♤ 𝕸𝖊𝖒𝖔𝖗𝖎𝖆𝖘 𝖉𝖊 𝖔𝖚𝖙𝖗𝖆 𝖛𝖎𝖉𝖆 ♤

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Verena abriu os olhos puxando o máximo de ar possível para seus pulmões

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Verena abriu os olhos puxando o máximo de ar possível para seus pulmões. Sua visão embassada clareando pouco a pouco. Confusa, percebeu que estava em uma sala de musica destruida. Os instrumentos tão quebrados que mal podiam ser identificados. A única coisa inteira era um piano preto.

Quando os zumbidos pararam e sua audição também voltou a funcionar, começou a ouvir uma melodia vindo do piano. A melodia que ela adorava tocar para Cassian.

Grunhido de dor, Verena voltou a fechar os olhos sentindo cada corte em seu corpo arder. Finalmente se levantando, se aproximou do piano vendo as teclas se movendo sozinhas. Então duas mãos começaram a aparecer. Até que um homen estava sentado no banco. Uma imagem transparente como um fantasma. No colo desse homen, uma garotinha. Ao lado dele, uma mulher.

Sentindo as pernas fracas, Verena se ajoelhou no chão com a respiração presa. Reconhecendo quem eram, começou a chorar enquanto apertava seu peito com força. Como se tentasse arrancar a dor que estava lá. 

Ela se lembrou daquele dia. Depois de ter se descontrolado em seu treinamento com a magia e de ter tido pesadelos a noite, seus pais decidiram cancelar seus compromissos reais e ficar com ela. Seu pai a pegou no colo, deixou que deitasse a cabeça em seu ombro, e começou a tocar sua musica favorita. Sua mãe fazendo carícias em seu cabelo.

Verena não sabe quanto tempo ficou ali. Revivendo aquela memória. Mas quando acabou e os fantasmas sumiram, ela se sentiu em paz.

Vendo algo se mover pelo canto do olho, virou o rosto vendo que o fantasma da garotinha voltou. O fantasma dela mesma. E estava andando calmamente até ela.

Sadira estava com o cabelo solto e uma tiara na cabeça. Usava um vestido branco com bordados em vermelo e dourado. Estedendo a mão, com um pequeno sorriso, esperou que Verena a segurasse.

Quando o fez, Verena se sentiu quase completa. As rachaduras e buracos dentro dela sendo preenchidos. A sala escura ganhou luz de um sol quente que brilhava em um céu azul sem nuvens. Os lustres de cristal voltaram para o teto. Os Instrumentos inteiros e limpos.

Verena não estava mais dentro de ruinas. Estava no conto de fadas que um dia já foi seu lar. Se olhando no espelho, viu que vestia um longo com flores nas rendas. Inteiramente branco. Seus cabelos ondulados caindo até o meio de suas costas. Em sua cabeça, uma tiara feita de flores vermelhas.

Sendo puxada, Verena reencontrou mais fantasmas. Lembrou e reviveu lembranças. Viu momentos que aconteceram antes de seu nacimento. Viu sua mãe e sua tia crescerem. Viu elas conhecendo Cassian e Oritel. Viu eles se apaixonando. Viu o casamento deles. Viu o momento que sua mãe contou ao seu pai que estava gravida. Cada sala, cada quarto, cada canto daquele lugar estava repleto de memórias. Felizes ou tristes. Calmas ou violentas. Segredos que nunca foram revelados. Mentiras que criariam o caos se fossem descobertas.

Em um piscar de olhos, estava em um corredor escuro feito de pedras. Chegando no final dele, viu uma câmara redonda com velas sendo a única fonte de luz. No centro, Dabria estava no chão chorando sendo segurada por Cassian. Nos braços dela, um bebê coberto de sangue enrolado em um cobertor. Sua filha recem nascida. Sua filha que nasceu sem vida. A filha que seria ressuscitada pela chama do dragão.

Verena correu. Correu pelo castelo que voltou a desmoronar. Os lustres caiam e seus vidros cortavam os pés dela que ela não tinha percebido que estavam descalços. Saindo pelos portões, Verena viu a guerra começando. Viu as primeiras mortes. Ouviu os primeiros gritos. Viu as primeiras gotas de sangue serem derramadas.

Chegando na praia com areia de vidro, Verena igorou a dor crescente até chegar na água salgada que parecia queimar suas feridas. Com dor, gritou pelas Selkies para que o portal fosse reaberto. Cada vez mais fraca, deixou que o mar a engolisse dessa vez.

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Acordando perturbado, Rei Neturno chamou por sua esposa que também acordou agitada.

- Está sentindo? - ele perguntou recebendo apenas um aceno.

Quando chegaram na caverna escondida, viram Verena se contorcendo no chão, segurando os dois lados da cabeça. Usava um vestido que parecia ter sido branco. Agora estava rasgado e coberto de sangue e sujeira. Assim como no dia que fora encontrada por Andreas.

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𝐌𝐢𝐧𝐝 𝐒𝐨𝐥𝐝𝐢𝐞𝐫 ♤ 𝐒𝐚𝐮𝐥 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora