Primeiro dia de aula

70 10 6
                                    


Agora sim seria o seu primeiro dia de aula. Então como de praste Benjamim levanta se arruma e segue alegre rumo ao quarto de Felipe para acorda-lo da melhor forma possível. Então entra segurando seu dinossauro de pelúcia que tinha ganhado a pouco tempo e começa a pular novamente na cama do mais velho.
- acoida, acoida, acoida acoida. O dia ta lindo vamos  papa... seu Feiipe.- finalizar os pulos em cima de Felipe que geme de dor ao ter o corpo golpeado pelo peso do menino.- bom dia.- da um beijo na bochecha de Felipe, que senta com o gesto inesperado, e logo e golpeado novamente mas dessa vez e com um abraço. Felipe retribuiu nunca tinha recebido um abraço tão bom como aquele.
- eu... am... gosto de... bom dia pequeno. Que horas são parece que eu nem dormi direito.- fala olhando para o lado e vendo que era 6:30 da manhã ainda.- por que você me acordou essa hora?
- pa í a escolinha.- diz sentando ao lado de Felipe.
- mas você vai estudar só a tarde.- diz se ajeitando na cama.- você dormiu que horas menino para acordar tão animado? Vamos dormir anda.- diz deitando na cama e fechando os olhos. Benjamim deita ao lado de Felipe e dorme tranquilo como não fazia a muito tempo.
Já passava das 11:30 quando Aline resolve ir ate o quarto de Benjamim para chama-lo para comer. Contudo quando ela abre a porta não encontra o menino, primeiro  revirasta o quarto para ter certeza que ele não estava la. Depois de revirar o quarto inteiro ela desçe e chama o novo guarda e a nova empregada para procurar ele pela casa. Já era 12:30 quando ela assume a derrota e vai em direção ao quarto do chefe para contar o ocorrido.
- FELIPE!-diz batendo na porta pela quarta vez e o nervosismo so crescia.
- pode entrar.- ela ouve uma voz rouca e com sono responder.
- bom dia Felipe eu vim aqui te informar... não sei como aconteceu já olhamos  a casa inteira e...- ela para quando tem a visão da cama.
- o que aconteceu Aline?- diz Felipe ainda com sono. Não tinha entendido nada do que a mulher disse.
- ele ta aqui? Já procuramos ele pela casa inteira. O que voce ta...
- Pera Aline o que ta acontecendo que eu não estou entendendo nada?- fala coçando os olhos de sono.
- é que fui acordar ele e quando chegui la o menino tinha sumido.- ela aumenta o tom da voz.
- fala baixo Aline vai acordar ele.- Felipe olha o garoto dormindo tranquilo. Aquilo lhe transmitia paz, algo que ele não sentia a muito tempo.
- mas ele tem que acordar mesmo ta na hora do almoço. Lembra que hoje ele começa na escolinha.- diz cruzando os braços.
- como se ele deixasse a gente esquece. Pode ir Aline eu acordo ele.- Felipe não tira os olhos dele se pudesse deixaria ele dormindo ali o tempo que fosse preciso mas como não era.- oii Bem acordar, vamos tem que se arrumar para ir a escolinha.- sacudia de leve o garoto.
- tem que da biginho pa corda.- diz o menino todo enrolado. Felipe ri e resolve fazer cócegas nele ate ele despertar.
- ha ha ha ha pala pala papai.- ao ouvido aquilo Felipe assusta e para a brincadeira derrepente.- dicupa.- fala de cabeça baixa ao percebe o que disse. Felipe gostou de ouvir aquilo, mas algo dentro dele dizia que era errado gosto, pois o menino não era sei. Mas então o que ele deveria fazer com o amor que o pequeno estava criando nele.
- tudo bem vamos comer.- Felipe sorri sem graça para ele.
Logo os dois deceram para almoçar, depois é claro de fazerem suas higiene pessoal. No termino do almoço Felipe subiu rapidamente para seu escritório e iniciou seu dia, já Benjamim levou mais tempo que o esperado para comer e depois seguir para seu quarto e se arrumar. Mas com todos os imprevistos que ocorreram, ele chegou a escola pontualmente as 13:00 da tarde.
O pequeno se encontrava nervoso, tímido e triste ao ver aquelas crianças chegando com seus pais, avos e tias. Mas ele pode se dizer que foi sozinho pois o motorista o levou ate a beira da escola e nem se deu ao trabalho de acompanhar ele ate o portão. Mesmo assim ele colocou um sorriso no rosto e seguiu para dentro da escola, mas quando chegou la viu que ela era muito maior do que virá outro dia. Ele ficou ali parado vendo todo aquelas pessoas vindo e indo seja la para onde fosse ele estava perdido sem saber para onde ir. Ate tentou pedir ajuda mas naquele lugar sua voz não era ouvida. O tempo passou e as pessoas também acabaram e naquela calmaria uma mulher o viu triste e chorando.
- oi meu anjinho. Onde ta o papai e a mamãe?- mas Benjamim nada dizia estava pondo para fora tudo que guardou aquele mês, prometeu a sua mãe que ia ser forte, mas todos temos um limite.- vem vamos achar sua salinha. vem vamos com a tia descobrir onde e sua salinha. -Ele pegou na mão dela e juntos foram para a diretoria.- Bom dia Eliane achei esse aqui chorando la fora saberia onde é  a sala?
- uai e onde ta os pais dele Leidiane?- estranho o fato do menino vir sozinho.
-  ele não fala so chora. De certo largaram o menino aqui e foram embora.- falava o óbvio.
- qual o seu nome pequeno?- pergunta a diretora.
- ... benmim...- disse em meio ao  choro.
- que?!- estranha a pronúncia do menino.
- deve ser Benjamim.- falou a professora.
- haaa ele e o menino novo e da sala da Cleide. Pelo que me passaram ele ta ficando na casa daquele Felipe neto, sabe?! Eita homem mal educado aquele.- a outra ouvia atentamente a fofoca.
- mas ele e alguma coisa do Felipe?- estava sedenta por mais que ate esqueceram a presença do menino ali.
- ate onde eu sei não, mas esta em todos site pela internet. Mas ele so faz isso pela fama você sabe ne um garoto moribundo precisando de ajuda o que gera mais ibope que isso?- elas conversam mais um pouco e depois levam Benjamim para sala.
Chegando lá a professora apresentou ele a turma e pediu para que ele se senta-se, ele escolheu a carteira bem na frente da turma. O que incomodou a professora.- ai não Benjamim, la atrás por favor querido.- sem dizer nada obedeceu a professora, com tudo devido ao seu tamanho ser bem menor em relação ao resto da turma ele não via nada la de trás.- certo agora vamos continuar, como você não estava Benjamim observe os coleguinhas ta bom. Agora e sua vez Hugo.- o menino se levantou e foi ate a frente da turma.
- meu papai cuida das pessoas dodói e minha mãe também ai eu fico com tia Maria que  cuida de mim.- a professora anotava algo no caderno.
- ótimo pequeno, agora você Valentina.
- eu molo com a vovó e o vovô, porte a mamãe não sabe cuidar de mim.- disse meio tímida.
- e com o que o vovô e vovô trabalha?- pergunta a professora.
- a vovó tabaia a ti e o vovô no mecado.
- desconto de funcionários sabia, senta la no fundo perto do amiguinho novo.- a menina pega suas coisas e segue para o fundo da turma.
- vejamos quem vai ser agora!?- um menino de cabelos louro enrolados na ponta levanta a mão.- você nem precisa Luke pode vir sentar aqui na frente.- o menino pega suas coisa e vai para o seu lugar.- bem agora... humm... que tal você novato vem aqui.- Benjamim levanta e vai para frente da turma chegando la ele olha para professora não sabia o que falar.- fala sobre sua mãe e seu pai.
- a mamãe ta no hospital.- ele olha novamente para professora.
- e o seu pai?
- não sei.
- com o que sua mae trabalhar.
- ela vende bolinho na rua.- ele esfrega uma mão na outro de nervoso.
- e como voce vei para aqui? Sua mãe certamente não tem dinheiro para pagar a escola.- a professora fica curiosa e  irritada. Como um menino como aquele conseguiu vaga ali?- so falta agora a diretoria estar ofertando bolsas de estudo para pobres. Quem pois você nessa escola, aposto que entrou por engano.
- foi o seu Felipe, ele vei comigo aqui oto dia.- a professora fica intrigada.
- e esse Felipe e seu pai?-pergunta a professora.
- ele não gosta que chama ele assim- impoi o menino.
- certo volta para o seu lugar então. Pode vir Arthur.- fala com a voz mansa. E assim seguiu a aula até a professora organizar os alunos como ela queria. Os alunos de pais bem ricos na frente, seguidos dos menos ricos mas possuia dinheiro para pagar a escola e por fim aquele que recebia alguma bolsa de estudo ou pobre com ela jugo Benjamim.
Mas apesar de tuda demora a aula finalmente começou e logo podemos ver a diferença nítida em quem centava na frente com os do fundo. O que não impediu Benjamim de aprender e ele conseguiu realizar a tarefa perfeitamente sozinho, o que é claro irritou a professora que colocou ele de castigo sentado em uma cadeira. Finalmente a hora do Recreio chegou, Benjamim apenas saiu da sala sem sua lancheira que tinha trazido.
- cade seu papa?- perguntou Luke acompanhando de outro garoto.
- ta na sala na minha mochila.- falou balançando os pés sentado no banco.
- e porte não come?- perguntou Luke novamente.
- se não quiser eu quelo.- disse o outro garoto que era bem gorducho .
- to guardando pa mamãe.
- porte?- disse os dois garotos ao mesmo tempo.
- ela ta dodói la no hospital, porte eu comi toda a comida e não deixei pa ela, mais vou juntar tuda comida que eu acha e vou levar pa ela la no hospital ai ela vai ficar boa e nós vamos ficar juntinhos de novo.- falou cabisbaixo pois se sentia culpado pelo o que aconteceu a sua mãe afinal sua vó sempre lembrou ele disso.
- nós pode te ajudar?- pergunta Luke alegre.- la em casa tem muita comida vou pega um pouco pa você da a sua mamãe.
- ta legal bidado.
- você que ser meu amigo igual o Miguel.- apontou para o menino gorduchinho.- e ele pode ser seu amigo também.- disse ao Miguel.
- sim eu quelo.- ele perta a mão dos dois coleguinhas.
No final tudo deu certo e Benjamim voltou para casa feliz.
Benjamim estava brincando em seu quarto com seu novo dinossauro e os soldadinhos que ele tinha e era observado pelo Felipe a horas. Felipe ria das invenções do pequeno, e com a última ele não aguentou e o riso saiu alto.
- seu Felipe!- disse alegre e correu para abrir a porta.- vem mincar comigo.- pegou a mão do mais velho e o puxou para dentro.
- eu tenho que trabalhar.- arrumou uma desculpa.
- só um potinho.-  Disse com os olhinhos brilhando.
- Ta bom mais vai ser rapidinho ok- eles começam a brincadeira e assim se passa unas três horas de muita alegria e diversão de ambas as partes. Os risos podiam ser ouvidos de longe e aquela passou a ser uma excelente rotina para eles.
- seu Felipe, vamo blincar de papai e filhinho?- pergunta o menino a certa altura da brincadeira.
- e como se brinca?- diz Felipe curso.
- bem você e o papai e eu o filho. Ai tem que chama assim.
- ta bom.- um frio veio em sua barriga quando concordou.
- papai vamos blicar de... Pega pega?- disse alegre e pulando. Felipe levou um tempo ate processar, aquele garotinho era tudo o que sonhou na sua vida. Ele era o único sonho que Felipe não podeia comprar ou fazer com alguém. A quilo o deixa de certa forma triste, mas no momento so tinha alegria em seu coração.
- vamos. Eu pego ta bom.
- não voce tem que fala- diz um pouco bravo.- tem que chama de filhinho.
- há certo.- ele respira fundo, por que era tão difícil pronunciar aquela palavra? Talvez porque se falace poderia se torna real aquele sentimento que tentava escoder poderia vir a tona. Ele olha o relógio para inventar uma desculpa.- olha a hora é tenho que ir, desculpa pequeno eu tenho que ir. Ta bom
- ta bem seu Felipe.- Benjamin corre e da uma abraço em Felipe que retribui.- brigado.
- pelo que o que pequeno?- diz ainda no abraço. Mas o menino não diz e Felipe sente seu ombro molhar. – ta tudo? Porque ta chorando?
- cuida...- é a única palavra que Felipe entende em meio ao choro.
- cuidar de você?- ele concorda.- não precisa agradecer. Não fiz mas que minha obrigação pequenino.
- mas... Você cuida deu como mamãe.- Felipe enxuga as lágrimas do menino.
- ta com saudade da mamãe? – ele concorda.- eu vou te levar para ver ela logo tá.- diz no calor do momento. E da um beijo na testa do menino e o abraça apertado e fica ali balançando ele de leve ate se acalmar.

segredos de uma vida Onde histórias criam vida. Descubra agora