Reencontro

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- Olá- disse com um sorriso sem graça.
- oi, como você tá?- perguntou no automática pois seu cérebro estava se acostumando e processando tudo aquilo.
- não muito bem e você? Faz bastante tempo né.- disse com suas bochechas rosada de vergonha. Ela estava sem jeito não o via a quatro anos e nunca tinha pensado em vê-lo depois daquilo tudo. Mas no fundo sabia que era so questão de tempo afinal ele estava cuidando de Benjamin. E em falar no seu pequeno, não o via a muito tempo.- como esta Benjamin não o vejo a semanas aconteceu alguma coisa?- Felipe logo abaixa a cabeça e ela percebe que tem algo de errado.- me fala logo!
- desculpa, é tudo culpa minha eu... Eu... Perdi ele.- diz e desaba. O coração de Samanta fica apertado de preocupação. Mas ela mantém a calma vendo o estado do homem.
- vem aqui. Senta e me conta o que aconteceu?- diz sem expressar emoção, so assim para ela não matar ele a grito. Felipe obedece as ordem.
- quando ele chegou eu não acreditei que era meu, porque... Lembra quando te deixei?- como ela poderia esquecer aquele dia, afinal ela voltou no prostíbulo por quase um mês antes de assumir que ele não voltaria mais.- fui em bora porque estava com raiva pois tinha acabado de descobrir que era infértil e logo depois você me disse que esta grávida.  – Samanta apenas ouvia pacientemente.- então quando ele aparecer na minha eu... Não quis aceitar e pedi para meu advogado resolver a situação, queria que ele voltasse para o orfanato. O que levou três meses, foi tempo suficiente para mim... Apegar a ele e quando saímos daqui aquele dia levaram ele. Eu amo demais ele e não sei o que fazer.
- você... para onde levaram ele? E voce Sempre veio com ele?- se Felipe acompanhava seu filho todo aquele tempo, porque nunca entrou para ve-la? E se ele é infértil então quem seria o pai do garoto? Ele tinha esclarecido algumas coisas mas deixou mais perguntas que resposta.- por que nunca entrou?
- não tinha coragem. E tinha medo, do que ia sentir assim que a vê-se. E tinha medo da sua reação.- encarou os olhos de Samanta e levou a mão ate seu rosto para fazer um carinho, mas foi interrompido no percurso.
- se você não é o pai dele porquê se importa agora? Quando eu sair daqui uma semana eu vou ate assistência social e pegou ele de volta.- ela foi seca com ele, afinal algo adormecido estava começando a acordar.
- eu fiz outros exames e inclusive um de DNA. Eu sou o pai dele mas não posso pegar ele so com a sua autorização ou algo parecido, não sei como funciona so sei que preciso de você.- ele pega em sua mão e olha bem nos fundos de seus olhos.- por favor ele é tudo que eu tenho agora.
-  e é tudo o que me resta também, bem Felipe. É óbvio que não vou negar a sua convivência com ele afinal voce é o pai mas não vou entregar meu filho.- ela tentava manter todo aquele turbilhão de emoção controlado. Mas estava sendo difícil com ele alí.
- mas eu tenho...- Felipe pensou em vários motivos para ela entregar a guarda total do menino para ele. Mas lembrou de como nunca viu seu filho completamente feliz pois sempre faltava algo. As risadas que ele dava na sua casa não era boas comparadas com a que ele ouvia pelos corredores daquele hospital quando o menino estava com a mãe. Então do que adiantava ter seu filho somente para se, se o menino nunca estaria completo sem a mãe.- ... Posso ver ele sempre que eu quiser? E quero pagar a escola dele também?
- claro, podemos ver como vai funcionar de agora em diante e fazer mudança se necessário.- sorri. Eles conversaram por horas afins so pararam pois o horário de visitas tinha acabado. Mas Felipe voltou no outro dia com um presente.
- oi trouxe para você. O Bem ia gostar de ter te dado essa.- disse se lembrando do menino que sempre ficava indeciso quando iam comprar as cestas de presente para sua mãe.- e como você está?
- obrigada, e estou bem melhor que antes. Queria ele aqui?- diz triste esses meses foram os mais difíceis para ela nunca tinha ficado tanto tempo longe de Benjamin e era óbvio que a depressão não a ajudava.
- não se preocupa vamos pegar ele de volta você vai vê.- sorri com esperança nos olhos.- haa eu trouxe um desenho dele foi o último que ele fez antes de ir que ver?- ela concorda alegre. Felipe pega a folha do seu bolso e abre revelando o desenho.- esse aqui sou eu e esse e ele e estamos na minha casa e aqui e você no hospital comendo um cachorro quente.- eles riem do desenho mal feito e depois se encaram e cada um se perde no olhar do outro.
Eles foram se aproximando devagar, Felipe levou a mão ate os cabelos dela, os levando para trás da orelha, a respiração começava a ficar pesada e os lábios cada vez mais perto ate que ...
- melhor não.- murmura Samanta mas não altera a posição. Ela tinha que resistir não podeia se entregar aquilo novamente.- Felipe por favor.- disse em alto e bom tom. Por mas que tudo dentro de se dizia o contrário, mas ela resolveu ouvir a razão já tinha se machucado de mais naquela história.
- desculpa.- diz Felipe vermelho de vergonha.- eu não... Eu... Eu não sei onde estava com a cabeça me desculpa.- ele se afasta e levanta da cama.- bem eu acho que já vou.- diz encarando o chão.
- não, fica vamos conversar um pouco mais.- ela não queria que ele fosse gostava da sua companhia e teria gostado mais se ele não á tivesse dado ouvido.
E durante os dias que se passou Felipe foi visitar Samanta periodicamente todos os dias. Ele foi ate a casa da Aline pedir perdão e implorou que a mulher volta-se a trabalhar com ele,  ela se fez de difícil mas no fim cedeu as vontades do seu chefe. Tudo parecia estar em ordem novamente.

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