou suas coisas e pouco tempo depois se viu na rua, aquela foi a primeira de muitas noites ali. Mas não por agora visto que tinha escondido um dinheiro que Felipe tinha lhe dado ao longo do tempo, então no dia seguinte saiu pelas ruas casando casas para alugar. E encontro um barracão velho ainda no reboco chapiscado de cimento. Ali tinha apenas dois cômodos e com o pouco dinheiro que lhe restou ao ter que pagar três meses adiantado comprou um fogão e uma cama velha. Mas a felicidade era nítida em seu rosto.
Fim do flashback
Ao lembra daquele dia pensou em como sua esperança de sair dali era grande e hoje se arrepende da decisão que tomou poderia ter voltado ao prostíbulo e ter pego o emprego de volta talvez assim hoje seu filho ainda estivesse com ela e nada do que aconteceu tivesse acontecido. Mas com toda certeza o dia que mas se arrependeu foi quando procuro sua mãe.
Flashback
Samanta já estava no sexto mês de gestação e trabalhava em dois empregos em uma loja durante o dia e a noite como garçonete. Sem dúvidas se junta-se os dois salários não chegava perto ao que ganhava em uma noite se prostituindo, mas ia ter um filho e prometeu a se mesma que jamais se prestaria a esse papel de novo. Com tudo uma vez prostituta sempre ficaria conhecida assim, por isso vivia pulando de emprego a emprego pois sempre que alguém a reconhecia ela perdia o trabalho como agora por isso ela tomou a decisão de procurar a mãe quando acabara de ser demitida da loja em que  trabalhava.
Sem muito recursos e com um filho a caminha tomou a decisão que fuderia sua vida dali para frente. Ela estava em frente a casa que cresceu e nem foi preciso chamar pois sua mãe já vinha em sua direção.
- o que faz aqui?- diz ríspida.
- me perdoa, a senhora estava certa. Será que podemos conversar?- a mãe olha para filha de cima a baixo e logo já percebeu qual seria o problema da filha.
- agora que um daqueles vagabundos, desocupado te em gravidou vem me procurar. Pode é sumi com esse bastardinho daqui.- ela ia se virando.
- mãe! Por favor eu so preciso de uma serviço. Já não sei o que faz, me ajuda.- disse em meio ao choro.
-voce já não tinha um serviço como prostituta então continua.- a mulher voltou, mas dessa vez abriu o portão.
- eu sai. Não quero mas aquela vida.- disse em meio ao choro.
- entra. Quem e o pai?- perguntou severa.- e não quero desculpas esfarrapadas, me fala a verdade.
- e o Felipe. Um cara que eu conheci ele me ajudou a sair de la.- falou de cabeça baixa.
- ajudo foi uma ova! Me diz se ajudar é te larga com um barriga dessa Samanta? Como você vai criar isso ai?  Mas se você quiser minha ajuda saiba que vai ser do meu jeito.
Fim do flashback
“Mas eu tinha que ter desconfiado de alguma coisa minha mãe sempre tentava arranjar um jeito de me separar do Benjamin. Teve uma vez pouco antes dele nascer ela tinha arranjando um casal da igreja dela para adotar ele. Ela já tinha arrumado tudo ate na justiça so descobri quando a assistente social veio ate mim perguntar o porquê deu estar entregando ele para a adoção. Eu ajude minha mãe a se livrar dessa, mas agora quero que ela apodreça no inferno.”
Samanta tinha que sair dali ir atrás do seu filho. Então ela tirou forças de onde nem sabia e levantou e começou a andar em direção a porta mais não foi muito longe por conta do soro em seu braço. O que não a impediu por muito tempo visto que logo arrancou de seu braço e saiu do quarto. O corredor estava vazio, então ela seguiu rumo a saída.
- ei! Você pare ai!- ordenou um enfermeiro.- código azul paciente fugiu.- gritou olhando para trás. Não demorou muito e logo os seguranças a pegaram e levaram de volta ao quarto. Ela foi protestando o caminho inteiro. E quando chegou la  tomou outra injeção, dessa vez a força, e voltou a dormir.

segredos de uma vida Onde histórias criam vida. Descubra agora