Any tinha o relacionamento perfeito: o namorado ideal, o sonho de casamento e uma família ao lado do homem que amava. Mas uma oportunidade de carreira a levou de Orange County a Nova York, distante de Noah. Ambos prometeram que a distância não os se...
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🍀Noah Urrea🍀
Caiu a ficha pra mim. Agora sou pai. Tipo, eu já era pai desde que concebemos nossos filhos e descobrimos a gravidez da Elly, mas aí quando nasceu o Jacob e logo depois a Gaby, eu fiquei baqueado. A realidade veio à tona de um amor e sentimento de proteção que não dá pra medir. É maior que tudo.
Ter meus dois pequeninos nos meus braços segurando-os com amor, era uma benção. Eu achava que já tinha visto de tudo e sentido de tudo e que já até tinha tudo, meu mundo todo até então era minha mulher, perfeita, linda, Any Gabrielly. Mas, esse mundo se amplificou com a chegada dos gêmeos. Elly e eu ficamos emocionados. Na verdade, Any me deu um susto. Pior do que quando descobrimos que não era um bebê, mais sim dois e eu desmaiei na consulta.
Any ficou desacordada por umas horas. Os bebês recém nascidos foram levados e cuidados pelas enfermeiras e eu pedi depois que eles estivessem bem e feito todos os procedimentos, que deixassem eles no quarto comigo e Any. Até que ela acordasse.
O médico permitiu e eu tinha minha família toda alí comigo. Depois me preocuparia em registrá-los do jeito que Any e eu queríamos: Jacob Soares Urrea e Gabrielly Soares Urrea.
Quando o médico informou que a pressão dela subiu pós o parto e explicou que ela fez muita pressão, muita força pros bebês saírem e apagou, eu fiquei nervoso. Nossa primeira experiência como pais, a primeira vez dela tendo nossos filhos e acontece uma coisa dessas. Eu fiquei sem chão, vendo ela desmaiar e não podendo fazer nada.
Tudo o que ela me contou do coma e pelo que passou por causa dele, veio à tona na minha cabeça e acompanhado de um sentimento horrível, e um pavor pior ainda do que tudo que eu havia sentido até então me possuiu; eu não podia perdê-la, Any não podia morrer, não alí, assim e nem nesse momento, sem ter apreciado os filhos, os visto crescer e os netos e quem sabe bisnetos. Pensei muitas coisas no momento de desespero.
Porra eu tinha uma vida bem longa planejada pra nós, na verdade, nós dois tínhamos. Ambos estavamos com medo, não por nossa causa, mas como criaríamos as crianças, acho que principalmente como os criaríamos nesse mundo tão ruim e cruel. Acho que esse era o maior medo de qualquer pai e mãe. E agora era um medo real, nosso também.
Depois ela foi levada pro quarto. Eu cantei pros bebês. Falei com meus pais, os pais de Any e o pessoal na recepção. Nour cismou em querer subir pra vê-la, mal tinha se recuperado cem por cento do parto dela, mas eu não permiti. Invocada ela teve que aceitar.
Só poderiam visitar a Elly depois que ela acordasse. Ficamos nós três, eu, Jacob e Gaby a olhando na expectativa dela acordar. Os gêmeos tinham aberto os olhinhos, ficaram tão compenetrados quanto eu, olhando a mãe deles.